Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
ENVIADO ESPECIAL AO FESTIVAL DE CURITIBA*
Aos 71 anos, Evandro Mesquita permanece um garoto da praia de Ipanema. Personagem central do teatro, música pop e audiovisual brasileiros dos últimos 50 anos, ele foi convocado pelo 31º Festival de Curitiba para apresentar o Mish Mash, o grande show de variedades e artes circenses do evento. Um dos fundadores do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone na década de 1970 e da banda Blitz, ícone do pop rock nacional nos anos 1980, ele segue acreditando que arte precisa se comunicar com o povo e atingir públicos fora de seu nicho.
“Acho fundamental que a arte chegue para todo mundo. Já era uma das nossas preocupações no teatro, ainda na década de 1970. Não falar apenas para o nosso nicho de pessoas que tem as mesmas informações que a gente”, disse Evandro neste sábado (8), durante a entrevista coletiva da Sala Jô Soares do Festival de Curitiba, no Hotel Mabu da Praça Santos Andrade, centro da capital do Paraná.
O Mish Mash 2023 fecha o festival de Curitiba nos dias 8 e 9 de abril no Viasoft Experience.
Trajetória de sucesso
Evandro começou a carreira no grupo de teatro carioca Asdrúbal Trouxe o Trombone, formado em meados dos anos 1970 ao lado de nomes como Regina Casé, Perfeito Fortuna, Hamilton Vaz Pereira, Patrícya Travassos e Luís Fernando Guimarães e outros tantos, que revolucionou a comédia brasileira.
“Eu estou muito contente de estar aqui neste momento em que a gente tá precisando dessa oxigenada de arte e cultura. Curitiba está dando um exemplo sensacional e no circo eu me sinto em casa”, disse.
O vocalista da Blitz, banda pioneira do rock brasileiro nos anos 1980, lembrou dos tempos que era um aspirante a artista e falou que reconheceu a mesma atmosfera no Festival de Curitiba. “A gente viajava o Brasil inteiro de carona, sem estrutura e juntava a grana na caixinha de queijo caturipy. Era a força da arte pegando a gente em cheio: jovens e querendo mudar o mundo eu sinto tudo isso aqui muita energia no festival” disse.
Evandro disse que a fama recente de seu personagem na série A Grande Família, no ar na Rede Globo entre 2001 e 2014, ainda reverberam, mas que tem grande carinho por aquele trabalho.
“O ‘Paulão da Regulagem’ me persegue até hoje, mas era uma grande curtição. O programa era um jazz: tinha um texto e que a gente improvisava em cima e era popular e sofisticado”, conclui.
*O jornalista e crítico Miguel Arcanjo Prado viajou a convite do Festival de Curitiba.
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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