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Prêmio Shell de Teatro anuncia indicados para 33ª edição após ausência na pandemia

Ausencia sentida pela classe artística durante o período de pandemia, quando teatro necessitou mais do que nunca de holofotes para não deixar de existir, o Prêmio Shell de Teatro retoma suas atividades em 2023 e realiza 33ª edição com previsão de cerimônia de entrega para o mês de março em São Paulo e no Rio de Janeiro. A categoria Inovação passa a se chamar Energia Que Vem da Gente, slogan da companhia petrolífera multinacional britânica, alinhando o prêmio às novas ações de marketing da empresa. Foram escolhidas como homenageadas duas atrizes, Lea Garcia e Teuda Bara. Veja, a seguir, os indicados divulgados pela Shell.

Prêmio Shell de Teatro – 33ª edição

RIO DE JANEIRO

DRAMATURGIA

Henrique Fontes e Vinicius Arneiro por “Peça de Amar”

Gilson Barros por “Riobaldo”

Cecilia Ripoll por “Pança”

Elisandro de Aquino por “Eu Amarelo”

Rodrigo Portella por “Ficções”

Marcio Abreu e Nadja Naira por “Sem Palavras”

DIREÇÃO

Renata Tavares por “Nem Todo Filho Vinga”

Enrique Diaz e Marcio Abreu por “O Espectador”

Rodrigo Portella por “Ficções”

Paulo de Moraes por “Neva”

Marcio Abreu por “Sem Palavras”

André Paes Leme por “A Hora da Estrela ou O Canto da Macabéa”

ATOR

Reinaldo Junior por “O Grande Dia”

Milton Filho por “Joãosinho e Laíla: Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia”

Cridemar Aquino por “Joãosinho e Laíla: Ratos e Urubus, Larguem Minha Fantasia”

Gilson Barros por “Riobaldo”

Fábio Osório Monteiro por “Sem Palavras”

Mario Borges por “A Última Ata”

ATRIZ

Ana Carbatti por “Ninguém Sabe Meu Nome”

Vera Holtz por “Ficções”

Vilma Melo por “Mãe de Santo”

Andrea Beltrão por “O Espectador”

Vitória Jovem Xtravaganza por “Sem Palavras”

Vini Ventania Xtravaganza por “Sem Palavras”

CENÁRIO

J.C. Serroni por “Morte e Vida Severina”

André Curti e Artur Luanda Ribeiro por “Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes”

João Marcelino por “Candeia”

Bia Junqueira por “Ficções”

Cachalote Mattos por “Turmalina 18 – 50”

Erick Saboia e Marcio Meireles por “Do Outro Lado do Mar”

FIGURINO

Wanderley Gomes por “Vozes Negras: A Força do Canto Feminino”

João Pimenta por “Ficções”

Ticiana Passos por “Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes”

Julia Vicente e Gabriel Vieira por “Peça de Amar”

Marie Salles por “O Espectador”

ILUMINAÇÃO

Cesar de Ramires por “Morte e Vida Severina”

Artur Luanda Ribeiro por “Enquanto Você Voava, Eu Criava Raízes”

Gabriel Fontes Paiva e André Prado por “Um Precipício no Mar”

Alexandre Gomes por “A Jornada do Herói”

Maneco Quinderé por “Neva”

Fernanda Mantovani por “Caim”

MÚSICA

Jorge Maya pela direção musical de “Luiza Mahin … Eu Ainda Continuo Aqui”

Itamar Assiere pela direção musical de “Morte e Vida Severina”

Chico Cézar pela direção musical de “A Hora da Estrela ou O Canto da Macabéa”

Ananda K pela direção musical de “Candeia”

Claudia Eliseu e Wladimir Pinheiro pela direção musical de “Vozes Negras: A Força do Canto Feminino”

Azullllll pela direção musical de “Cão Gelado”

ENERGIA QUE VEM DA GENTE

“Companhia Cria do Beco”, baseada no Complexo da Maré, pelo espetáculo Nem Todo Filho Vinga, que traduz para a contemporaneidade de modo complexo e eletrizante o conto Pai contra Mãe, de Machado de Assis, possivelmente o maior libelo antirracista da história da literatura brasileira.

