Festival Mário de Andrade tem programação grátis no centro de São Paulo
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Vai ter muita cultura no centro de São Paulo neste fim de semana de feriadão! Nos dias 13, 14 e 15 de outubro deste ano, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, promove o III Festival Mário de Andrade – 85 anos da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade. Inteiramente gratuito, o evento celebra a literatura e o livro, estimulando o debate de ideias, a formação de leitores e a potência cultural de novas linguagens.
O festival ocupa o prédio principal e o edifício anexo da icônica Biblioteca Mário de Andrade, maior biblioteca pública do estado e segunda maior do país, além da Praça das Artes e outros equipamentos culturais da região central da cidade, trazendo dezenas de atrações artísticas e mesas de debate. Entre os destaques, aparecem nomes como Davi Kopenawa, Tom Zé, Geovani Martins, Ana Maria Gonçalves, Iara Rennó, Katu Mirim, Sidnei Nogueira, Neli Pereira, Cidinha da Silva, Letrux, Veronica Stigger, Arnaldo Lorençato, Dudu Bertholini e Helena Rizzo, além de um espetáculo inédito encabeçado pela Companhia do Latão, que reflete sobre a presença do circo na literatura de Mário de Andrade.
A Feira de Livros, presente nas edições anteriores, contará desta vez com 52 participantes, entre livrarias e editoras, de grande e pequeno porte e com variados perfis editoriais, aprovadas através de um edital. As bancas ficarão instaladas no entorno da Biblioteca, na Praça Dom José Gaspar e na Avenida São Luís, que terá uma das faixas reservadas para o evento. Neste ano, a Praça também contará com uma rede de comerciantes de alimentos e bebidas, selecionadas por meio de um chamamento público.
Nesta terceira edição, o festival se constrói em torno da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, que completa 85 anos em 2023 e dá a toada geral da programação. Idealizada e organizada em 1938 pelo então chefe do Departamento de Cultura da cidade, a Missão percorreu as regiões nordeste e norte do Brasil com uma equipe especializada, a fim de registrar as manifestações culturais e folclóricas do país.
A abertura, na sexta-feira, começa com a lavagem da escadaria da Biblioteca como parte de um ritual de celebração realizado pelo Afoxé Omodé Obá Mãe Liliande. Na sequência, o grupo lidera um cortejo da Biblioteca Mário de Andrade até a Praça das Artes, onde acontece a mesa “Reescrevendo o Brasil: A Missão 85 anos depois”, com o escritor carioca Geovani Martins, a romancista Ana Maria Gonçalves e o autor, xamã e líder Yanomami Davi Kopenawa.
Missão Pesquisas Folclóricas
Mantido pelo Centro Cultural São Paulo, o acervo da missão reúne instrumentos musicais, objetos de culto, gravações musicais, filmes, entre outros. Ao longo do Festival, pela primeira vez fora do CCSP, uma parte significativa desse material será exposta ao público nas exposições “As Missões do Mário de Andrade: identidades, encantos e desencantos” e “Mário de Andrade e a estética fotográfica modernista”, que ficarão em cartaz na própria Biblioteca. Além disso, fotos desses itens estarão espalhadas ao longo da rua Xavier de Toledo, ao lado da instituição.
“Patrimônio inestimável da cidade de São Paulo, o acervo da Missão é pouquíssimo conhecido pelo grande público. Ao colocá-lo no centro do Festival, a Biblioteca joga luz sobre esse material que continua sendo fundamental para pensar a cultura brasileira em toda a sua diversidade e complexidade. Vale destacar que esses registros também alimentam debates contemporâneos importantes, sobre temas como representatividade e narrativas artísticas dominantes”, afirma o diretor da Jurandy Valença, à frente da instituição desde 2021.
Em diálogo com esse acervo, o CCSP hospeda, como parte do Festival, a exposição “Matrizes afro-brasileiras: Quilombos e Sincretismos”, do fotógrafo italiano radicado no Brasil Lamberto Scipioni, cuja trajetória possui paralelos com a de Mário de Andrade. As fotos têm origem nas diversas viagens que o artista Brasil fez pelo país no final dos anos 1980, inclusive em lugares já visitados pela Missão cinquenta anos antes, registrando os remanescentes de quilombos e instituições religiosas afro-brasileiras, além de manifestações populares diversas;
Programação e Curadoria
Outra novidade desta edição é a atuação de uma equipe curatorial convidada, garantindo pluralidade e relevância nas atividades do evento. Além do diretor da Biblioteca e da equipe de Ação Cultural, participaram do desenho da programação o escritor indígena Daniel Munduruku, a jornalista especializada em moda Erika Palomino, a pesquisadora de moda Hanayrá Negreiros, a poeta e tradutora Lubi Prates e o artista visual e babalorixá Moisés Patrício.
São apoiadores da iniciativa o Centro Cultural São Paulo, o SESC 24 de Maio, o Museu da Língua Portuguesa, a CAIXA Cultural, o Centro Cultural Banco do Brasil, a Praça das Artes e a Fundação Theatro Municipal. As instituições culturais também participam do Festival desenvolvendo atividades paralelas em seus espaços, em diálogo com a programação central promovida pela Biblioteca Mário de Andrade.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
Informamos que não é necessário se inscrever para as atrações, que estão sujeitas à lotação dos espaços.
A Sala do Conservatório e o Espaço de Convivência, localizados na Praça das Artes, têm capacidade máxima de 200 pessoas.
Em todos os espetáculos que acontecem na Sala do Conservatório, a retirada de senhas começa com uma hora de antecedêcia
SEXTA-FEIRA, 13/10
Biblioteca Mário de Andrade
Mestre de Cerimônias: Andreas Mendes
13, 14 e 15/10 | dia todo | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório | Libras
A mestre de cerimônias Andreas Mendes é atriz, humorista, contadora de histórias e licenciada em teatro pela Faculdade Paulista de Artes. Atualmente, ensina na Escola de Arte Dramática (ECA-USP) e pesquisa a transidentidade no meio teatral.
