Festival de Curitiba: Deborah Colker leva espetáculo Cura ao Guairão; veja destaques da dança
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
O 30º Festival de Curitiba celebra a grandeza das artes em todas as suas expressões e a dança não poderia ficar de fora.
Tanto na Mostra Lúcia Camargo, como no Festival de Rua, os espetáculos mesclam artistas e companhias já consolidadas, e que são um sucesso, com novos talentos da cena nacional da dança.
A seleção dos espetáculos foi pensada para todos os públicos, com classificação livre em muitos deles e grande parte sem a cobrança de ingresso. E tem para todos os gostos: ballet, flamenco, dança contemporânea, e muito mais.
“Vamos encher as ruas de Curitiba com arte e conectar o espaço público com as pessoas. A efervescência cultural trazida nestes trinta anos de Festival de Curitiba inclui a dança em todas as suas expressões”, explica Fabiula Bona Passini, diretora do Festival de Curitiba.
Confira abaixo os espetáculos de dança que vão movimentar o 30º Festival de Curitiba:
Cura
Um dos espetáculos mais aguardados do Festival de Curitiba, Cura é uma criação da Companhia de Dança Deborah Colker e tem trilha sonora de Carlinhos Brown. Ele nasce a partir da indignação do que não tem cura, entendendo o indivíduo a partir de 4 planos ou 4 dimensões: físico, emocional, intelectual e espiritual, a busca deste inteiro, é a busca da vida. Cura trata de ciência, fé, da luta para superar e aceitar nossos limites, do enfrentamento da discriminação e do preconceito. A dramaturgia é do rabino Nilton Bonder. Apresentações nos dias 30 e 31 de março, às 21h. No Teatro Guaíra, Guairão (Rua Amintas de Barros, S/N – Centro). Valores: R$ 80 (inteira) R$ 40 (meia) + taxa administrativa. Classificação: livre. Duração: 75’.
Flamenco para todos
A arte flamenca em um diálogo contemporâneo é a proposta do belíssimo Flamenco para Todos. As obras “Poemas Del Cante Jondo” e “El Romancero Gitano”, do escritor Federico Garcia Lorca, um dos maiores expoentes desta arte, apresentadas em uma visão do poeta sobre a dança e a cultura tradicional espanhola, misturando-se em poesia, guitarra e baile flamenco. O espetáculo é uma criação da ST Produções Teatrais, em idioma espanhol e gratuito. Apresentações na Praça Rui Barbosa nos dias 8 e 9 de abril, às 15h. Classificação: livre. Duração: 40’.
Sem Palavras
O espetáculo da Companhia Brasileira de Teatro propõe uma reinvenção da linguagem – misturando teatro, dança, música e performance – para dar conta dos velozes acontecimentos contemporâneos, com histórias de amor, de violência, de consumo, dos corpos em transição. Apresentações no dia 3 de abril, às 19h, e 4 de abril, às 21h. No Teatro Guaíra, Guairinha (Rua Amintas de Barros, S/N – Centro). Valores: R$ 80 (inteira) R$ 40 (meia) + taxa administrativa. Classificação: 18 anos. Duração: 110’’.
Sinapse
A Companhia de Dança Juliana Ribeiro mostra por meio da dança as junções e ligações das sinapses e como esses movimentos se propagam pelos corpos, representando as junções entre a terminação de um neurônio. A conexão de dentro para o meio externo, a movimentação muito elétrica e de impulsos percorrendo toda a extensão do espetáculo. Serão duas apresentações, sendo uma delas no dia 9 de abril, às 14h30, na Praça da Bíblia – Rua Nossa Senhora dos Remédios – Fazenda Velha, Araucária. Classificação: livre. Duração: 40’.
Doce²
A Cia KÀ de Teatro apresenta em Doce² que a analogia ao “não ser” faz parte da atmosfera da expressão. O corpo conta fases de escuridão, euforia, tempestade, primavera, desilusão e o mel da ilusão que saliva ao caramelo que derrete entre os dentes. Uma das apresentações será no dia 4 de abril,
às 19h, no Largo da Ordem. Classificação: 10 anos. Duração: 50’.
V.I.C.A
O Ballet Teatro Guaíra apresenta o imperdível V.I.C.A na Praça Santos Andrade e de graça. O título do espetáculo significa volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, características do mundo pós- moderno e exacerbadas com a pandemia de Covid- 19. Em meio a um mundo confuso, saído de uma pandemia, a coreógrafa Lili de Grammont e o Balé Teatro Guaíra nos apontam a arte como estratégia de sobrevivência. No dia 5 de abril às 19h30. Classificação: livre. Duração: 50’.
Onde adquirir os ingressos: www.festivaldecuritiba.com.br e na bilheteria física exclusiva do Shopping
Mueller (piso L2), de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 14h às 20h, em Curitiba.
Colaborou Michele Marreira
O jornalista e crítico Miguel Arcanjo Prado viajou a convite do Festival de Curitiba.
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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