Cultura preta é foco do Estação Livre com Cris Guterres na TV Cultura
A diversidade brasileira com foco na cultura negra está na pauta do programa Estação Livre, que a TV Cultura estreia nesta sexta (9), sob apresentação da jornalista e empresária Cris Guterres. Ela foi eleita pela Forbes uma das criadoras de conteúdo mais inovadoras de 2020.
Apesar do recorte, a comunicadora ressalta que o programa é destinado a todas as cores: “É um programa para todos, afinal a sociedade brasileira é muito diversa, composta por pessoas brancas, negras, indígenas, pessoas de descendência asiática, libanesa”, diz Cris Guterres.
Segundo a TV Cultura, o programa é produzido por “uma maioria de mulheres pretas”, com “a missão valorizar a cultura negra, a rica diversidade do Brasil, país com 54% de negros, e trazer a sociedade para repensar e ajudar a reconstruir um país mais justo para todos”.
“Num momento como esse vivido pelo Brasil, em que os extremos ser acirram e acabam se sobrepondo ao bom senso, a TV Cultura – como uma emissora pública – tem a obrigação de propor programas como o Estação Livre: um espaço de conteúdo onde a diversidade, a inclusão e as ações da sociedade civil se encontram e se fazem representar por quem realmente importa, o povo brasileiro”, diz Eneas Carlos Pereira, diretor de Programação da TV Cultura.
“Quanto mais tivermos um país rico em diversidade, como é o Brasil, mais ganharemos em intelectualidade, formação e cultura. Elementos que contribuem para o crescimento e não para segregar. Cada pessoa que passar pelo Estação Livre contribuirá e muito para o desenvolvimento genuíno de todos nós”, declara Kelly Castilho, diretora do programa com mais de 25 anos no mercado de filmes publicitários e cinematográficos.
Com uma hora de duração e edições temáticas, o Estação Livre tem 4 blocos. A atração traz convidados especiais e reportagens conduzidas por Lucas Veloso e Rodney Suguita. Entre os assuntos que serão abordados estão empreendedorismo, comunidades, literatura, dança, gastronomia e artes plásticas.
Jornalismo mais diverso
A estreia do Estação Livre completa a nova grade de jornalismo da TV Cultura. A emissora, que já tinha em sua programação o Roda Viva e o #Provoca, às segundas e terças-feiras, no início de 2021 lançou os programas Manhattan Connection e Linhas Cruzadas, às quartas e quintas-feiras, e agora, completa a faixa semanal das 22h, com o Estação Livre, às sextas. Leão Serva, diretor de Jornalismo da TV Cultura, diz que “a preocupação com a diversidade de olhares e de pontos de vista está no DNA da TV Cultura”.
“O Estação Livre cumprirá um papel crucial, de trazer para a grade da emissora uma visão jornalística sobre a cultura afro contemporânea, do empreendedorismo à música, da dança à cozinha, dos problemas e das soluções. Estamos muito felizes que essa missão esteja sendo abraçada por um grupo de mulheres negras”, afirma o executivo.
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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