Eu Existo – Homenagem ao Sagrado
13, 14 e 15/10 | 09h às 17h | Biblioteca Mário de Andrade – Hemeroteca
Celebrar a arte visual afro-brasileira como uma forma de resistência, de reivindicação de espaço e de construção de narrativas alternativas, estabelecendo diálogo com a pesquisa de Mário de Andrade e utilizando capas de livros de Adbias do Nascimento, Cidinha da Silva, além de figurinos de Mestre Tião.
As missões de Mário de Andrade: identidades, encantos e desencantos
13, 14 e 15/10 | 09h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala Tula Pilar
Esta exposição exibe uma pequena mostra do acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas, pertencente ao Centro Cultural São Paulo.
Idealizada e organizada por Mário de Andrade em 1938, à época diretor do Departamento de Cultura de São Paulo, a Missão percorreu os estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão e Pará para documentar a vida das populações encontradas.
À maneira de uma pesquisa etnográfica, registrou-se as atividades cotidianas, as festas profanas e religiosas, os hábitos, os materiais de usos diversos, enfim, tudo aquilo que revelasse a forma de viver, conviver e o pensar das pessoas
Além de evidenciar a afinidade da Missão com o projeto artístico de Mário e dos modernistas, a exposição ressalta a importância das comunidades negras — de onde vêm a maior parte dos materiais coletados — e indígenas na formação da sociedade brasileira, vítimas históricas de perseguições e apagamentos.
Mário de Andrade e a estética fotográfica modernista
13, 14 e 15/10 | 09h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala de exposições do 3º andar
Esta exposição traz à tona a paixão de Mário de Andrade pela fotografia, mais conhecido por suas contribuições à literatura e à música. Durante suas viagens na década de 1920, Mário explorou a fotografia de maneira ousada e inovadora, revelando um olhar aguçado e uma incessante busca por novas formas de expressão. Influenciado por movimentos vanguardistas europeus, como o futurismo e o construtivismo, ele desafiou as fronteiras da estética fotográfica.
Instalação RORAIMARS, de Gustavo Caboco
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Hall da Consolação
Em janeiro de 2022, o robô Curiosity da Nasa registrou uma área que foi batizada de Roraima, por conta da similaridade do solo com o Monte Roraima, ao norte do Brasil.
Nesta instalação, o artista visual Wapichana Gustavo Caboco relaciona essa coincidência com a cosmologia do seu povo, exibindo uma fotografia impressa em tecido e tecelagem, que combina imagens do monte Roraima e da Lua.
“Para nós, reconhecer o Monte Roraima em Marte, sugere que nosso vô Makunaima e seus irmãos Anikê e Insikiran teriam visitado este território em um outro tempo e, quem sabe, transplantado uma muda da Grande árvore até lá para nos deixar rastros de nossa história”.
Exposição – Povo de Oxóssi e Oxum
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Hall da Consolação
A exposição apresenta obras de artistas contemporâneas espalhados pelos Brasil iniciados no culto ao orixá em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, demonstrando como essas divindades continuam vivas e a influenciar a imaginação criativa de artistas ao redor do mundo.
Os filhos de Oxossi e Oxum são verdadeiros guardiões da natureza e da estética. Suas obras refletem a interação profunda com o meio ambiente e uma apreciação inata pela beleza que os rodeia. Através das cores, formas e texturas, eles capturam a essência da natureza e compartilham sua visão única com o mundo. Ao mesmo tempo, suas obras exalam uma aura de charme e sensualidade, refletindo a influência de Oxum em sua arte.
Artistas: Pakapym, Sheyla Ayo e Shai Andrade
Exposição – Povo de Exu
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Entrada
A exposição apresenta obras de artistas contemporâneas espalhados pelos Brasil iniciados no culto ao orixá em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, demonstrando como essas divindades continuam vivas e a influenciar a imaginação criativa de artistas ao redor do mundo.
Exu é frequentemente descrito como o “Mensageiro dos Orixás” e é conhecido por sua dualidade intrínseca. Ele é tanto o guardião dos limites quanto o transgressor das fronteiras, personificando a ambiguidade e a contradição. Sua energia é poderosa e desafiadora, uma presença essencial na espiritualidade afro-brasileira.
Artista: André Vargas
Exposição – Povo de Ogum
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Hall da Consolação
A exposição apresenta obras de artistas contemporâneas espalhados pelos Brasil iniciados no culto ao orixá em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, demonstrando como essas divindades continuam vivas e a influenciar a imaginação criativa de artistas ao redor do mundo.
Ogum é conhecido como o “Senhor dos Caminhos” e “Orixá do Ferro”. Sua dualidade única o torna tanto um guerreiro destemido quanto um ferreiro habilidoso. Ele representa a coragem, a determinação e a capacidade de superar obstáculos, características que continuam a ressoar na vida e obras dos artistas.
Artistas: Jose Adario e Guilherme Bezerra.
Exposição – Povo de Omolu
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Hall da Consolação
A exposição apresenta obras de artistas contemporâneas espalhados pelos Brasil iniciados no culto ao orixá em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, demonstrando como essas divindades continuam vivas e a influenciar a imaginação criativa de artistas ao redor do mundo.
Omulu, o senhor das doenças e curador das almas, é muitas vezes retratado como um Orixá temido, mas também como aquele que detém o conhecimento das curas. Egungun, por sua vez, representa os ancestrais e a sabedoria que eles trazem. Suas celebrações são marcadas por danças e máscaras elaboradas, que permitem que os vivos se conectem com os espíritos dos que vieram antes deles
Artistas: Antonio Oloxode, Lucas Cordeiro, Luiz Marcelo
Exposição – Povo de Oxalá
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala de Estudos
A exposição apresenta obras de artistas contemporâneas espalhados pelos Brasil iniciados no culto ao orixá em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, demonstrando como essas divindades continuam vivas e a influenciar a imaginação criativa de artistas ao redor do mundo.