“Associação de Produtores de Teatro do Rio de Janeiro (APTR)”, pela campanha de arrecadação realizada durante a pandemia, que ajudou inúmeros profissionais do teatro a sobreviverem materialmente, e também por ter sido fundamental na luta para a aprovação no Congresso Nacional das leis Paulo Gustavo e Aldir Blanc.

“Cia de Mystérios e Novidades”, por fomentar há 40 anos um teatro marcado pela diversidade e multiplicidade e, mais recentemente, por ter criado sua Escola Sem Paredes, um complexo de espetáculos, performances, cortejos, intervenções urbanas, exposições, aulas, seminários, oficinas e atividades socioculturais fundamentais para a ocupação do território da zona portuária do Rio de Janeiro e para o enriquecimento do calendário cultural da cidade.

“Pandêmica Coletivo”, por seu pioneirismo em criar uma plataforma online durante a pandemia, possibilitando a colaboração continuada entre artistas de diversas partes do Brasil, a experimentação de novos recursos na produção teatral online e difusão desses novos trabalhos.

“Revista Questão de Crítica”, por ter contribuído para o fortalecimento das ações online criadas durante a pandemia, estimulando o debate sobre novas possibilidades estéticas abertas por esse novo modo de produção teatral, e também por ter sido, ao longo de 15 anos de existência, decisiva para o fomento do pensamento crítico nas artes cênicas brasileiras.

“Projeto Que boca na cena?”, por ter realizado transmissões virtuais de espetáculos para fomentar a distribuição de renda para profissionais da cultura durante a pandemia e, nesse processo, por ter se firmado como importante espaço de uma prática antirracista continuada, que amplifica o alcance de trabalhos de artistas negros e periféricos.

SÃO PAULO

DRAMATURGIA

Dione Carlos por “Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos”

Soraia Costa por “Sete Cortes até Você”

Ronaldo Serruya por “A Doença do Outro”

Viviane Dias por “Tarsila ou A Vacina Antropofágica”

Lucas Moura por “Desfazenda – Me Enterrem Fora Desse Lugar”

Paola Prestes por “Bata Antes de Entrar”

DIREÇÃO

Miguel Rocha por “Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos”

Lázaro Ramos e Tatiana Tibúrcio por “O Método Grönholm”

Ruy Cortez e Marina Nogaeva Tenório por “A Semente da Romã” e “As Três Irmãs”

José Fernando Peixoto de Azevedo por “Um Inimigo do Povo”

Janaina Leite por “A História do Olho – Um Conto de Fadas Pornô-noir”

Rogério Tarifa por “O Que Nos Mantém Vivos?”

ATOR

Clayton Nascimento por “Macacos”

Paulo Marcello por “O Fazedor de Teatro”

Rodrigo Pandolfo por “F.E.T.O (Estudos de Doroteia Nua Descendo a Escada)”

Luis Lobianco por “O Método Grönholm”

Odilon Wagner por “A Última Sessão de Freud”

Zécarlos Machado por “Papa Highirte”

ATRIZ

Verónica Valenttino por “Brenda Lee e o Palácio das Princesas”

Assucena por “Mata Teu Pai – Ópera Balada”

Ana Lucia Torre por “Longa Jornada Noite Adentro”

Sara Antunes por “Anjo de Pedra”

Clara Carvalho por “Um Inimigo do Povo”

Laila Garin por “A Hora da Estrela ou O Canto da Macabéa”

CENÁRIO

Fabio Namatame por “A Última Sessão de Freud”

Daniela Thomas e Felipe Tassara por “Molly Bloom”

