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Gal Costa morre aos 77 anos, uma das maiores cantoras do Brasil de todos os tempos

Gal Costa morre aos 77 anos em São Paulo – Foto: Divulgação – Blog do Arcanjo

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Morreu Gal Costa, uma das maiores cantoras do Brasil, aos 77 anos, em São Paulo, nesta quarta-feira (9). A cantora baiana sofreu uma parada cardíaca, mas não foram dados detalhes da causa da morte por sua assessoria, que apenas confirmou o óbito. A artista havia se afastado dos palcos após uma cirurgia para retirada de nódulo na fossa nasal direita.

O corpo da cantora Gal Costa será velado na Assembleia Legislativa de São Paulo, na sexta-feira (11) das 9h às 15h. A cerimônia será aberta ao público. O enterro será fechado apenas para amigos próximos e familiares.

Gal Costa e suas famosas pernas abertas tocando violão nos anos 1970 – Foto: Arquivo Gal Costa – Blog do Arcanjo

Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador e foi a voz de clássicos da MPB como Festa do Interior, Divino Maravilhoso, Baby, Dia de Domingo com Tim Maia, Pérola Negra e Barato Total, entre outros.

Cantora brasileira de grande projeção internacional e famosa em países como Argentina e Uruguai, a baiana construiu 57 anos de carreira, iniciada em 1965, já cantando músicas dos amigos de toda uma vida Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era Maria da Graça quando lançou Eu Vim da Bahia, de Gil.

Em 1968, integrou o movimento da Tropicália, com músicas como Baby e Divino Maravilhoso. Nos anos 1970, abraçou a contracultura e a psicodelia. Seu poin na praia de Ipanema virou as Dunas da Gal. São dessa época hits como Vapor Barato e Pérola Negra. Suas pernas abertas tocando violão levavam o público ao delírio. Ela também fez o grupo Doces Bárbaros, com os amigos Caetano Veloso, Gilberto Gil e Maria Bethânia.

Nos anos 1980, rejuvenesceu seu repertório ao gravar Brasil, de Cazuza, tema de abertura da novela Vale Tudo. Em 2018, gravou Cuidando de Longe, de Marilia Mendonça. Seus LPs são cultuados até hoje, como Gal Fa-tal, Cantar, Índia e Profana.

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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