Músico trabalhou com Ivete Sangalo e Maria Bethânia, além de ter feito arranjo premiado do musical Elza
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
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O músico baiano Letieres Leite morreu aos 61 anos nesta quarta (27). O laudo divulgado pela equipe do artista nesta quinta (28) apontou que a causa foi insuficiência respiratória causada pela Covid-19, segundo o IML Nina Rodrigues, em Salvador, que analisou o corpo. Ele tomou as duas doses da vacina contra a doença e ainda a terceira dose de reforço. Letieres sofria de asma e utilizava a bombinha. O velório e a cerimônia de cremação no Cemitério Bosque da Paz foi restrito a familiares e pessoas próximas.
Letieres dos Santos Leite nasceu em Salvador da Bahia e atuava como arranjador, compositor, instrumentista. Ele comandava o Instituto Rumpilezz, mesmo nome da orquestra que criou em 2006, considerada um dos melhores grupos musicais do Brasil. Ele ainda foi responsável por arranjar grandes sucessos de Ivete Sangalo e da Banda Eva, da qual fez parte e é um dos responsáveis pelo enorme sucesso da axé music nas décadas de 1980, 1990 e começo dos anos 2000. Recentemente, foi responsável pelos arranjos do musical Elza, pelo qual venceu o Prêmio Bibi Ferreira. Ele ainda contribuiu com o novo disco de Maria Bethânia, Noturno.
Além da experiência percussiva nos terreiros da Bahia, Letieres Leite foi estudar música no Konservatorium Franz Schubert, em Viena, na Áustria, onde morou por seis anos. De volta ao Brasil, montou uma escola chamada Academia de Música da Bahia, onde deu início às suas desenvolver suas pesquisas sonoras que entraram para a história da música brasileira.
Artistas como Ivete Sangalo, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Mauricio Pazz, Russo Passapusso e Larissa Luz lamentaram a morte de Letiere Leite.
Artistas lamentam morte de Letieres Leite
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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