Tim Maia, 80 anos: Globoplay lança série Vale Tudo com Tim Maia

Grande cantor tem trajetória revista em série documental

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Ele foi um dos maiores nomes da música brasileira de todos os tempos e deixou um legado eterno com canções que fazem parte do imaginário do que significa ser brasileiro. No dia em que Tim Maia completaria 80 anos de idade, em 28 de setembro, o Globoplay lançou a série documental Original Vale Tudo com Tim Maia, com a história do artista contada num formato exclusivo: o próprio Tim Maia traz sua versão para os fatos ocorridos em sua vida.

Imagens raras, muitas inéditas, de entrevistas, shows, depoimentos e filmagens caseiras, foram costuradas numa edição eletrizante que enfatiza seu colossal talento, humor e temperamento anárquico.

É o jeito Maia de narrar uma trajetória que marcou para sempre a música brasileira. A série, composta por três episódios, é dirigida por Nelson Motta, jornalista e produtor musical, autor da biografia Vale Tudo – O Som e a Fúria de Tim Maia, e Renato Terra (Uma Noite em 67, Narciso em Férias, O Canto Livre de Nara Leão), e, ao colocar Tim como relator de sua vida, destaca sua personalidade bem-humorada. 

“A série é um mergulho na originalidade e genialidade musical do Tim. Não há análises ou especialistas. O jeito que ele conta as histórias é de chorar de rir. A série é uma espécie de stand up comedy dançante. É aumentar o som e se preparar para rir, se emocionar e dançar”, define Renato.

“Ninguém conta melhor a sua história do que ele, com a sua linguagem, comédia e barbaridades. E Tim era um comediante nato, nós reforçamos isso nele como narrador”, complementa Nelson. 

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Tim Maia – Foto: Divulgação – Blog do Arcanjo

O caráter cômico, porém, não mascarava o que Tim guardava dentro de si: conta, sem qualquer vaidade, sentimentos íntimos e dissocia o artista, Tim Maia, da pessoa Sebastião Rodrigues Maia. Os materiais que compõem essa narrativa foram resgatados de diversas fontes pela equipe de pesquisa do projeto, que encontrou arquivos exclusivos da própria TV Globo, em outras emissoras e rádios.  

Outra fonte, nunca divulgada, foi o acervo de Carmelo Maia, filho de Tim. A produção digitalizou 51 fitas VHS que estavam guardadas desde que Tim faleceu, e oito rolos de super-8, que mostram Tim em sua privacidade, de um jeito que quase ninguém conheceu. Apenas esse material resulta em quase 30 minutos de cenas exclusivas. 

O documentário traz ainda apresentações musicais igualmente raras – sejam em programas de TV ou de shows -, que intercalam os depoimentos e as histórias de Tim. Em boa parte das vezes, essas apresentações aparecem quase na íntegra.

Entre os sucessos garantidos estão “Primavera”, “Azul da Cor do Mar”, “Do Leme ao Pontal”, “Vale Tudo”, “Descobridor dos Sete Mares”, “Gostava tanto de Você” e “Réu Confesso”. Tudo foi construído para provocar uma experiência completa de sensações: num momento, Tim é hilário; faz rir, no outro, emociona, e num outro, ainda, convida todos a dançar. 

O primeiro episódio, “Foi Lá que Toda a Confusão Começou”, conta a formação de Tim Maia, a infância no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro, a viagem para os Estados Unidos, volta ao Brasil e o sucesso de seus primeiros álbuns. Destrincha, ainda, a alquimia sonora que Tim produziu. O segundo, “Quem Não Dança Segura a Criança”, traz o artista no auge do sucesso e destaca participações em programas como o do Chacrinha, ‘Os Trapalhões’, ‘Fantástico’, ‘Globo de Ouro’, além de shows lotados. E o terceiro, “Tudo é Tudo e Nada é Nada”, traz elementos do acervo inédito da família do cantor e destaca momentos íntimos de Tim.  

Vale Tudo com Tim Maia é uma série documental original Globoplay com direção de Nelson Motta e Renato Terra, supervisão artística de Monica Almeida e Pedro Bial, produção de Anelise Franco, colaboração de Carmelo Maia e direção de gênero de Mariano Boni.

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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