Macabea, Zé do Caixão e filmes inéditos grátis agitam Satyricine no Festival Satyrianas

Por Miguel Arcanjo Prado

Os próximos dias serão de alegria para os cinéfilos. A partir desta quinta, 3 de dezembro, às 18 horas, fica liberada a programação gratuita de cinema do Festival Satyrianas, dentro da programação Satyricine. Até às 23h59 de domingo ficam disponíveis na plataforma innsaei.tv filmes inéditos e clássicos do cinema nacional que celebram dois importantes cineastas que perdemos neste terrível 2020.

Imortalizado pelo personagem Zé do Caixão, o cineasta José Mojica Marins, que morreu em fevereiro, será homenageado com a exibição do seu último longa, Encarnação do Demônio, e também do documentário Maldito, o Estranho Mundo de José Mojica Marins, de André Barcinski e Ivan Finotti.

E tem mais clássico-homenagem: A Hora da Estrela, de Suzana Amaral, que morreu em junho, está na programação com Marcelia Cartaxo na pele de Macabea, a icônica personagem nordestina criada no romance de Clarice Lispector, personagem pelo qual a atriz venceu o Urso de Prata do Festival de Berlim.

Suzy King – Divulgação

A Senhora que Morreu no Trailer

Na programação da Satyricine ainda está o lançamento do inédito longa A Senhora que Morreu no Trailer, de Alberto Camarero e Alberto Oliveira, sobre a icônica faquiresa Suzy King. O longa conta com a diva Divina Valéria no elenco. Às 23 horas desta quinta, 3, haverá uma live com os diretores e as atrizes Helena Ignez e Maura Ferreira contando os bastidores da produção.

Divina Valéria – Divulgação

+ Destaques

Ainda há espaço para clássicos independentes, como Meteorango Kid: Herói Intergalático, de André Luiz Oliveira, Orgia ou o Homem que Deu Cria, de João Silvério Trevisan, Os Monstros de Babaloo de Elyseu Visconti, O Vampiro da Cinemateca, de Jairo Ferreira, e Morra, de Valter Lopes. A programação ainda traz 80 filmes selecionados entre os mais de 200 curtas, médias e longas inscritos. Eles serão apresentados em módulos temáticos. Para acessar é só entrar na plataforma innsaei.tv. Perde não!

Miguel Arcanjo Prado é jornalista, mestre em Artes pela UNESP, pós-graduado em Mídia, Informação e Cultura pela ECA-USP e bacharel em Comunicação Social pela UFMG. Eleito três vezes pelo Prêmio Comunique-se um dos melhores jornalistas de Cultura do Brasil. Nascido em Belo Horizonte, vive em São Paulo desde 2007. É crítico da APCA, da qual foi vice-presidente. Passou por Globo, Record, Folha, Contigo, Editora Abril, Gazeta, Band, Rede TV e UOL, entre outros. Desde 2012, faz o Blog do Arcanjo, referência no jornalismo cultural. Em 2019 criou o Prêmio Arcanjo de Cultura no Theatro Municipal de SP. Em 2020, passou a ser Coordenador de Extensão Cultural e Projetos Especiais da SP Escola de Teatro e começou o Podcast do Arcanjo em parceria com a OLA Podcasts. Foto: Bob Sousa.

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