Morre Peter Brook, grande diretor do teatro mundial

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Um dos mais importantes e cultuados diretores de teatro do mundo, o britânico Peter Brook morreu aos 97 anos, informaram as agências internacionais neste domingo (3).
O encenador mostrou sua arte em diversos lugares do mundo, abordando desde o clássico William Shakespeare até produções inovadoras e épicas.
Lugares inusitados foram cenários de suas peças, como ginásios, fábricas desativadas, pedreiras, escolas e tantos outros locais tocados por sua arte, entre eles o Brasil, onde apresentou suas peças no Sesc São Paulo e também no FIT-BH (Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua de Belo Horizonte).
Segundo o jornal francês Le Monde, Brook – que estava radicado na França desde 1974 – morreu em Paris no sábado (2). Uma declaração de seu editor confirmou sua morte neste domingo (3).
Muito cultuado no meio teatral, Brook não era uma figura conhecida do grande público. Isso foi fruto de sua decisão de não curvar sua arte ao gosto comercial.
“Posso pegar qualquer espaço vazio e chamá-lo de palco”, escreveu ele em seu livro inovador “The Empty Space” (O Espaço Vazio, de 1968).
Londrino exilado em Paris
Nascido em Londres em 21 de março de 1925, Peter Brook era filho de um diretor de uma empresa e sua mãe era cientista. Ele deixou a escola aos 16 anos para trabalhar no estúdio de cinema e depois foi para a Universidade de Oxford e se formou em Inglês e Línguas Estrangeiras.
Em 1970, mudou-se da para a França, onde se radicou em Paris, fundando o Centro Internacional de Pesquisa Teatral, que reunia atores e designers de diversas nacionalidades. Brook permaneceu na ativa até o fim.
Sobre o fazer teatral, fez uma importante definição em seu livro A Ponta da Língua, de 2017, que deveria nortear encenadores em todo o mundo. “Toda forma de teatro tem algo em comum com uma visita ao médico. Na saída, deve-se sempre se sentir melhor do que na entrada”, escreveu. Um sábio.
Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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