Oxalá é o Deus criador, associado à pureza, à paz e à criação. Sua capacidade de mediar conflitos e promover a paz é uma dádiva. A leveza e a sagacidade são assim como são a capacidade de resistir, de cair e levantar e depois dar a volta por cima.
Artistas: Natália Marques, Ana Carolina, Janina Batista
As paredes têm ouvidos
13, 14 e 15/10 | 11h às 22h | Biblioteca Mário de Andrade – Saguão
Na intervenção artística de Bia Junqueira, caixas de som escondidas em diversos pontos da Biblioteca tocam cantigas antigas, depoimentos e pontos de gira, retirados dos fonogramas originais da Missão de Pesquisas Folclóricas ou de gravações feitas por performers especialmente para o projeto.
Saudação a Exu com Ogãs
13/10 | 10h | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório
Nas festas públicas de candomblé os orixás são recepcionados e saudados em uma determinada ordem que deve sempre começar por Exu, senhor dos caminhos e mensageiro entre o aiê (a terra) e o Orum (o céu), e terminar com Oxalá, o criador dos humanos e da terra, esse ritual é chamado de xirê. Em respeito aos orixás, antes da mesa “Religiosidade, Identidade e Repressão: o Afro-Brasileiro na Missão” será realizado um xirê com Pai Toninho de Oxum e Ogã Alexandre Buda.
O Projeto Na Batida do Atorí nasce do sonho do ?l??m????? Alexandre Buda em perpetuar o conhecimento adquirido ao longo de mais de 20 anos de vivência dentro dos terreiros de candomblé. O grupo oferece aulas de atabaque há mais de sete anos e mantém suas portas abertas para todes que procuram aprender e entender mais sobre os toques de terreiro e a ligação entre os toques e as danças dos deuses Orixás.
Religiosidade, identidade e repressão: o afro-brasileiro na Missão
13/10 | 10h | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório
Esta mesa tem mediação do etnomusicólogo Alberto Ikeda (UNIFESP) e, para comentar as contribuições da matriz africana na história cultural e intelectual do Brasil, conta com o pai-de-santo Pai Toninho de Oxum (Ile Asé Omo Ose Igbá Alatan), o antropólogo Dr. Vagner Gonçalves (USP), a Dra. Lígia Fonseca (UNESP), especialista na poesia de Luís da Gama, e a participação do ogã Alexandre Buda, idealizador do projeto “Na Batida do Atorí”.
Workshop: Diaspóricas
13/10 | 11h30 | Biblioteca Mário de Andrade – Sala Silenciosa
Neste workshop do coletivo musical feminino Diaspóricas, interessado na música negra brasileira, as integrantes apresentam as sonoridades e particularidades de seus instrumentos e da voz.
Érika Ribeiro (voz e violão)
Nana Soldera (voz)
Lene Black e Sonia Ray (contrabaixo acústico e voz)
Toré: Grupo Pankararu
13/10 | 13h | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório | Libras
O Toré é um ritual público que será realizado com a presença de dez dançadores do povo Pankararu, vestindo os “roupões” (máscaras rituais) e com pintura corporal apropriada. A dança possui uma coreografia e um canto próprio, chamada de toantes, e é feita em círculo com homens e mulheres, que dançam e cantam com o maracá.
Repatriação e Memória: etnografia, patrimônio e os povos originários na Missão
13/10 | 13h | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório | Libras
Na conversa, Clarice Pankararu, representante titular da etnia Pankararu no Conselho Municipal dos Povos Indígenas do Município de São Paulo, conversa com os pesquisadores Cyril Menta e Flávia Camargo Toni sobre metodologias etnográficas na formação de acervos museológicos e sobre políticas patrimoniais de preservação cultural, com destaque para as ações de repatriação.
Lavagem da escadaria da Biblioteca com Afoxé Omodé Oba e Mãe Lilian
13/10 | 15h | Biblioteca Mário de Andrade – Entrada
Atividade do Afoxé Omodé Obá Mãe Lilian que abre o Festival Mário de Andrade, a Lavagem da Escadaria é uma celebração candomblé na qual as mulheres realizam bênçãos com águas de cheiro e flores, dialogando com lavagens que acontecem na Bahia (Lavagem do Bonfim) e na França (Lavagem de Madeleine).
Projeção Mapeada Mário de Andrade | Coletivo ILLUMEM
13, 14 e 15/10 | 18h às 00h | Biblioteca Mário de Andrade – Hemeroteca
Com o objetivo de atrair e cativar o público, a Projeção Mapeada da Empena com a figura de Mário de Andrade visa direcionar a atenção para o renomado escritor, destacando sua importância. Através dessa projeção, com foco em seu rosto, sua figura ganha destaque, estabelecendo uma conexão visual e emocional com o público, humanizando a imagem do escritor.
Praça das Artes
O Vestir na Missão
13, 14 e 15/10 | 09h às 21h | Praça das Artes – Vão Livre
Se Mário de Andrade e sua equipe fossem hoje visitar os estados registrados há 85 anos, o que eles encontrariam?
Com um olhar voltado às roupas das pessoas retratadas nos registros da Missão de Pesquisas Folclóricas, o recorte aqui é o do vestuário como marcador de individualidades, territórios e funções do trabalho ou da vida cotidiana. As fotos, ampliadas e impressas em voil, tecido de característica semitransparente e fluida, suspensas, são um convite para um diálogo com outros tempos, desde o presente. Em sua simplicidade, as imagens apresentam camadas de culturas, vestimentas, corporeidades e texturas brasileiras em suas mais diversas formas e movimentos. A observação cuidadosa dos personagens abordados conduz a comunidades e manifestações distantes das apressadas modas de hoje. Assim, podemos pensar no vestir daqueles homens, mulheres e crianças como dispositivos de memória, belezas e saberes.