Bira Nogueira por “Meu Reino por um Cavalo”

Luiz André Charubine e Mandy por “Pérsia”

Zé Henrique de Paula por “Sweeney Todd”

Chris Aizner por “Outono, Inverno ou O Que Sonhamos Ontem”

FIGURINO

Claudia Schapira por “Na Solidão dos Campos de Algodão”

Marichilene Artisevskis por “Mary Stuart”

Karen Brusttolin por “Gaslight, uma Relação Tóxica”

Anne Cerutti por “Consentimento”

João Pimenta por “F.E.T.O (Estudos de Doroteia Nua Descendo a Escada)”

Silvana Marcondes por “Nzinga”

ILUMINAÇÃO

Wagner Pinto por “F.E.T.O (Estudos de Doroteia Nua Descendo a Escada)”

Cesar Pivetti por “Brilho Eterno”

Aline Santini por “Na Solidão dos Campos de Algodão”

Cibele Forjaz por “Altamira 2042”

Wagner Antonio por “Com os Bolsos Cheios de Pão”

Wagner Freire por “Mary Stuart”

MÚSICA

Marco França pela direção musical de “Tatuagem”

Tom Zé e Maria Beraldo pela música de “Língua Brasileira”

Alisson Amador, Amanda Abá, Denise Oliveira e Jennifer Cardoso pela execução musical em “Cárcere ou Porque as Mulheres Viram Búfalos”

Dani Nega, Eugênio Lima e Roberta Estrela D’Alva pela direção musical de “Hip Hop Blues”

Felipe Botelho, Amanda Ferraresi, NBKE e Wallie Ruy pela execução musical em “Wonder – Vem pra Barra Pesada”

Dan Maia pela música de “Tebas”

ENERGIA QUE VEM DA GENTE

“Éssa Companhia de Teatro”, pelo trabalho com a comunidade de São Miguel Paulista, no extremo da Zona Leste de São Paulo, que resultou no espetáculo Ensaio para dois perdidos.

“Coletivo 302”, pela valorização da ancestralidade em Cubatão, na baixada santista, refletindo sobre a herança socioambiental da época em que era a cidade mais poluída do mundo, expressa de maneira contundente no espetáculo Vila Parisi.

“Rede de Leituras”, pela importante reunião de profissionais do teatro para fomentar e difundir a dramaturgia contemporânea em tempos pandêmicos.

“Cia Munguzá de Teatro”, por suas ações artísticas e sociais acolhendo a população da Cracolândia e seu entorno durante a pandemia de Covid-19.

“CATS (Coletivo de Artistas Transmasculines)”, pela pesquisa histórica e ações de visibilidade e inclusão dos artistas transmasculines no Brasil.

“Os Satyros”, pelo projeto A arte de enfrentar o medo [sic, o nome correto é ‘A Arte de Encarar o Medo’] / The art of facing the fear [sic, o nome correto em inglês é ‘The Art of Facing Fear – The World United’], reunindo simultaneamente artistas de vários países dos cinco continentes e fomentando a experimentação de formatos digitais durante a pandemia.

HOMENAGEADAS

A 33ª edição do Prêmio Shell de Teatro celebra duas das mais importantes atrizes brasileiras, reafirmando o protagonismo feminino no teatro nacional. Uma das homenageadas é Léa Garcia, que celebra 90 anos agora em 2023 e tem memoráveis passagens nas artes cênicas. Lea participou da montagem original de ‘Orfeu da Conceição’, que estreou em 1956, além de espetáculos históricos como ‘Perdoa-me por me traíres’ e ‘Anjo Negro’. A outra homenageada é Teuda Bara, ícone do teatro mineiro, uma das fundadoras do Grupo Galpão, um dos mais importantes do país, que festejou 40 anos em 2022 e já participou de montagens com José Celso Martinez Correa e de um espetáculo do Cirque Du Soleil.

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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