Festival Universo Paralello leva 25 mil à Bahia: “Minha essência”, diz Alok
Um mar de gente em festa por uma semana à beira do mar. Cerca de 25 mil pessoas curtiram o Festival Universo Paralello. Realizado entre 27 de dezembro de 2019 e 3 de janeiro de 2020 na Praia de Pratigi, em Ituberá, na Bahia, o evento celebrou seus 20 anos.
E haja artistas. Afinal, foram mais de 2.000 atrações em oito diferentes palcos montados na extensa área do evento, que criou uma verdadeira comunidade em meio à natureza ao redor. Todos em busca de começar o ano perto daquilo que é essencial.
O gigantesco Palco Paralello, com opções para gostos variados, se destacou com as apresentações de nomes como Caetano Veloso, Ponto de Equilibrio , Os Mutantes, Rincon Sapiência, Djonga, Luedji Luna, 3030 e Não Recomendadxs.
Verdadeira alma do Universo Paralello, DJs vindos de todo o mundo fizeram apresentações enérgicas, que animaram o vibrante público em sintonia cósmica.
Nomes consagrados como Alok, Bhaskar, Astrix, Vintage Culture, Swarup, Ekanta e Mau Mau estiveram por lá.
Alok vibra no Universo Paralello: “Resgate das minhas essências”
Em bate-papo descontraído com o Blog do Miguel Arcanjo no UOL, Alok, um dos mais importantes DJs brasileiros na atualidade, falou sobre sua experiência no Universo Paralello.
Ele teve seu filho Ravi no último dia 10 e recentemente anunciou seu trio e bloco no Carnaval de rua de São Paulo.
Questionado sobre o que o UP representa em sua vida, Alok respondeu:
“O festival é especial em tantos aspectos na minha vida. Foi minha escola, minha pós graduação. Aqui é o resgate das minhas essências. Me tornei um artista pop e voltar aqui me alimenta. Me faz quebrar a minha armadura e me conectar com meu real propósito”, contou.
“O festival é o coração do meu pai [Juarez Petrillo, criador do Universo Paralello], autêntico e como ele com a intenção de mudar a visão do mundo. O festival é um grito de manifesto, contracultura”, definiu.
Alok aproveitou o papo para comentar o projeto “Lógica”, no qual toca em parceria com o irmão gêmeo, o também DJ Bhaskar.
“Tocamos psy trance juntos por sete anos e aqui no festival, a cada dois anos, nos apresentamos no Palco Principal. É um momento muito especial que compartilho com o meu irmão. Me surpreendi com a reação do público e por tanto carinho recebido. Tocar no Universo Paralello é muito especial”, concluiu.
Pavão gigante chama a atenção no Universo Paralello
A decoração e cenografia assinada pela sul africana Carin Dickson, da ArteScape chamou a atenção do público, com direito a um enorme pavão na pista principal. A ave monumental foi símbolo desta edição e coloriu o espaço, com suas penas gigantes e vistosas.
Já no UP Club, o Templo dos 3 Macacos contou com animais infláveis e temática oriental. Fora as impactantes projeções holográficas em 3D.
Ritmos variados e encontro de culturas marcam Universo Paralello 2020
A programação do Circulou-Zona de Preservação de Culturas trouxe uma infinidade de atrações, shows, workshops e vivências das mais variadas. Destaque para o grupo Biolumini de São Paulo com pirofagia.
No Chill Out, tranquilidade e descanso tiveram sua vez, enquanto que no Palco 303 e Tropikalien, dias e noites foram enérgicas, já no Tortuga Stage, com direito a muito hip hop e soul.
Colaborou Paula Pratini.
O colunista Miguel Arcanjo Prado viajou a convite do Universo Paralello.