DJ Flávia Durante
13/10 | 16h | Praça das Artes – Vão Livre | Libras
Neste show, a DJ, designer de moda plus-size e pesquisadora de sonoridades Flávia Durante apresenta música brasileira, hits esquecidos e novidades do underground.
Mariofagia
13/10 | 17h30 | Praça das Artes – Vão livre | Libras
Com coreografia concebida por Armando Aurich e Cristiana de Souza, o espetáculo realizado pela Companhia Jovem de São Paulo une a voz de Mário de Andrade a diversos colaboradores contemporâneos, desafiando convenções musicais e mantendo vivo o espírito da Semana de Arte Moderna.
MCs Gabriela Rabelo e Walter Breda
13, 14 e 15/10 | 18h às 21h | Praça das Artes – Vão livre | Libras
Veteranos dos palcos e da televisão, os mestres de cerimônia convidados desse palco são o premiado ator, dublador e produtor Walter Breda, com mais de 60 anos de carreira, e a igualmente premiada atriz, diretora e professora Gabriela Rabelo, doutora pela ECA-USP.
Reescrevendo o Brasil: A Missão 85 anos depois
13/10 | 18h30 | Praça das Artes – Espaço de convivência | Libras | Capacidade máxima: 200 pessoas
Nesta mesa, os convidados Geovani Martins, escritor das favelas do Rio de Janeiro, Ana Maria Gonçalves, ex-publicitária e romancista e Davi Kopenawa, xamã e líder político Yanomami, discutem o aniquilamento de grupos marginalizados e suas histórias na formação do Brasil, com enfoque no papel da literatura nesse processo. A mesa conta com mediação de Heleine Fernandes, poeta e pesquisadora.
Performance da Mãe Marisa de Oyá
13/10 | 20h30 | Praça das Artes – Espaço de convivência
Nesta performance da dirigente do Ilê Asé Oyá Mesan e Ogun e ativista Mãe Maria de Oyá, as criações gastronômicas são testemunho da riqueza cultural do Brasil e da potência das práticas religiosas afrobrasileiras.
Toré: Grupo Pankararu
13/10 | 21h | Praça das Artes – Vão Livre | Libras
O Toré é um ritual público que será realizado com a presença de dez dançadores do povo Pankararu, vestindo os “roupões” (máscaras rituais) e com pintura corporal apropriada. A dança possui uma coreografia e um canto próprio, chamada de toantes, e é feita em círculo com homens e mulheres, que dançam e cantam com o maracá.
Ilú Obá De Min
13/10 | 21h | Praça das Artes – Vão Livre | Libras
Ilú Obá De Min é uma instituição de arte, educação e cultura negra de São Paulo. Um de seus principais projetos é o Bloco Afro Ilú Obá De Min que abre o carnaval de rua de São Paulo há 18 anos. O coletivo de mulheres conta com 400 integrantes com inspiração e o foco voltados à mulher negra e à cultura afro-brasileira. Para além do processo do Carnaval, temos um elenco formado para, ao longo do ano, proporcionar a mesma experiência, tão potente quanto, num formato reduzido.
Praça Dom José Gaspar
Brincadeira de todos os tempos
13, 14 e 15/10 | 10h às 18h | Praça Dom José Gaspar | Audiodescrição
Em “Brincadeira de todos os tempos”, a Cia. TáDito organiza brincadeiras tradicionais brasileiras que apresentam a cultura nacional por meio de suas lendas e tradições populares.
Mestre de cerimônias: Alberto Pereira Jr.
13/10 | 10h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
Alberto Pereira Jr. é artista social, jornalista, diretor e roteirista. Já trabalhou para canais e plataformas como Multishow, Globoplay, Discovery Channel, TV Cultura, MTV, UFC, Fox Life, Trace e RedeTV. É fundador do bloco de Carnaval paulistano “Domingo Ela Não Vai”.
Mestre de cerimônias: Fernanda Honorato
13/10 | 11h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
Fernanda Honorato é repórter no Programa Especial da TV Brasil, onde atua desde 2006, já entrevistou diversas personalidades e hoje é parte de um movimento que
promove a inclusão de pessoas com deficiência. Em 2014, entrou para o RankBrasil ao ser reconhecida como a primeira repórter com síndrome de Down do país.
Choro da Quitanda
13/10 | 10h às 11h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
O Choro da Quitanda é formado por Tahyná Oliveira na flauta, Marcos de Sá no acordeon, Gustavo Araújo no cavaquinho, Caio Cury no bandolim, Luca Frazão no violão e Caio Barbosa no pandeiro. O show marca o lançamento do primeiro disco do grupo, “Agora Foi”, trabalho que tem direção artística de Edmilson Capelupi e foi contemplado com o prêmio do 6º Edital de Apoio à Música do Município de São Paulo.
DJ Evelyn
13/10 | 11h às 12h / 15h às 16h / 19h às 20h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
DJ Evelyn apresenta seu projeto “Balaio Groove”, uma compilação de beats, sonoridades, samples e canções que, passeando por diversos ritmos na música brasileira, homenageiam e exaltam a beleza rítmica e a força dos orixás.
Além de ser DJ há mais de 25 anos, Evelyn Cristina atua como produtora de trilhas para vídeos, espetáculos teatrais e intervenções multimídias. Participou de shows de grandes artistas como Racionais MC’s, Jorge Ben Jor, Skank, Fabiana Cozza, Elza Soares, Luiz Melodia, Paula Lima, Arnaldo Antunes, Olodum, Marcelo D2 Ludmilla, Linn da Quebrada, Tiago Iorc e Vanessa da Mata.
