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Ayodele Cia de Dança leva bailarinos negros ao palco do Theatro Municipal sob direção de Milton Kennedy

Ayodele Cia de Dança leva espetáculo Abayomi – Uma Agricultora! ao Theatro Municipal © Mari Ser Divulgação Blog do Arcanjo 2023

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Formada por bailarinos negros, a Ayodele Cia. de Dança, dirigida pelo grande bailarino e coreógrafo Milton Kennedy, artista vencedor do Prêmio Arcanjo de Cultura 2022, vai ocupar o tradicional palco do Theatro Municipal de São Paulo. A apresentação é nesta terça-feira (26), com o espetáculo Abayomi – Uma Agricultora!.

Ambientado na África, o espetáculo traz em dois atos a história da mãe Djene-ba e sua filha Abayomi que vivem na África do Oeste e após uma morte ocorrida na família, são obrigadas a deixar a aldeia onde viviam, partindo para o exílio.

A apresentação dura 2h40min, com um intervalo entre os atos, e conta com a participação de 12 bailarinas e 7 bailarinos, todos artistas negros da companhia.

A Cia é um fruto do trabalho do professor de balé e preparador corporal Milton Kennedy, lendário bailarino do Balé da Cidade de São Paulo, com objetivo dar protagonismo negro no cenário do balé e da dança. 

“Abayomi – uma agricultora!” será gratuita e os ingressos estarão disponíveis no site do Theatro Municipal a partir do dia 23 de setembro, às 12h. O projeto foi contemplado pela 3° Edição do Edital de Apoio à Cultura Negra para a cidade de São Paulo, da Secretaria Municipal de Cultura, sob gestão de Aline Tores.

Milton Kennedy vence o Prêmio Arcanjo de Cultura 2022 © Rafa Marques Blog do Arcanjo 2022

Abayomi – Uma Agricultora!

Com Ayodele Cia. de Dança

Os tempos imemoriais, os tempos das grandes civilizações africanas, foram duramente impactados pela escravidão, o maior de todos os crimes contra a humanidade, e pela colonização. A desumanização perpetuada até os dias atuais, e que vive no preconceito, na discriminação, no racismo e em todas as formas de violência, não impediu as sociedades africanas e suas diásporas de produzirem maravilhas em todos os campos. A arte de dançar a vida tem sido elemento de resistência, de reparação, de sobrevivência. Nossos corpos são palavras vivas e por isso estamos aqui, reunidos em uma grande aldeia para dançar a vida em Abayomi, uma agricultora! Espetáculo em dois atos com a duração de 2h40min, incluindo um intervalo entre atos, ambientado na África do Oeste, apresenta a história de mãe e filha (Djene-ba e Abayomi) que, abaladas e inconformadas por uma morte ocorrida em família são obrigadas a deixar a aldeia onde vivem, partindo para o exílio. O espetáculo conta com a participação de 12 bailarinas e 8 bailarinos, totalizando 20 artistas negras e negros da Ayodele Cia. de Dança. A Cia. é fruto do trabalho que vem sendo desenvolvido pelo professor de balé Milton Kennedy, que ao logo de sua trajetória busca trazer os corpos negros para o centro do palco como protagonistas. Ayodele, na língua Iorubá, é um nome que significa “A alegria voltou a Casa”. O projeto foi contemplado pela 3° Edição do Edital de Apoio à Cultura Negra para a cidade de São Paulo – Secretaria Municipal de Cultura.

Ficha Técnica

Milton Kennedy, direção, concepção e dramaturgia
Cláudia Nwabasili e Roges Doglas, coreografia I e II atos
Maria Emília Gomes, assistente de direção
Raul Torres, direção executiva
Michael Yuri, arranjo e edição de áudio
Quilombo Cenógrafico, cenografia
Evaristo Moura e Abmael Henrique, figurinos
Carolina Gracindo, iluminação
Nina Vieira, designer gráfico
Mari Ser, foto e vídeo
Kessia Midory, produção

Terça, 26/09/2023, 20h no Theatro Municipal de São Paulo, entrada grátis

Duração total 160 minutos com intervalo de 20 minutos
Classificação livre para todos os públicos
Ingressos gratuitos – retirar no site a partir de 23/9, às 12h. Limite de 2 ingressos por pessoa. Também haverá distribuição de ingressos no dia do espetáculo, a partir das 18h.

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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