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Rapidinhas: Cultura do cancelamento é tema de solo de Luccas Papp no teatro digital

Luccas Papp em A Ponte – Foto: Fernando Maia/Divulgação – Blog do @miguel.arcanjo

Por Miguel Arcanjo Prado

Cancelado?

Sempre atento, o ator e dramaturgo Luccas Papp, indicado ao Prêmio Arcanjo de Cultura por O Canto de Ninguém, estreia no teatro digital falando de um tema polêmico nos dias atuais: a cultura do cancelamento virtual de uma pessoa, que nem sempre é baseada em fatos reais. À coluna, o artista afirma que A Ponte é sua obra mais intimista. Tanto que, além de protagonizar sua dramaturgia, também assina a direção com Matheus Papp. Estreia em 5 de setembro, sábado, às 19h, no Viga Espaço Cênico com sessões transmitidas ao vivo na plataforma ZOOM até 26 do mesmo mês. Imperdível.

Pensando alto

A Ponte é um monólogo dramático que conta a história de Doni, um jovem músico que decide se jogar do alto de uma ponte e transmitir o ato em tempo real para os seus seguidores em uma live. Antes de pular, ele busca cumprir uma lista final de 9 ações “pré-suicídio”. Tendo andaimes como cenário, o solo traz trilha clássica e uma composição inédita. “É um espetáculo reflexivo, crítico, que dentre diversas temáticas aborda a ‘sociedade do cancelamento’, a depressão e suas sequelas, o perdão, e principalmente, a oportunidade de se reinventar. A peça é um grito de liberdade em um momento em que estamos presos não só em nossas casas, mas em nossos próprios fantasmas e culpas”, filosofa Luccas Papp. Pra se pensar.

Cleópatra e Gui Ventura no clipe Podemos Fazer, do Coletivo IMuNe – Foto: Henrique Bocelli Falcão/Divulgação – Blog do @miguel.arcanjo

Podemos Fazer

Este é o título do novo clipe do Coletivo IMuNe, cuja data de lançamento nas redes já foi decretada: 31 de agosto, próxima segunda. Ah, põe no grupo da família assim que sair. Combinado?

Rainha

Elza Soares já confirmou sua nobre presença no show virtual que o Coletivo IMune vai promover nas redes no dia 26 de setembro, às 20h. Além das ondas virtuais, o show será transmitido na empena do enorme Edifício JK, no centro de Belo Horizonte. Eita.

Chris Couto, Karin Rodrigues e Claudio Curi estão em Para Duas – Foto: Leekyung Kim/Divulgação – Blog do @miguel.arcanjo

Laços de família

Um explosivo encontro entre mãe e filha que não se veem há muito tempo movimenta a peça Para Duas, espetáculo que estreia no teatro digital neste sábado, 29, direto do palco do Teatro Cacilda Becker em transmissão nas redes. Elias Andreato dirige a dramaturgia de Ed Anderson com Karin Rodrigues e Chris Couto, além de participação especial de Claudio Curi. A Nosso Cultural, de Ricardo Grasson, assina a produção. Sessões aos sábados, às 21h, até 19 de setembro. Não deixe de prestigiar.

Múltiplas camadas

Elias Andreato diz que a peça Para Duas permeia camadas que são inerentes para qualquer ser humano: “É uma história sobre família, nos enxergamos dentro dessa história, nos traz identificação, põe em cena um duelo de mulheres – Anete (Karin Rodrigues) e Tula (Chris Couto). Duas personagens inteligentes, espirituosas, de raciocínio veloz, que certamente surpreenderão o público com as suas várias facetas”, adianta o diretor. E conta mais: O cenário é um espaço dividido em dois ambientes, o lado imaginário habitado pelo pai (Claudio Curi) e a sala de jantar com o embate entre as duas mulheres. Interessante.

Renata Carvalho em Nós, série do Canal Brasil – Foto: Divulgação – Blog do @miguel.arcanjo

Personagem na TV

Nome forte quando o assunto é representatividade trans nas artes, a atriz Renata Carvalho comemora a repercussão de sua personagem Dalila na série Nós, do Canal Brasil. A produção da Cabra Vadia e Tacacá Filmes, com investimento do Fundo Setorial Audiovisual, discute os relacionamentos humanos, com fluidez de padrões de gênero, sexualidade e transfobia, a partir da rotina de uma família nada convencional. Perde não.

Turma reunida

Além de Renata Carvalho, estão no elenco da série Nós no Canal Brasil os artistas Fernando Eiras, Fabia Mirassos, Maria Léo Araruna, Danilo Maia, Gustavo Falcão, Stella Rabello, Bernardo de Assis, Alex Nader, Joelson Medeiros, Kadu Garcia, Eber Inácio e Alonso Zerbinato. Turma do balacobaco.

O ator Sidney Santiago Kuanza – Foto: Edson Lopes Jr. – Blog do @miguel.arcanjo

Mais vivo que nunca

O ator Sidney Santiago Kuanza, que vem fazendo um sucesso danado com suas lives, apresentará sua peça Numa Terra Estranha 12 Respirações, do Selo Homens de Cor, no Teatro Vivo, dia 12 de setembro, às 20h. “Mergulhamos na poesia negra como uma teia de interpretações sobre o amor, a ternura, a dor e a transgressão”, adianta. É de graça. Basta fazer inscrição até 10/9 no @vivo.cultura. A curadoria é de André Acioli. Sempre atento.

Slam do 13 faz batalha digital no dia 31 de agosto – Foto: Divulgação – Blog do @miguel.arcanjo

Slam digital

O coletivo de poetas Slam do 13 apresenta sua batalha de poesia no dia 31 de agosto, segunda-feira, às 19 horas, no programa Arena da Palavra, espaço digital de poesia e expressão dos coletivos de poetas. A transmissão vai ar pelo canal do Youtube da Polo Cultural e reunirá os integrantes do grupo cada uma em sua casa. Muito bem.

O curador e gerente do Teatro Porto Seguro André Acioli: mergulho no digital – Foto: Edson Lopes Jr. – Blog do @miguel.arcanjo

Fartura digital

O Teatro Porto Seguro abraça o digital ao retomar suas atividades em 12 de setembro, com a estreia da peça Pós-F, com texto de Fernanda Young, direção de Mika Lins e a atriz Maria Ribeiro em cena. Depois, estreia em 19 de setembro o infantil Ilustre Criança – Desenhando A Canção, idealizada por Jane Duboc, com direção de Fernando Cardoso e participação do ilustrador Alexandre de Nadal e do músico Junior Lobbo. No mês de outubro, o grupo Parlapatões vai apresentar o Festival de Peças de Um Minuto, com textos selecionados em um concurso. Tudo direto do charmoso palco do Campos Elíseos direto para as casas dos espectadores. “Interatividade e inovação, este foi o mote que direcionou nossa proposta de curadoria. A partir disso, buscamos projetos que dialogassem com essa ideia e estamos, em conjunto com as produções, em um processo contínuo de estudo e descoberta das maneiras de proporcionar experiências que marquem positivamente o momento que vivemos”, resume André Acioli, curador e gerente geral do Teatro Porto Seguro. Está coberto de razão.

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