Parabéns Sr. Presidente In Concert tem Vannessa Gerbelli e Ju Knust como Maria Callas e Marilyn Monroe

Vannessa Gerbelli e Ju Knust são Callas e Monroe em Parabéns Sr. Presidente In Concert © Divulgação Blog do Arcanjo 2023

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Um encontro sensacional de duas figuras lendárias do século 20 promete encantar o público paulistano. Parabéns Sr. Presidente In Concert traz as atrizes Vannessa Gerbelli como a cantora líria Maria Callas e Ju Knust como a atriz Marilyn Monroe no Teatro Sérgio Cardoso de 6 de outubro a 29 de outubro (compre seu ingresso). A idealização é de Fernando Duarte, também autor do texto e produtor do espetáculo que tem Fernando Philbert na direção.

O espetáculo musical desafia Gerbelli, que canta óperas e duetos vivendo o papel de uma das maiores cantoras de todos os tempos. A trilha sonora transita em diferentes estilos e ritmos com canções inéditas de Maíra Freitas. A última canção é uma verdadeira apoteose que une duas figuras tão distintas através da maior paixão em comum: a arte.

A peça parte de eventos históricos que aconteceram na noite de 19 de maio de 1962, para discutir temas atuais. A grande questão é como duas pessoas de universos tão distintos se relacionariam e o olhar diferente que tinham sobre uma série de situações. O espetáculo explora, graças ao duelo verbal entre as estrelas, o drama feminino dos tempos recentes, a divisão entre afeto e realização, o conflito diante do papel a desempenhar em um mundo ainda regido pelos homens.

Marilyn fala abertamente sobre os abortos espontâneos que sofreu, as crises conjugais, a violência doméstica durante a conturbada relação com o ex-marido, o jogador de baseball Joe Dimaggio, que a agrediu fisicamente. Já Callas reconhece que a voz já não é a mesma e enfrenta problemas no relacionamento com o magnata grego Aristoteles Onassis, com quem manteve por nove anos um conturbado relacionamento. O homem que ela amava e por quem abandonou tudo, foi um tirano e parecia se divertir humilhando a grande Prima Donna diante dos amigos ilustres, como Winston Churchill e a princesa Grace Kelly de Mônaco.

Fatos históricos

Em 19 de maio de 1962, um sábado à noite, aconteceu na Madison Square Garden, famosa casa de shows em NY, a comemoração dos 45º anos do então presidente John F. Kennedy. Quinze mil pessoas lotaram o local e o evento foi transmitido ao vivo pela TV. A festa contou com a participação dos maiores artistas da época, entre eles, Marilyn Monroe e Maria Callas.A única lembrança que ficou na mitologia dos anos 1960, é a imagem da atriz Marilyn Monroe usando o icônico vestido de sereia brilhante e cantando aos sussurros, Happy Birthday, Mister President.

PARABÉNS SR. PRESIDENTE IN CONCERT

Idealização: Fernando Duarte
Dramaturgia: Fernando Duarte e Rita Emôr
Direção: Fernando Philbert
Elenco: Vannessa Gerbelli e Ju Knust
Letras, arranjos e direção musical: Maíra Freitas
Classificação: 14 anos.
Duração: 70 minutos
Estreia: 06 de outubro
Temporada: 06 a 29 de outubro – Sextas – Sábados – domingos.
Horários: 19h
Ingressos: R$ 80,00 inteira R$ 40,00 meia
Antecipados – preços promocionais R$ 50,00 inteira R$ 25,00 meia.
Venda online pela Sympla (www.sympla.com.br)
Bilheteria do teatro: das 14h até o início de cada sessão.
Teatro Sergio Cardoso
Sala Paschoal Carlos Magno – 144 lugares
Endereço: Rua Rui Barbosa, 153 / Bela Vista – São Paulo/SP
Informações: (11) 3288.0136
Instagram @parabensinconcert


“Mostrar estas divas fora do pedestal, desconstruídas, com os pés descalços, bebendo champanhe e falando da vida é uma delícia, não tem como não se identificar.”
VANNESSA GERBELLI (CALLAS)

“Marilyn em sua forma mais humana. Longe do estereótipo que permeia a imaginação dos homens e mulheres de todos os tempos. A diva é uma mulher da vida real. Aos poucos me encontro nela, crio conexões emocionais. Suas inseguranças, sua fragilidade emocional, seu humor, sua generosidade. A arte existe porque a vida não basta!”
JU KNUST (MONROE)

