Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
No último 18 de março, a cantora Claudia Manzo lançou seu segundo álbum de estúdio, intitulado Re-voltar – já presente nas plataformas digitais. O disco já é destaque entre os lançamentos do ano ao tocar, com muita poesia, em feridas sociais.
A interessantíssima chilena radicada no Brasil, mais especificamente na cidade de Belo Horizonte, conta ainda com participações especiais no disco de BaianaSystem, Luiza Brina e Mariana Cavanellas em um trabalho repleto de significados.
Velha conhecida da excelente cena musical mineira que já revelou nomes como Marina Sena, a artista que ganhou maior projeção após participar do EP América do Sol, terceiro ato do disco OXEAXEEXU do BaianaSystem.
É importante ressaltar que o grupo brasileiro que busca criar pontes sonoras latino-americanas.
Neste segundo trabalho solo, Claudia Manzo chega ainda mais potente com a missão de mostrar sua arte, por meio de suas letras contundentes.
A cantora aborda temas necessários no que diz respeito à mulher: luta contra machismo, a dor da injustiça social que assola o País; além de temas que acompanham os artistas ao longo dos tempos, como a saudade e a liberdade dos corpos.
Claudia Manzo ainda provoca reflexão ao jogar, em sua música, com a plataforma de encontros e desencontros que são os idiomas, o que ela vive em seu cotidiano de imigrante em terras brasileiras.
A maioria das canções é escrita e cantada em português, o que já não parece mais ser um desafio para a intérprete, depois de tantos anos vivendo no Brasil.
Há ainda um portunhol que me percorre, mas já é menos sofrido do que quando comecei, por que hoje tenho acesso a mais palavras, contextos, significados, mais poesias, reflexões, mais linguagem coloquial e mais vivência brasileira.
CLAUDIA MANZO
O álbum conta com dez faixas autorais, inéditas, com composições de Claudia e parcerias da artista com o músico André Milagres, além de Luiza Brina (Graveola), com quem divide também os vocais na faixa Pequenos Homens, e Russo Passapusso, coautor da faixa Água Benta.
O álbum Re-voltar, de Claudia Manzo, merece escuta atenta e interessada.
Colaborou Michele Marreira
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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