Em tempos difíceis, diretora da Mostra de Cinema de Tiradentes mostra garra
Em tempos de fortes ataques ao setor cinematográfico brasileiro pelo governo federal, a diretora da Universo Produção, Raquel Hallak, responsável pela 23a Mostra de Cinema de Tiradentes, destaca a garra da equipe que faz o festival acontecer mesmo em tempos tão difíceis para a cultura.
O evento que abre o calendário cinematográfico brasileiro começou no último dia 24 e vai até 1º de fevereiro, com 113 filmes exibidos de graça em 40 sessões, além de oficinas formativas, debates, seminários, shows e cortejo artístico. Nesta edição, os grandes homenageados são pai e filha: os atores Antonio Pitanga e Camila Pitanga.
“Erguer este complexo de tendas e toda a infraestrutura logística para sediar uma programação cultural abrangente e gratuita requer ousadia, persistência. É sinônimo de trabalho coletivo e determinação”, declarou a produtora cultural, que também é responsável pelos festivais de cinema de Ouro Preto (CineOP) e de Belo Horizonte (CineBH).
Hallak lembrou ainda que o evento contrata todos os anos 250 empresas, gerando mais de 2,5 mil empregos diretos e indiretos, além de injetar cerca de R$ 10 milhões na economia local e beneficiar mais de 35 mil pessoas.
“Essa Mostra tem patrocinadores e parceiros, tem o Governo de Minas Gerais, tem a cidade de Tiradentes, a iniciativa pública e privada, entidades de classe, lideranças que abraçaram nosso pleito e somam esforços para a viabilização desta edição”, pontuou.
*Enviado especial a Tiradentes (MG), o jornalista e crítico Miguel Arcanjo Prado viajou a convite da Mostra de Cinema de Tiradentes.