Artistas defendem Teatro Casa Grande; Maitê, Cissa e Pitanga vão a protesto
Uma manifestação reuniu parte da classe artística do Rio de Janeiro em frente ao histórico Teatro Casa Grande, no Leblon, zona sul carioca. Ao lado de representantes de movimentos sociais, atores, atrizes, produtores e diretores realizaram um simbólico “Abraço da Resistência” em defesa do espaço instalado no local há 54 anos.
O lugar está ameaçado pelo governo de Wilson Witzel, que pode cassar a cessão de uso do terreno no qual o teatro está construído. O governo estadual do Rio de Janeiro publicou edital de licitação do terreno pelos próximos 20 anos, que foi suspenso a pedido do TCE (Tribunal de Constas do Estado) no começo do mês.
A atual direção do Teatro Casa Grande, de propriedade de Léo Haus, pede o direito de renovar o contrato para uso do espaço por mais tempo.
Durante o protesto, os manifestantes deram as mãos para abraçar o teatro. O ato foi em favor da permanência do teatro no espaço pelo valor histórico e cultural para a cidade do Rio. A atividade do Teatro Casa Grande é tombada pelo Patrimônio Histórico tanto da cidade quanto do Estado do Rio. Mas, trata-se de um teatro privado em um terreno público cedido.
Inaugurado em 1966, o Teatro Casa Grande faz parte da história do Brasil. Foi lá, por exemplo, que começaram as articulações para o Comitê Brasileiro da Anistia, em 1979.
A Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro disse que preza pela legalidade e preservação da função social e cultural do Teatro Casa Grande e que segue recomendação da Procuradoria Geral do Estado, trabalhando em novo processo. O órgão disse ainda que elabora novo chamamento público seguindo as recomendações do TCE.
O Blog do Miguel Arcanjo mostra mais imagens da manifestação feitas pela fotógrafa Cristina Granato.