“Uma peça sobre dois mitos, duas divas que se encontram no camarim e ali no reconhecimento de suas dores, alegrias, amores, elas se abrem em uma conversa franca sobre suas vidas. Se escutam e refletem sobre caminhos. Aqui existe uma meta teatro pois tanto Vannessa quanto a Ju reconhecem este universo onde as vezes são vistas mais como divas do que mulheres com seus desejos iguais a todas as mulheres.”
FERNANDO PHILBERT – DIRETOR


“A proposta inicial é apresentar essas duas grandes mulheres em um evento histórico, no entanto, quando elas fazem essa conexão, tiram as máscaras, saem do pedestal, a plateia passa a conhecer as mulheres por trás do mito, mostrando mais a MARIA e menos a CALLAS, mais a NORMA JEAN (nome verdadeiro da Marilyn) e menos a MONROE, figura sensual que povoa o imaginário do público ainda nos dias de hoje. Meu maior objetivo sempre foi mostrar o lado humano dessas duas figuras femininas tão marcantes. Enquanto conversam e cantam, a plateia vai conhecendo seus segredos, a humanidade que há em todas as mulheres, as lutas, as alegrias, as dores. Antes de serem artistas, são duas mulheres normais falando sobre questões universais que todas as mulheres conversam ao longo da vida. Lá pelas tantas, tiram um pouco os sapatos, puxam os vestidos, respiram aliviadas enquanto se desmontam… é difícil manter a imagem de “diva”. O quanto são cobradas. Elas param para se olhar no espelho. São momentos pontuais e rápidos, um retoque na maquiagem, uma ajeitada no cabelo, como se para ter certeza de que ainda são “a” CALLAS e “a” MONROE, apesar de todas as confissões e toda a sinceridade da conversa que travam naquele momento: as dificuldades que tinham em 1960, em se provar dignas de respeito, tanto pessoal quanto profissional, tem muito a ver com a luta que muitas mulheres travam até hoje. A Marilyn falando sobre a violência doméstica que sofreu ou a Callas sobre a pressão do padrão estético, poderiam ser duas mulheres em 2023, em plena era digital sofrendo as mesmas pressões. O mundo mudou muito, o ser humano mudou muito pouco.”
FERNANDO DUARTE – AUTOR E PRODUTOR

MARIA CALLAS
Foi a mais completa tradução da palavra DIVA. A mulher que traduzia fielmente o feminino no que diz respeito à força e fragilidade. Nesta obra teatral, são compartilhados as dúvidas e medos de “La Divina Callas”, a imperatriz do Bel Canto, que nos deixou como herança sua voz imortal. Callas, a diva das divas. Única. Uma força da natureza. A indomável Callas, geniosa, intempestiva, era regida pelos sentimentos. Sua história de vida foi tão dramática quanto às personagens que interpretou nas óperas. A maior soprano da história e um dos maiores mitos do século XX, teve sua vida marcada por glórias e tragédias. Ela revolucionou a história da ópera e ainda hoje é considerada a maior cantora lírica de todos os tempos.

MARILYN MONROE
A simples menção ao nome Marilyn Monroe desperta o imaginário de muitas formas. Para alguns, sugere o padrão absoluto da sensualidade feminina. Beleza. Graça. Sofisticação. Para outros, vem à mente insegurança. Infelicidade. Tragédia. Mas para apreciar a vida complexa e fascinante dessa mulher enigmática é preciso deixar de lado quaisquer noções preconcebidas sobre ela, tarefa, com certeza, difícil, considerando o seu status de iconoclasta. Dizer que nenhuma outra atriz vendeu tanto quanto ela, nem começa a explicar a importância que teve para o mundo do cinema. Ainda hoje é vista nas vitrines da vida como uma referência que nunca sai de moda. No entanto, por trás do sorriso fotogênico, era uma pessoa frágil e vulnerável, tinha uma combinação de esplendor e anseio que a destacava. Longe dos holofotes, sem a maquiagem que a transformava no mito Marilyn Monroe, às vezes, passava despercebida.

FICHA TÉCNICA

Idealização: Fernando Duarte
Dramaturgia: Fernando Duarte e Rita Emôr
Direção: Fernando Philbert
Elenco: Vannessa Gerbelli e Ju Knust
Letras, arranjos e direção musical: Maíra Freitas
Direção vocal: Breno Pizzorno
Cenografia: Emerson Teixeira
Figurinos: Fernando Duarte
Designer de luz: Vilmar Olos
Direção de Imagens / projeções: Aníbal Diniz
Visagismo: Anderson Bueno
Programação Visual: Mau Resende
Fotografia: Edu Rodrigues
Assessoria de imprensa: Flavia Fusco Comunicação
Financeiro: Karime Kawaja
Assistente de produção: Maria Clara Souza
Direção de produção: Fernando Duarte
Realização: Vissi D’arte Produções Artísticas e Ferreira Eventos Culturais

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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