Influenciado por Ney Matogrosso e Maria Alcina, Marcelo Veronez apresenta o show Como Se Não Tivesse Acontecido Nada na Praça Roosevelt
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Um dos cantores mais versáteis da nova cena musical de Minas Gerais, Marcelo Veronez faz seu primeiro show em São Paulo. E em dose dupla. No dia 27 de novembro, sábado, o artista sobe ao palco às 18h e às 21h na Sala Alberto Guzik da SP Escola de Teatro (Praça Franklin Roosevelt, 210), onde fará duas sessões intimistas acompanhado de sua banda no coração da cultura e da diversidade da metrópole. Os ingressos já podem ser retirados na Sympla a preço popular de R$ 20 e R$ 10.
Chegar a São Paulo com meu show é fundamental: é o centro para onde tudo vai”.
Marcelo Veronez
cantor e compositor
Veronez revela um referência fundamental em seu trabalho: “Sou um artista muito influenciado pelo Ney Matogrosso e isso se nota muito na minha performance. Tem muito Ney Matogrosso no palco comigo, independentemente de ele estar ou não no repertório”, pontua, citando outras referências como Maria Alice Vergueiro, Cida Moreira e Teuda Bara, “essa gente ‘louca’ que a gente fica olhando e se inspirando para construir rasgos da arte popular”.
Como Se Não Tivesse Acontecido Nada pega emprestado o título de uma canção gravada por Maria Alcina em 1973. O repertório ainda traz preciosidades de Chico Buarque e Marku Ribas, entre outros compositores. O músico já cantou ao lado de nomes como Elza Soares, Zezé Motta e Maria Alcina.
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Veronez assina direção do show
No que define como show-discurso, Veronez promete criar pontes sonoras do Brasil durante a ditadura militar com os dias de hoje. Ele ainda selecionou a poesia de Milena Torres, Brisa Marques, Bertold Brecht e Davi Fonseca para o espetáculo.
O próprio Veronez assina a direção geral do espetáculo, e divide a direção musical com os parceiros Pedro Fonseca e Yuri Vellasco, que também tocam o baixo elétrico e a bateria. Completando o time sonoro estão Paulim Sartori no piano e guitarra. Marina Arthuzzi assina a iluminação ao lado de Akner Gustavson.
O show estreou em setembro de 2019, mas teve sua circulação tendo suas atividades interrompidas em março de 2020 por conta da pandemia da Covid-19 e que agora retoma sua turnê nacional.
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Artista eclético que transita entre a música, o teatro e a performance, o cantor reflete sobre sua trajetória: “Marcelo Veronez é uma bicha que saiu da roça, no interior do Norte de Minas e que chegou em Contagem, uma cidade periférica de Belo Horizonte, e conheceu a Gruta, que é a referência de lugar underground LGBTQIA+ da capital mineira e que agora chega a São Paulo.
Eu sou uma bicha que saiu da roça, onde não tinha nem luz elétrica, e fui moldado por minha própria trajetória. Saber de onde eu vim é fundamental para entender por que cheguei até aqui.
Marcelo Veronez
cantor
Marcelo Veronez ainda atua como ator, diretor e produtor cultural e é um dos nomes que integram a retomada do Carnaval de Rua de Belo Horizonte, cantando em blocos icônicos como Corte Devassa.
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Marcelo Veronez
Marcelo Veronez é artista nascido em Belo Horizonte, Minas Gerais. Cantor, ator, diretor de teatro e de shows, é formado pelo Teatro Universitário da UFMG (2003), com passagens pela Anthonio Escola de Canto e Primeiro Ato Centro de Dança. Em 2017, lançou o seu disco de estreia, Narciso Deu um Grito, que ganhou elogios da crítica especializada e emplacou o hit e clipe Nunca Vi, composição de Marku Ribas e Paulo Coelho. O cantor já se apresentou ao lado de Elza Soares, Zezé Motta, Maria Alcina, Otto, Iconili, Julia Branco e Odair José, entre outros.
Ele já atuou nos espetáculos Os Saltimbancos, de Chico Buarque, produzido pela Cia Odeon, pelo qual recebeu o Prêmio Sinparc como melhor ator coadjuvante. Atualmente está no elenco da montagem de O Auto da Compadecida de Ariano Suassuna, sob direção de Gabriel Villela e que fez turnê nacional com o Grupo Maria Cutia de Teatro.
Veronez tem no repertório o elogiado show Não Sou Nenhum Roberto, em cartaz desde 2008, no qual transita pelo repertório de Roberto Carlos. É também pesquisador do encontro entre teatro e música popular através do projeto Rampa: Treinamento Cênico para a Música, ao lado de nomes como Cláudia Manzo, Luisa Bahia, Ernani Maletta, Luiz Rocha, Hugo da Silva, Babaya, Raquel Castro e Suely Machado.
O artista já dirigiu trabalhos de Déa Trancoso, Josy Anne e Marina Machado, além de ter assinado a direção artística do bloco Havayanas Usadas por três carnavais. Desde 2016, é gestor cultural da Gruta!, um dos mais importantes espaços da cultura underground e LGBTQIA + de Belo Horizonte.
Colaborou Leandro Lel Lima e Rodrigo Barros.
Marcelo Veronez
Show: Marcelo Veronez – Como Se Não Tivesse Acontecido Nada
Quando: Sábado, 27/11, 18h e 21h
Quanto: R$10 (meia) e R$ 20 (inteira)
Onde: Sala Alberto Guzik da SP Escola de Teatro (Praça Franklin Roosevelt, 210, metrô República, São Paulo)
Ingressos: Sympla https://sympla.com.br/spescoladeteatrodigital
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Ficha técnica
Criação e Direção Geral: Marcelo Veronez
Direção de cena: Rafael Bacelar
Direção musical: Pedro Fonseca e Yuri Vellasco
Iluminação: Marina Arthuzzi
Técnicos: Akner Gustavson e Lucas Pradino
Banda:
Baixo – Pedro Fonseca
Bateria – Yuri Vellasco
Guitarra – Moita
Violão e viola caipira – João Antunes
Efeitos sonoros – Barulhista
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Veja o clipe Nunca Vi de Marcelo Veronez
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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