Apresentações poéticas curtas: Preto Téo + Daniela Rezende + Leonardo Castilho + Apeagá
13/10 | 12h às 13h40 | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
Preto Téo, Daniela Rezende, Leonardo Castilho, Apêagá, autores de diferentes estilos e contextos lêem poemas e textos em prosa de sua autoria.
Preto Téo é transmasculino, poeta, macumbeiro e produtor cultural. Compõe a organização do Slam Marginália, batalha de poesia para pessoas trans e de gêneros dissidentes, onde atua como produtor, co-autor do Zine Revidar e slammaster.
Daniela Rezende é escritora e artista educadora. Publicou textos em diversas revistas virtuais e nas zines “Despacho” e “Felisberta”. Atualmente, escreve no portal “Fazia Poesia” e em 2022 publicou pela Editora Urutau seu primeiro livro de poemas, “Uma mulher só não faz verão”, semifinalista do prêmio Oceanos.
Leonardo Castilho é artista, educador e produtor cultural. Desde 2005 trabalha no setor educativo MAM-SP, onde atua como produtor de acessibilidade e assistente do programa Igual Diferente. É idealizador e responsável pela equipe do “Vibração e Sencity”, evento cultural e internacional que reúne em torno de mil pessoas surdas de toda a América do Sul.
Pioneira da cena poetry slam no estado do Ceará, APÊAGÁ é poeta, escritora, produtora cultural literária e criadora de conteúdo para a internet. Compõe a coletiva Slam das Minas SP e é autora do livro “Me faço tempestade para não caber em redemoinho” (2021).
Apresentação poética curta: Geovani Martins
13/10 | 13h40 às 14h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
Geovani Martins, um dos mais importantes escritores de sua geração, lê e comenta trechos de seu mais novo romance, “Via Apia”, lançado pela Cia das Letras em 2022.
Jazz Riddim
13/10 | 14h | Palco Praça Dom José Gaspar
Jazz Riddim é formado por Eduardo Jazedje na guitarra, Tomaz “Tootz” Freitas nos teclados, Eduardo Marmo no contrabaixo e Felipe Guedes na bateria. O grupo une o improviso espontâneo do jazz a temas e gêneros jamaicanos que vão do mento ao dub, e do ska ao nyabinghi.
Cheganças
13/10 | 15h30 | Saída da Praça Dom José Gaspar
Cheganças é uma intervenção artística feita por artistas da cultura popular que cantam folias de reis, congadas, cirandas e outros ritmos do cancioneiro caipira. Os artistas fazem parte de grupos de cultura popular e, nesta formação, apresentam um auto caipira inspirado nas violas e batuques.
AÍLA
13/10 | 16h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
A cantora AÍLA, uma das principais vozes do pop amazônico, sobe ao palco ao lado de Arthur Kunz (bateria), Allen Alencar (guitarra e voz) e João Paulo Deogracias (baixo e voz) para um show polirrítmico inspirado no novo álbum da cantora, “Sentimental”.
Mário pelas ruas
13, 14 e 15/10 | 17h às 23h | Praça Dom José Gaspar
Uma carroça elétrica com um projetor, uma caixa de som e ricamente decorada com elementos simbólicos da cultura popular percorre as ruas do centro enquanto projeta imagens da Missão de pesquisas folclóricas de Mário de Andrade. Performers acompanham a carroça e interagem tanto com as imagens projetadas quanto com o público.
Potyguara Bardo
13/10 | 18h às 19h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
Potyguara Bardo apresenta o show do seu aclamado disco “Simulacre” (2018), com músicas como “Karamba” e “Oasis”. A artista também apresenta os singles “Curupira” e “Volte Sempre”.
Na turnê do disco, Potyguara participou de eventos de grande porte, como MADA, BR 135, Morrodália, Rock the Mountain, Psica, Virada Cultural, Multishow Experimente e SIM São Paulo.
VHS Brasil
13/10 | 20h | Palco da Praça Dom José Gaspar
A festa VHS, um dos principais selos pop e LGBTQIA+ de SP, apresenta DJs, drag queens e bailarinos, será uma grande celebração da cena musical pop brasileira, com destaque para o trabalho de artistas queer.
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Matrizes afro-brasileiras
13*, 14 e 15/10 | 10h às 21h *a partir das 14 | Centro Cultural São Paulo
Como parte do Festival, o CCSP hospeda a exposição “Matrizes afro-brasileiras: Quilombos e Sincretismos”, do fotógrafo italiano radicado no Brasil Lamberto Scipioni, cuja trajetória possui paralelos com a de Mário de Andrade. As fotos têm origem nas diversas viagens que o artista Brasil fez pelo país no final dos anos 1980, inclusive em lugares já visitados pela Missão cinquenta anos antes, registrando os remanescentes de quilombos e instituições religiosas afro-brasileiras, além de manifestações populares diversas.
SÁBADO, 14/10
Biblioteca Mário de Andrade
Mestre de Cerimônias: Andreas Mendes
13, 14 e 15/10 | dia todo | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório | Libras
A mestre de cerimônias Andreas Mendes é atriz, humorista, contadora de histórias e licenciada em teatro pela Faculdade Paulista de Artes. Atualmente, ensina na Escola de Arte Dramática (ECA-USP) e pesquisa a transidentidade no meio teatral.
Eu Existo – Homenagem ao Sagrado
13, 14 e 15/10 | 09h às 17h | Biblioteca Mário de Andrade – Hemeroteca
Celebrar a arte visual afro-brasileira como uma forma de resistência, de reivindicação de espaço e de construção de narrativas alternativas, estabelecendo diálogo com a pesquisa de Mário de Andrade e utilizando capas de livros de Adbias do Nascimento, Cidinha da Silva, além de figurinos de Mestre Tião.
As missões de Mário de Andrade: identidades, encantos e desencantos
13, 14 e 15/10 | 09h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala Tula Pilar
Esta exposição exibe uma pequena mostra do acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas, pertencente ao Centro Cultural São Paulo.
