Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
A peça-filme Começo do Fim tem sua estreia neste domingo, 1º de maio, no feriado do Dia do Trabalhador, de forma digital no Teatro Sérgio Cardoso, na capital paulista.
Quem assina texto e direção é a jornalista Gabriela Mellão. O elenco é composto pelos atores Reinaldo Soares e Liris D. Lago, com narração de Eucir de Souza e Luna Martinelli. Aline Santini faz a direção de fotografia e Rafael Drodo a criação de projeções.
Além de autora, diretora e crítica de teatro, Gabriela é colaboradora da Revista Bravo!, membro da Associação Internacional de Críticos de Teatro e crítica e jurada do prêmio APCA. Foi ainda repórter teatral da Folha de São Paulo e curadora de festivais e editais.
Trata-se de um convite para que o espectador mergulhe nas contradições da alma humana e, a partir delas, se projete na obra em busca de revelações próprias e, quem sabe, apaziguamento para suas contradições.
Nascimento do projeto
O trabalho nasceu do mergulho da autora e diretora no mundo dos sonhos e do inconsciente, ao viver um processo de separação. Os sonhos, objeto de estudo de variadas correntes terapêuticas, são expressão e prova viva da eterna luta do homem dentro de si mesmo.
A peça/filme busca dissecar para o espectador esta luta. Na empreitada, Mellão expõe sua batalha pessoal entre consciente e inconsciente, transformando símbolos trazidos pelos sonhos em reflexões sobre si mesma e o mundo.
Criada a partir de cerca de 60 sonhos da autora durante 6 meses de terapia, em cruzamento com um estudo da mitologia, a obra ilumina a qualidade profética dos sonhos, trazendo uma reflexão sobre a importância dos mitos na elaboração e entendimento de nossa psiqué, não só entre povos antigos, mas também no mundo contemporâneo.
Meus sonhos são o ponto de partida desta obra. Foi uma experiência absolutamente surpreendente ver meu inconsciente trabalhando na elaboração dramatúrgica. E estes sonhos se revelaram mais do que criadores de histórias. Anunciaram transformações que viriam acontecer comigo, mostrando haver um diálogo estreito entre minha psiquê, o inconsciente coletivo e a mitologia. Foi um despertar para forças e saberes que dão à experiência da vida uma dimensão maior.
Gabriela Mellão
A história
Começo do Fim apresenta a jornada afetiva de uma mulher ao longo de um processo de separação, e os símbolos criados pelo seu inconsciente. Enquanto a personagem lida com os conflitos de um relacionamento, seus sonhos já vislumbram o fim. Em cena, vemos a relação de aproximação e distanciamento de um casal, ao mesmo tempo em que esta mulher começa a compreender o poder de seu inconsciente e a buscar o seu caminho individual.
Colaborou Michele Marreira
Começo do Fim
Quando: 1º até 30 de maio de 2022. Domingos e segundas-feiras, às 19h.
Onde: Teatro Sérgio Cardoso Digital – Transmissão: culturaemcasa.com.br
Quanto: R$ 10,00 a R$ 40,00 (contribuição solidária).
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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