Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Aguardado serviço de TV por streamig, a HBO Max estreia nesta terça (29) no Brasil, com catálogo recheado de sucessos como as aclamadas séries Friends, Sex and The City, Familia Soprano, Game of Thrones e Gossip Girl. O preço da assinatura mensal varia de R$ 19,97 a R$ 28. Um dos grandes chamarizes para novos assinantes é o reencontro do elenco de Friends.
A chegada de mais uma plataforma de straming no país deixa ainda mais evidente a crise da TV aberta, que perde cada vez mais público, sobretudo os jovens.
Há mercado para tanto streaming?
A questão que paira no mercado é se o Brasil tem público para tantos serviços de vídeo por streaming, já que a HBO Max chega para competir com os já gigantes Netflix, Amazon Prime Video, Disney + e a nacional Globoplay. Pelo jeito, a resposta é sim.
Mas há uma coisa interessante nessa movimentação: os serviços internacionais de streaming terão de produzir conteúdo nacional, já que uma pesquisa da Sherlock Communications aponta que 32% dos brasileiros querem ver histórias que os representem na tela.
Isso significa que, num largo prazo, o audiovisual nacional tenderá a crescer e a ganhar novos produtos, mais independentes e diversos do arroz com feijão produzido pela TV aberta, que está cada vez mais ultrapassada. Ao que tudo indica, São Paulo deverá se tornar cada vez mais a capital do audiovisual brasileiro, desbancando o Rio de Janeiro.
A mesma pesquisa da Sherlock Communications apontou que 58% dos brasileiros viram mais streaming pago durante a pandemia, enquanto que 68% aumentaram o consumo de streaming gratuito. Além disso, 70% acessam dois ou mais serviços pagos de streaming. E 47% dos ouvidos estão dispostos a desembolsar mais para assinar uma nova plataforma e apenas 25% não têm interesse em gastar mais.
Outro dado curioso é que 30% assistem seus programas preferidos no smartphone e, desse total, 39% está abaixo dos 25 anos. A média geral dos entrevistados diante de programas por streaming é de 1 hora e 49 minutos por dia. Só nos últimos três meses, o setor de vídeo por streaming cresceu 84% no Brasil.
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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