Sem trabalho, Suely Franco não consegue pagar condomínio e deixa prédio
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Uma das atrizes mais amadas, talentosas e queridas pelo público no Brasil, Suely Franco, 81 anos, precisou sair do prédio onde vivia no Rio de Janeiro, por não conseguir mais pagar o alto valor do condomínio. Isso acontece por conta da falta de trabalho para a veterana atriz durante esta pandemia.
Se não fosse a Covid-19, Suely teria circulado o Brasil em 2020 ao lado da amiga Nicette Bruno na peça Quarta-Feira Sem Falta Lá em Casa, cuja turnê nacional foi interrompida pela pandemia. Suely entrou na peça como substituta de Eva Wilma, que havia feito a temporada paulistana com Nicette.
Apesar de sua trajetória profissional irretocável, Suely Franco não tem contrato fixo com nenhuma emissora de TV. Em entrevista ao jornalista Ancelmo Gois, do jornal O Globo, ela contou que tem problemas no joelho, o que a fez sair de sua casa com escadas e ir viver em um apartamento localizado próximo ao Palácio do Catete, na zona sul carioca.
Contudo, sem emplacar novos trabalhos nos últimos meses, ela não teve como pagar as contas do imóvel e precisou voltar à antiga casa. “Hoje estou isolada”, avisa.
“Apesar de ter participado de duas leituras on-line de um espetáculo contemplado pela Lei Aldir Blanc, estou me mantendo graças a algumas economias de uma vida dedicada à arte”, confidencia Suely. Ela já tomou a primeira dose da vacina contra o coronavírus e aguarda a segunda aplicação, prevista para o mês de maio.
Com 61 anos de carreira, ela diz sentir saudade de estar no palco, seu lugar preferido: “Eu sinto falta do público, dos aplausos e dos companheiros das coxias. Ficar sem subir num palco é a morte em vida”, define.
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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