Cine Satyros Bijou tem mostra grátis de cinema negro na Praça Roosevelt

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Recém inaugurado e um dos maiores ícones do cinema de rua brasileiro, Cine Satyros Bijou promove entre os dias 17 e 20 de fevereiro a 1ª Semana da Identidade Negra no Cinema Brasileiro com uma série de curtas e longas metragens. Nomes como Viviane Ferreira, Jefferson De, André Novais Oliveira e Joel Zito Araújo serão destaque na telona do cinema de rua da Praça Roosevelt. Nesta quinta, 17, a sessão especial Cinema Falado contará com bate-papo com a roteirista e pesquisadora Viviane Pistache, além do jornalista Miguel Arcanjo Prado.

A curadoria busca colocar a identidade negra como protagonista e refletir sobre o racismo estrutural brasileiro, além de todo movimento político-cultural em torno desse tema. Os ingressão são gratuitos e devem ser retirados na bilheteria do espaço uma hora antes de cada sessão. Para participar do evento é obrigatório o uso de máscara e a apresentação do passaporte de vacina.

O Blog do Arcanjo apresenta a programação.

PROGRAMAÇÃO

17/02 – QUINTA

SESSÃO ÚNICA DAS 20H

CURTA – Carolina – 14′

Há quase 20 anos, um curta-metragem saiu premiado do Festival de Gramado. Carolina (2003) trazia Zezé Motta vivendo a hoje consagrada escritora Carolina Maria de Jesus, moradora de uma favela em São Paulo, autora do livro Quarto de Despejo. Seu diretor, Jeferson De, começava ali uma promissora carreira que o tornou um dos grandes expoentes do cinema negro brasileiro. A vida de Carolina Maria de Jesus, negra e semianalfabeta, que se tornou um fenômeno literário na década de 1960. Bisneta de escravos, com apenas dois anos de estudos, se apaixonou pela leitura. 

Ano: 2003 

Direção: Jeferson De 

LONGA – M8 – Quando a Morte Socorre a Vida – 01h24

Maurício começa a estudar na renomada Universidade Federal de Medicina. Em sua primeira aula de anatomia, ele conhece M8, o cadáver que servirá de estudo para ele e os amigos. Durante o semestre, o mistério da identidade do corpo só pode ser desvendado depois que ele enfrentar suas próprias angústias.

Ano: 2020

Direção: Jeferson De 

– Projeto Cinema Falado – Conversa sobre o papel da identidade negra no cinema brasileiro atual, com participação da platéia. 

18/02 – SEXTA

SESSÃO DAS 19H

CURTA – Quintal – 20′

O filme retrata um dia na vida de um casal de idosos em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os pais do diretor são os atores principais deste curta.

Ano: 2015

Direção: André Novais Oliveira

LONGA – Temporada – 01h52

Juliana é uma mulher negra que está se mudando de Itaúna, no interior de Minas Gerais, para Contagem, que fica na região metropolitana de Belo Horizonte. Ao longo do longa, ela se adapta à nova rotina, ao novo emprego e faz novos amigos enquanto espera a chegada do marido, que também se mudou para a cidade. 

Ano: 2019

Direção: André Novais Oliveira

SESSÃO DAS 21H

CURTA – Mumbi7Cenas pós Burkina – 07′

“Mumbi7Cenas Pós Burkina” mostra a angustia de Mumbi, uma jovem cineasta, que após participar de um dos maiores festivais de cinema do mundo, se vê enclausurada em seu interior sem saber qual será sua próxima obra. A partir do diálogo entre seu pensamento e suas lembranças de obras marcantes do cinema brasileiro, Mumbi se liberta.

Ano: 2010

Direção: Viviane Ferreira

LONGA – Um Dia Com Jerusa – 01h14

A sensitiva Silvia, uma jovem pesquisadora de mercado, enfrenta as agruras do subemprego enquanto aguarda o resultado de um concurso público. Ao mesmo tempo, a graciosa Jerusa, uma senhora de 77 anos, é testemunha ocular do cotidiano vivido no bairro do Bixiga. No dia do aniversário de Jerusa, enquanto ela espera a família para comemorar, o encontro entre suas memórias e a mediunidade de Silvia lhes proporciona transitar por tempos e realidades comuns às suas ancestralidades.

Ano: 2020

Direção: Viviane Ferreira

19/02 – SÁBADO

SESSÃO DAS 18H

CURTA – Vista a minha pele – 27′

O vídeo ficcional-educativo traz em menos de 30 minutos uma paródia sobre como o racismo e o preconceito ainda são encontrados nas salas de aula do Brasil. Invertendo a ordem da história, o vídeo utiliza a ironia para trabalhar o assunto de forma educativa. Nele, negros aparecem como classe dominante e brancos como escravizados e a mídia só apresenta modelos negros como exemplo de beleza.

