Morre Carlos Colabone, cenógrafo, figurinista e carnavalesco
Morreu Carlos Eduardo Colabone, aos 60 anos, nesta terça (26). O artista atuou como cenógrafo, figurinista e carnavalesco em São Paulo, e ainda foi jurado dos prêmios Shell e Aplauso Brasil, ambos dedicados às artes cênicas.
A morte foi comunicada nas redes sociais na manhã desta quarta (27) por sua irmã, Marta Colabone. A causa da morte não foi divulgada pela família, que informou que o corpo será sepultado em Rio Claro, interior de São Paulo, em cerimônia íntima.
Em sua trajetória artística, Colabone trabalhou no Teatro de Arena e no Grupo Tapa, entre outras companhias. Foi parceiro profissional de diretores como Fauzi Arap, Francisco Medeiros, Eduardo Tolentino de Araújo, Fernando Peixoto e Roberto Mallet, entre outros. Era formado em Artes Plásticas pela Faap (Fundação Armando Alvares Penteado) e figura sempre presente nas estreias teatrais.
Ele ainda atuou no mundo musical, produzindo cenografia para shows de artistas como Zezé Motta e Belchior, e do Carnaval, atuando como carnavalesco das escolas paulistanas Rosas de Ouro, Águia de Ouro e X-9 Paulistana.
Colabone ainda atuava como professor de Artes do Colégio Santa Maria, onde aproximou diversas gerações de estudantes ao mundo artístico, e comandava com seu companheiro, Alex Galvão, o café do Instituto Capobianco, no centro paulistano. No mesmo espaço, atuou em 2019 na peça Reflexo Guimarães, com texto de Alessandro Toller e direção de Gonzaga Pedrosa. Em 2017, o artista dirigiu a peça Tempo de Viver, apresentada no Centro Cultural São Paulo.
“Carlos Colabone era atento ao teatro e assíduo apaixonado. Estão duros esses tempos. No tempo em que integrou o júri defendia com propriedade suas escolhas e opiniões. Como também era professor, levava uma didática carinhosa em tudo. O Colabone como cenógrafo e figurinista levou seu conhecimento técnico aos prêmios e representava uma parte importante do teatro que nem sempre se vê. Faz falta”, declarou sobre ele ao Blog do Arcanjo Kyra Piscitelli, jornalista, crítica da APCA e jurada do Prêmio Aplauso Brasil.
A morte de Carlos Colabone acontece no mesmo mês em que o teatro paulistano perdeu também o jornalista, crítico e criador do Prêmio Aplauso Brasil de Teatro Michel Fernandes.