Por MIGUEL ARCANJO PRADO
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Morreu Françoise Forton, grande atriz da dramaturgia nacional, aos 64 anos, vítima do câncer, na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro, onde havia sido internada.
A artista carioca atuou em mais de 40 trabalhos na TV, veículo no qual se consagrou como a mais elegantes das atrizes. O último deles foi a novela Amor sem Igual, na Record, em 2019.
Mas seu trabalho ficou conhecido realmente do grande público nas dezenas de novelas que fez na Globo, com destaque para Estúpido Cupido, trama que a alçou ao estrelato em 1976 como uma bela miss.
Nas décadas de 1980, 1990 e 2000, seu nome era um dos mais requisitados pelos autores da Globo para interpretar coadjuvantes marcantes e elegantes nos folhetins, entre eles tramas que marcaram época como Tieta, Meu Bem Meu Mal, Quatro por Quatro, Por Amor e O Clone.
Nos palcos, a presença da atriz também sempre foi de delicadeza ímpar. Sua última peça foi Sylvia, no Teatro Faap, também em 2019, quando atuou ao lado de Simone Zucato, Cassio Scapin e Rodrigo Fagundes.
Em 2016, protagonizou o musical Estúpido Cupido, que levou o nome da novela que lhe lançou ao estrelato nacional. Em 2014, fez outro sucesso nos palcos, Jazz do Coração, obra baseada na obra da poeta Ana Cristina Cesar.
Atriz de fino trato com a imprensa e os colegas, Françoise era casada com o produtor teatral Eduardo Barata e deixa o filho Guilherme Forton Viotti, fruto de seu primeiro casamento.
Em 2015, participou com sucesso da Dança dos Famosos no Domingão do Faustão. O trabalho da atriz pode ser visto atualmente na reprise de O Clone, na Globo.
Filha de um francês e uma brasileira, Françoise Forton era uma das mais elegantes atrizes da televisão brasileira e deixa legado incomensurável para a dramaturgia nacional.
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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