Festival de Cinema de Gramado abre 49ª edição unindo telonas e telinhas
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
O mais celebrado festival do cinema brasileiro e latino-americano está literalmente no ar, em versão híbrida que mistura telonas e telinhas. O Museu do Festival de Cinema de Gramado abrigou nesta sexta (13) a cerimônia de abertura da 49ª edição do evento. Em uma manhã de sol com friozinho tradicional da cidade serrana, o jornalista Roger Lerina iniciou os programas diários pelo site, Facebook e YouTube do evento que acontecem até o dia 20 de agosto.
O prefeito de Gramado, Nestor Tissot, destacou a importância do Festival para a divulgação da turística cidade na Serra Gaúcha. “O Festival de Cinema é o evento público mais antigo de Gramado, o que início exatamente a propagação do nome da cidade e da marca ‘Gramado’ para o Brasil e o mundo. Hoje dá pra dizer que o Festival de Cinema é um dos ícones não só da cultura cinematográfica que aqui se apresenta a partir de hoje, ele é um dos princiapis eventos que divulgou nossa cidade e continua sendo”, lembrou.
Ao abrir a edição de número 49, a secretária de turismo Rosa Helena Volk já antecipou a edição histórica de 2022 quando o evento chega a 50 anos: “Ano que vem vamos comemorar 50 anos do Festival de Cinema de Gramado e essa comemoração itinerante que vamos fazer no estado do Rio Grande do Sul, pelo Brasil e exterior já começa no mês que vem. Então o festival começa hoje com toda importância que ele tem, esse palco de resistência para o cinema e o audiovisual brasileiro e latino americano e temos muita coisa em mente preparadas pra ele”.
Produções gaúchas em destaque
Zeca Brito, diretor do IECINE, paricipou da abertura e relembrou a importância de celebrar os profissionais da mostra gaúcha de longas que agora passa a receber o prêmio SEDAC/IECINE, uma parceria do Governo do Estado do Rio Grande do Sul com a prefeitura de Gramado e a Gramadotur.
“Há muitos anos os longas gaúchos fazem parte da programação e a gente vê a mostra gaúcha de curtas muito sólida, muito forte. De uns anos pra cá a produção de longas se consolidou a ponto de ter uma produção expressiva anual e de justificar uma mostra que já existe há alguns anos e esse ano vem com premiações. Então a gente achou que era o momento de celebrar a cadeia produtiva como um todo, então são 14 categorias técnicas celebrando esses profissionais que num ano muito difícil pro cinema brasileiro conseguiram manter uma produção viva”, destacou.
Além das categorias técnicas, o Prêmio Sedac/Iecine também será concedido a artistas e realizadores pelo mérito de suas trajetórias no audiovisual do RS. Trata-se do Prêmio Leonardo Machado, que ira entregar a quantia de R$ 15 mil a um ator ou atriz. Outra distinção a ser apontada é o Prêmio Novas Façanhas, que contemplará três realizadores, técnicos ou coletivos por sua contribuição à inovação e ao desenvolvimento da linguagem audiovisual. Cada um dos três premiados nessa categoria receberá R$ 10 mil como estímulo para continuidade de suas ações.
Festival digital em casa para todo o Brasil
O curador Marcos Santuario também participou do programa. Lembrando do alcance de um festival transmitido pela televisão, o jornalista e crítico de cinema reforçou a potência de levar os filmes em competição para a casa dos espectadores. “É um festivla com muito público, mais público do que normalmene a gente tem no Palácio dos Festivais que é um espaço restrito. Na verdade o público se amplia e o Brasil inteiro pode assistir”, celebrou o curador.
Ele também antecipou que a mostra deste ano traz um recorte de gêneros diversos e filmes de diretores e diretoras de grande talento, mas com nomes que ainda não são tão conhecidos da grande mídia.
Na missão de escolher os filmes em competição, Santuario teve ao seu lado a atriz e cantora argentina Soledad Villamil, que integra a curadoria do evento pelo segundo ano consecutivo.
O programa encerrou com uma homenagem aos atores Paulo José e Tarcísio Meira, que faleceram na última semana deixando um longo legado para o cinema e a cultura brasileiras.
Com Comunicação do Festival de Cinema de Gramado.
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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