Idealizada e organizada por Mário de Andrade em 1938, à época diretor do Departamento de Cultura de São Paulo, a Missão percorreu os estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão e Pará para documentar a vida das populações encontradas.
À maneira de uma pesquisa etnográfica, registrou-se as atividades cotidianas, as festas profanas e religiosas, os hábitos, os materiais de usos diversos, enfim, tudo aquilo que revelasse a forma de viver, conviver e o pensar das pessoas
Além de evidenciar a afinidade da Missão com o projeto artístico de Mário e dos modernistas, a exposição ressalta a importância das comunidades negras — de onde vêm a maior parte dos materiais coletados — e indígenas na formação da sociedade brasileira, vítimas históricas de perseguições e apagamentos.
Mário de Andrade e a estética fotográfica modernista
13, 14 e 15/10 | 09h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala de exposições do 3º andar
Esta exposição traz à tona a paixão de Mário de Andrade pela fotografia, mais conhecido por suas contribuições à literatura e à música. Durante suas viagens na década de 1920, Mário explorou a fotografia de maneira ousada e inovadora, revelando um olhar aguçado e uma incessante busca por novas formas de expressão. Influenciado por movimentos vanguardistas europeus, como o futurismo e o construtivismo, ele desafiou as fronteiras da estética fotográfica.
Instalação RORAIMARS, de Gustavo Caboco
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Hall da Consolação
Em janeiro de 2022, o robô Curiosity da Nasa registrou uma área que foi batizada de Roraima, por conta da similaridade do solo com o Monte Roraima, ao norte do Brasil.
Nesta instalação, o artista visual Wapichana Gustavo Caboco relaciona essa coincidência com a cosmologia do seu povo, exibindo uma fotografia impressa em tecido e tecelagem, que combina imagens do monte Roraima e da Lua.
“Para nós, reconhecer o Monte Roraima em Marte, sugere que nosso vô Makunaima e seus irmãos Anikê e Insikiran teriam visitado este território em um outro tempo e, quem sabe, transplantado uma muda da Grande árvore até lá para nos deixar rastros de nossa história”.
Exposição – Povo de Oxóssi e Oxum
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Hall da Consolação
A exposição apresenta obras de artistas contemporâneas espalhados pelos Brasil iniciados no culto ao orixá em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, demonstrando como essas divindades continuam vivas e a influenciar a imaginação criativa de artistas ao redor do mundo.
Os filhos de Oxossi e Oxum são verdadeiros guardiões da natureza e da estética. Suas obras refletem a interação profunda com o meio ambiente e uma apreciação inata pela beleza que os rodeia. Através das cores, formas e texturas, eles capturam a essência da natureza e compartilham sua visão única com o mundo. Ao mesmo tempo, suas obras exalam uma aura de charme e sensualidade, refletindo a influência de Oxum em sua arte.
Artistas: Pakapym, Sheyla Ayo e Shai Andrade
Exposição – Povo de Exu
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Entrada
A exposição apresenta obras de artistas contemporâneas espalhados pelos Brasil iniciados no culto ao orixá em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, demonstrando como essas divindades continuam vivas e a influenciar a imaginação criativa de artistas ao redor do mundo.
Exu é frequentemente descrito como o “Mensageiro dos Orixás” e é conhecido por sua dualidade intrínseca. Ele é tanto o guardião dos limites quanto o transgressor das fronteiras, personificando a ambiguidade e a contradição. Sua energia é poderosa e desafiadora, uma presença essencial na espiritualidade afro-brasileira.
Artista: André Vargas
Exposição – Povo de Ogum
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Hall da Consolação
A exposição apresenta obras de artistas contemporâneas espalhados pelos Brasil iniciados no culto ao orixá em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, demonstrando como essas divindades continuam vivas e a influenciar a imaginação criativa de artistas ao redor do mundo.
Ogum é conhecido como o “Senhor dos Caminhos” e “Orixá do Ferro”. Sua dualidade única o torna tanto um guerreiro destemido quanto um ferreiro habilidoso. Ele representa a coragem, a determinação e a capacidade de superar obstáculos, características que continuam a ressoar na vida e obras dos artistas.
Artistas: Jose Adario e Guilherme Bezerra.
Exposição – Povo de Omolu
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Hall da Consolação
A exposição apresenta obras de artistas contemporâneas espalhados pelos Brasil iniciados no culto ao orixá em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, demonstrando como essas divindades continuam vivas e a influenciar a imaginação criativa de artistas ao redor do mundo.
Omulu, o senhor das doenças e curador das almas, é muitas vezes retratado como um Orixá temido, mas também como aquele que detém o conhecimento das curas. Egungun, por sua vez, representa os ancestrais e a sabedoria que eles trazem. Suas celebrações são marcadas por danças e máscaras elaboradas, que permitem que os vivos se conectem com os espíritos dos que vieram antes deles
Artistas: Antonio Oloxode, Lucas Cordeiro, Luiz Marcelo
Exposição – Povo de Oxalá
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala de Estudos
A exposição apresenta obras de artistas contemporâneas espalhados pelos Brasil iniciados no culto ao orixá em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, demonstrando como essas divindades continuam vivas e a influenciar a imaginação criativa de artistas ao redor do mundo.
Oxalá é o Deus criador, associado à pureza, à paz e à criação. Sua capacidade de mediar conflitos e promover a paz é uma dádiva. A leveza e a sagacidade são assim como são a capacidade de resistir, de cair e levantar e depois dar a volta por cima.
Artistas: Natália Marques, Ana Carolina, Janina Batista
As paredes têm ouvidos
13, 14 e 15/10 | 11h às 22h | Biblioteca Mário de Andrade – Saguão
Na intervenção artística de Bia Junqueira, caixas de som escondidas em diversos pontos da Biblioteca tocam cantigas antigas, depoimentos e pontos de gira, retirados dos fonogramas originais da Missão de Pesquisas Folclóricas ou de gravações feitas por performers especialmente para o projeto.