Ano: 2005

Direção: Joel Zito Araújo 

LONGA – Filhas do Vento – 01h25

Após 45 anos separadas por um incidente familiar, duas irmãs se reencontram após a morte do pai. Dirigido por Joel Zito Araújo, Filhas do Vento retrata a relação familiar e o reencontro de quatro mulheres em Lavras Novas, no interior de Minas Gerais. O longa-metragem mostra o racismo e os resquícios da escravidão na pequena cidade mineira que possui uma população majoritariamente negra. 

Ano: 2005

Direção: Joel Zito Araújo

SESSÃO DAS 20H

CURTA – Quintal – 20′

O filme retrata um dia na vida de um casal de idosos em Contagem, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os pais do diretor são os atores principais deste curta.

Ano: 2015

Direção: André Novais Oliveira

LONGA – Temporada – 01h52

Juliana é uma mulher negra que está se mudando de Itaúna, no interior de Minas Gerais, para Contagem, que fica na região metropolitana de Belo Horizonte. Ao longo do longa, ela se adapta à nova rotina, ao novo emprego e faz novos amigos enquanto espera a chegada do marido, que também se mudou para a cidade. 

Ano: 2019

Direção: André Novais Oliveira

SESSÃO DAS 22H

CURTA – Carolina – 14′

Há quase 20 anos, um curta-metragem saiu premiado do Festival de Gramado. Carolina (2003) trazia Zezé Motta vivendo a hoje consagrada escritora Carolina Maria de Jesus, moradora de uma favela em São Paulo, autora do livro Quarto de Despejo. Seu diretor, Jeferson De, começava ali uma promissora carreira que o tornou um dos grandes expoentes do cinema negro brasileiro. A vida de Carolina Maria de Jesus, negra e semianalfabeta, que se tornou um fenômeno literário na década de 1960. Bisneta de escravos, com apenas dois anos de estudos, se apaixonou pela leitura. 

Ano: 2003 

Direção: Jeferson De 

LONGA – M8 – Quando a Morte Socorre a Vida – 01h24

Maurício começa a estudar na renomada Universidade Federal de Medicina. Em sua primeira aula de anatomia, ele conhece M8, o cadáver que servirá de estudo para ele e os amigos. Durante o semestre, o mistério da identidade do corpo só pode ser desvendado depois que ele enfrentar suas próprias angústias.

Ano: 2020

Direção: Jeferson De 

20/02 – DOMINGO

SESSÃO DAS 19H

CURTA – Mumbi7Cenas pós Burkina – 07′

“Mumbi7Cenas Pós Burkina” mostra a angustia de Mumbi, uma jovem cineasta, que após participar de um dos maiores festivais de cinema do mundo, se vê enclausurada em seu interior sem saber qual será sua próxima obra. A partir do diálogo entre seu pensamento e suas lembranças de obras marcantes do cinema brasileiro, Mumbi se liberta.

Ano: 2010

Direção: Viviane Ferreira

LONGA – Um Dia Com Jerusa – 01h14

A sensitiva Silvia, uma jovem pesquisadora de mercado, enfrenta as agruras do subemprego enquanto aguarda o resultado de um concurso público. Ao mesmo tempo, a graciosa Jerusa, uma senhora de 77 anos, é testemunha ocular do cotidiano vivido no bairro do Bixiga. No dia do aniversário de Jerusa, enquanto ela espera a família para comemorar, o encontro entre suas memórias e a mediunidade de Silvia lhes proporciona transitar por tempos e realidades comuns às suas ancestralidades.

Ano: 2020

Direção: Viviane Ferreira

SESSÃO DAS 21H

CURTA – Vista a minha pele – 27′

O vídeo ficcional-educativo traz em menos de 30 minutos uma paródia sobre como o racismo e o preconceito ainda são encontrados nas salas de aula do Brasil. Invertendo a ordem da história, o vídeo utiliza a ironia para trabalhar o assunto de forma educativa. Nele, negros aparecem como classe dominante e brancos como escravizados e a mídia só apresenta modelos negros como exemplo de beleza.

Ano: 2005

Direção: Joel Zito Araújo 

LONGA – Filhas do Vento – 01h25

Após 45 anos separadas por um incidente familiar, duas irmãs se reencontram após a morte do pai. Dirigido por Joel Zito Araújo, Filhas do Vento retrata a relação familiar e o reencontro de quatro mulheres em Lavras Novas, no interior de Minas Gerais. O longa-metragem mostra o racismo e os resquícios da escravidão na pequena cidade mineira que possui uma população majoritariamente negra. 

Ano: 2005

Direção: Joel Zito Araújo

Serviço

1ª Semana da Identidade Negra no Cinema Brasileiro
Onde: Cine Satyros Bijou – Praça Roosevelt, 172
Quando: 17,18,19 e 20 de fevereiro
Quanto: Ingressos gratuitos

Mais informações
: 3255-0994 ou 3258-6345

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Coordena a Extensão Cultural da SP Escola de Teatro e apresenta o Arcanjo Pod. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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