Com amor de 2 mulheres em crise, ELAS abre Mostra Aldir Blanc na SP Escola de Teatro

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Como o amor resiste em tempos de confinamentos que fazem aflorar antigas rugas e mágoas? Esta poderia ser uma das premissas do espetáculo ELAS, do Coletivo Caracóis. A obra foi criada pelas artistas Carina Murias, Carol Moreno, Fernanda Heitzmann, Maria Carolina Ito, Náshara Silveira e Sol Faganello e aborda as fissuras no romance entre duas mulheres em tempos pandêmicos.
O espetáculo abre a Mostra Aldir Blanc na SP Escola de Teatro Digital, com sessões nesta terça (4), quarta (5) e quinta (6), às 21h, com ingressos disponíveis para serem retirados na Sympla. A programação completa conta com 12 espetáculos das cinco regiões brasileiras, sob curadoria de Miguel Arcanjo Prado com assistência de Rodrigo Barros e Marcio Tito. A Mostra apresenta um panorama nacional e diverso de espetáculos de artistas e coletivos fomentados pela importante lei de fomento às artes e à cultura.
Na frente das câmeras em ELAS estão as atrizes Carol Moreno e Fernanda Heitzmann, sob direção de Náshara Silveira e Sol Faganello para a dramaturgia de Carina Murias. A montagem ainda conta com iluminação e sonoplastia de Maria Carolina Ito, além de arte gráfica, fotografia e vídeo de Sol Faganello. A obra fez apresentação recente no Centro Cultural da Diversidade e encerra temporada de sucesso na SP Escola de Teatro Digital. Em 2020, o espetáculo foi destaque na programação do Festival Satyrianas.
Segundo as criadoras, o “start para pesquisa foi a moldura ficcional: duas mulheres lésbicas, que se relacionam e estão separadas por conta da pandemia, marcam um encontro virtual para elaborar seus sentimentos, revelando o efeito do isolamento e distanciamento em sua relação”.
Elas ainda buscaram dentro do próprio Coletivo Caracóis experiências pessoais que colaborassem na criação do espetáculo digital. “Partimos da questão: É possível a manutenção e permanência de uma relação amorosa, construída na presencialidade, e que agora, por questões que fogem ao controle, se restringe a um ambiente virtual?”, questionam.
É ver e refletir sobre o tamanho do peso da quarentena em cima do amor.
Retire seu ingresso para ver ELAS!
Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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