Bruna Guerin não merece calúnia e difamação com fake news do fim do casamento de Sandy e Lucas Lima
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Bruna Guerin tem trajetória repleta de ética e profissionalismo no teatro e não merece a rede de mentiras que estão criando em torno de seu nome, associando a mesma à separação de Sandy e Lucas Lima.
Como na época do caça às bruxas da Idade Média, é sempre melhor inventar uma mulher para ser culpada e condenada. Mesmo que injustamente.
Conheço Bruna Guerin desde o começo de nossas carreiras, dela na atuação e minha no jornalismo e na crítica de artes. E aí já se vão 20 anos. Não a conheci ontem.
E posso dizer, sem qualquer dúvida: Bruna Guerin é um dos nomes mais éticos, talentosos, generosos e respeitados de nosso teatro. Quem é do mercado sabe disso muito bem.
Bruna não merece essa onda de ódio injusto e gratuito, tampouco ser apontada em manchetes irresponsáveis como “suposto pivô” do fim do casamento de Sandy e Lucas Lima, que, aliás, pediram para a imprensa e os fãs respeitarem este momento do casal quando anunciaram a separação.
Parece que se tornou normal essa enxurada de fake news em nosso cotidiano, mas o que mais me assusta é isso passar das redes sociais para veículos tradicionais da imprensa, que reproduzem qualquer mentira de qualquer usuário de internet sem checar, sem ter provas, e o mais grave, sem sequer ouvir o outro lado.
Qualquer um pode inventar qualquer mentira sobre qualquer pessoa na internet. E aí o jornalismo simplesmente sai reproduzindo? Cadê a responsabilidade ética?
A nova geração do jornalismo já esqueceu-se do caso Escola Base, de 1994, no qual a mídia condenou injustamente e sem provas profissionais de uma escola infantil, destruindo vidas e famílias?
Qualquer jornalista que frequentou alguma faculdade sabe que, diante de qualquer tipo de acusação, é preciso levantar provas e o outro lado precisa ser ouvido. Até porque o princípio do direito ensina que todos são inocentes até que se prove o contrário.
Infelizmente, na sanha por clique a qualquer preço que acabaram afugentando profissionais éticos e experientes de suas redações, os veículos jornalísticos brasileiros entraram na onda do vale tudo das redes, mesmo que isso signifique destruir de forma irresponsável e injusta reputações e trajetórias construídas com muito esforço e esmero, como é a carreira de Bruna Guerin.
Qualquer um que consulte hoje “Bruna Guerin” no Google verá o nome desta talentosa atriz associado não ao seu trabalho digno nos palcos e telas, mas a notícias que associam ela a uma acusação sem qualquer tipo de comprovação.
Bruna Guerin não pode ser condenada por ter realizado muito bem o seu trabalho no musical Once ao lado de Lucas Lima e por ter sido uma excelente colega de trabalho com o mesmo.
Seu trabalho neste musical foi tão primoroso que ela está indicada a melhor atriz na maior premiação do teatro brasileiro, o Prêmio Bibi Ferreira, do qual sou jurado. Premiação que já recebeu anteriormente por sua atuação no lendário Urinal, O Musical.
Essa tentativa de misturar os personagens da ficção com os da vida real sem qualquer tipo de prova é uma ação leviana.
E é preciso lembrar que injúria, calúnia e difamação são crimes previstos no Código Penal Brasileiro.
Portanto, sejamos mais responsáveis.
O que diz Bruna Guerin
São 20 anos de uma carreira que tenho construído com tanto esforço e nunca havia sofrido uma onda de ódio tão grande causada por boatos mentirosos que a imprensa irresponsável tem reproduzido. Não sou pivô de separação e nunca tive nenhum envolvimento com meu amigo de trabalho. Especular, acusar e me atacar com mensagens de ódio e mentiras descabidas é cruel e está me afetando. demais. Toda minha solidariedade e respeito à Sandy e ao Lucas nesse momento que estão passando.”
Bruna Guerin
atriz
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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