Expressões Sagradas da Criatividade Afro-Brasileira: Performance de Luiz Marcelo
14/10 | 11h | Biblioteca Mário de Andrade – Hall da Consolação
A performance do artista visual baiano Luiz Marcelo “EBÓ E REVOLTA” é uma ação ritual de ativação do espaço, inspirada na ancestralidade afro-brasileira. Com o corpo coberto de óleo de dendê e vestindo uma calça de ração e uma máscara de couro de bode e palha, o performer segura uma flecha enquanto macera com os pés uma bandeira imersa numa bacia de ágata.
Sorriso de Ana
14/10 | 11h | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório | Libras
Na peça “Sorriso de Ana”, inspirada na obra de Christin Röhrig, a aprendiz de cozinheira Ana se lança numa aventura com princípes, deuses e figuras mitológicos, para reparar uma confusão gastronômica que enfureceu a rainha. Após o espetáculo, a autora Christine Röhrig, o diretor e o elenco promovem uma contação de histórias para os pequenos, dando voz ao conto “O pescador e sua mulher”, dos irmãos Grimm.
Visita guiada: As missões de Mário de Andrade: identidades, encantos e desencantos
14 e 15/10 | 11h e 14h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala Tula Pilar | Audiodescrição e Libras
Rafael Costa realiza uma visita guiada com o público pela exposição “As missões de Mário de Andrade: identidades, encantos e desencantos”. Esta exposição exibe uma pequena mostra do acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas, pertencente ao Centro Cultural São Paulo.
À maneira de uma pesquisa etnográfica, registrou-se as atividades cotidianas, as festas profanas e religiosas, os hábitos, os materiais de usos diversos, enfim, tudo aquilo que revelasse a forma de viver, conviver e o pensar das pessoas
Além de evidenciar a afinidade da Missão com o projeto artístico de Mário e dos modernistas, a exposição ressalta a importância das comunidades negras — de onde vêm a maior parte dos materiais coletados — e indígenas na formação da sociedade brasileira, vítimas históricas de perseguições e apagamentos.
Caça ao Tesouro: da África para o Brasil
14/10 | 12h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala Infantil
Idealizado pela Cia. Caruru, a atividade “Caça ao tesouro: da África para o Brasil” faz as crianças vasculharem os espaços da Biblioteca em busca dos tesouros das culturas africanas.
Histórias para contar e desenhar
14/10 | 13h às 17h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala Infantil
Nesta atividade infantil que busca despertar a paixão pela leitura e instigar a criatividade, a atriz e ilustradora Carol Carreiro e a atriz e bailarina Débora Veneziani contam histórias inspiradas nos contos populares brasileiros. Na sequência, as crianças desenham suas próprias versões das narrativas.
Artistas de Terreiro: Sheyla Ayo
14/10 | 14h | Biblioteca Mário de Andrade – Jardim da Entrada
Nesta atividade que coloca o corpo negro como agente do espaço público, Sheila Ayo passeia e dança entre os transeuntes, levando uma peneira com frutas e flores, enquanto um “tocador” de atabaques marca os seus passos.
Literatura de autoria negra brasileira: o percurso dos Cadernos Negros
14/10 | 14h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala Silenciosa | Libras
Os escritores Esmeralda Ribeiro, Marcio Barbosa e Miriam Alves, expressivos autores da literatura de autoria negra do país, falam sobre a série Cadernos Negros, importante publicação iniciada em 1978 que chega ao 45º número em 2023. Organizada pelo coletivo Quilombhoje e arregimentando autores de diferentes gerações e regiões, a publicação não só dinamizou a produção literária afrobrasileira, como foi também fundamental para divulgar a produção literária das periferias. A mediação é de Marina Candido.
Escrever para crianças hoje: novas visões, novas perspectivas
14/10 | 14h | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório | Libras
A literatura infantil não é apenas um elemento importante em processos educacionais ou de formação. É Literatura, ou seja, arte, gozando portanto do direito de não servir especificamente a nenhum propósito. Esta mesa reúne os escritores de livros para crianças Otávio Junior, Heloisa Pires Lima e Elisa Lucinda para conversar, com mediação de Daniel Munduruku, sobre o que significa produzir essa arte na contemporaneidade, abordando temas como a competição e o diálogo do livro com suportes e linguagens digitais, a desconstrução das narrativas e estereótipos dos contos de fadas, a maior presença de histórias ligadas às culturas africanas e indígenas.
Manual de Autopoética
14/10 | 15h às 18h | Biblioteca Mário de Andrade – Hemeroteca | Libras
Nesta oficina de escrita, o poeta Marcelo Ariel vai trabalhar exercícios de criatividade por meio temas, elementos e provocações presentes na obra de Roberto Piva, como: a cidade como transe; memória e sonho como estados fusionais; a escrita deambulatória; o fluxo pulsional do jazz como gramática; a escrita nomádica, entre outros.
N O C O N F E S S I O N Á R I O: pecado é pedra preciosa do poema
14/10 | 15h30 | Biblioteca Mário de Andrade – Sala Silenciosa
Na performance da poeta e professora da UFPA Giselle Ribeiro, os passantes entram num confessionário para escrever, de maneira anônima, um pecado cometido ou desejado. Os textos serão recolhidos e depois transformados em poemas pela artista. Nos intervalos das “confissões”, Ribeiro entra no confessionário para ler poemas do seu livro “__ABCdário erótico” , reiterando assim que os desejos eróticos não devem ser culpabilizados.
Tacacá com Tucupi: Literatura e Comida
14/10 | 15h45 | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório | Libras
Combinando literatura e gastronomia, convidamos Helena Rizzo, já eleita melhor chef do mundo pela revista britânica Restaurant, Arnaldo Lorençato, crítico gastronômico da Veja e doutor em Literatura, Néli Pereira, mixóloga e mestre em Estudos Culturais Latino-Americanos, e Patty Durães, pesquisadora especializada em comida afrodiaspórica, para discutir a interação entre essas duas áreas na formação da identidade brasileira, assim como fez Mário de Andrade em seu artigo de mesmo nome.
“O Cabelo da Cirandeira é Ouro Puro” (Show Inédito)
14/10 | 16h | Biblioteca Mário de Andrade – Terraço
Neste show comandado por Mestra Penha, a artista começa apresentando a arte do aboio, canto sem palavras típico do sertão nordestino, entoado por homens e mulheres vaqueiras. Na sequência entra Mestre Jurandir Gaiteiro, da tradição Guanabara, para interpretar toques de gaita e ritmos das “tribos indígenas carnavalescas”, grupos tradicionais do carnaval de João Pessoa. Por fim, agora com a presença de Zé Silva, os artistas mergulham na cultura dos cocos de roda e das cirandas da Paraíba, enquanto Penha vai contando sua história e ensinando os passos da dança característica do ritmo.
Palavras de sarapantar: Leituras de Poemas Eróticos
14/10 | 16h30 | Biblioteca Mário de Andrade – Sala Silenciosa | Libras
O verbo “sarapantar”, junto de sua forma derivada adjetiva “sarapantado”, é frequentemente utilizado por Mário de Andrade em seus livros, significa “causar ou sentir perturbação, confusão, atordoamento, espanto”. Na série de atividades “Palavras de sarapantar”, essas sensações serão causadas pelas palavras, pelos versos e pelos poemas eróticos declamados pelos escritores. O sexo, um dos grandes temas da obra de Mário, é, nesta leitura, a força motriz das obras apresentadas por Isabella Martino, Luz Ribeiro, Matheus Guménin Barreto, Miriam Alves e Sofia Vieira.
O vestir modernista
14/10 | 17h30 | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório | Libras
Nesta mesa a escritora, professora e figurinista Carolina Casarin fala sobre o “vestir modernista”, explorando o vestuário do casal Tarsiwald — apelido cunhado por Mário de Andrade para Tarsila do Amaral e Oswald de Andrade —, que se apropriou da moda para traduzir, em sua aparência, a irreverência, a elegância e as ambiguidades do nosso país. Casarin apresentará também sua pesquisa atual, que se debruça sobre as roupas que Mário de Andrade usou nas viagens narradas em “O Turista Aprendiz”, livro póstumo do autor, lançado em 1976. A mediação é da jornalista e produtora de conteúdo Claudia Lima.
AfroDubVersivo
14/10 | 18h | Biblioteca Mário de Andrade – Terraço
“AfroDubVersivo” é uma performance poético-musical de Nelson Maca centrada na fala ritmada e no canto falado. Por meio de seus poemas, o artista explora elementos da negritude diaspórica, partindo da expressividade da voz e do corpo.
Projeção comentada de desfiles de Isa Isaac
14/10 | 19h15 | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório | Libras
Nesta conversa mediada pela pesquisadora de moda e curadora Carolina Lauriano, a estilista baiana Isa Isaac Silva fala sobre sua trajetória e sua vivência no mundo do design e da moda. Nascida em Barreiras, no interior da Bahia, Isa traz em seu trabalho e em seus desfiles forte inspiração das visões e vivências afro e indígena. A convidada comenta também o desenvolvimento da arte da camiseta do III Festival Mário de Andrade, feita por Isa, que traz o lema da produção da estilista: “Acredite no seu axé”.
Projeção Mapeada Mário de Andrade | Coletivo ILLUMEM
13, 14 e 15/10 | 18h às 00h | Biblioteca Mário de Andrade – Hemeroteca
Com o objetivo de atrair e cativar o público, a Projeção Mapeada da Empena com a figura de Mário de Andrade visa direcionar a atenção para o renomado escritor, destacando sua importância. Através dessa projeção, com foco em seu rosto, sua figura ganha destaque, estabelecendo uma conexão visual e emocional com o público, humanizando a imagem do escritor.
Praça das Artes
O Vestir na Missão
13, 14 e 15/10 | 09h às 21h | Praça das Artes – Vão Livre
Se Mário de Andrade e sua equipe fossem hoje visitar os estados registrados há 85 anos, o que eles encontrariam?
Com um olhar voltado às roupas das pessoas retratadas nos registros da Missão de Pesquisas Folclóricas, o recorte aqui é o do vestuário como marcador de individualidades, territórios e funções do trabalho ou da vida cotidiana. As fotos, ampliadas e impressas em voil, tecido de característica semitransparente e fluida, suspensas, são um convite para um diálogo com outros tempos, desde o presente. Em sua simplicidade, as imagens apresentam camadas de culturas, vestimentas, corporeidades e texturas brasileiras em suas mais diversas formas e movimentos. A observação cuidadosa dos personagens abordados conduz a comunidades e manifestações distantes das apressadas modas de hoje. Assim, podemos pensar no vestir daqueles homens, mulheres e crianças como dispositivos de memória, belezas e saberes.
Em família: conversas sobre literatura
14/10 | 14h | Praça das Artes – Sala de Convivência | Libras
Nesta bate-papo, o casal de escritores e curadores Eduardo Sterzi e Veronica Stigger, que acaba de lançar um livro escrito por ela e ilustrado por ele – “O livro dos sonhos: exercícios de onirocrítica” -, fala sobre a linguagem que os une na vida privada, no trabalho, no ambiente acadêmico e no fazer artístico.?
O negro visto por ele mesmo
14/10 | 15h45 | Praça das Artes – Sala de Convivência | Libras
“O Negro visto por ele mesmo” é uma recém-lançada coletânea de textos da intelectual e ativista negra Beatriz Nascimento, na qual a autora fala da experiência íntima das pessoas negras na universidade e na cena cultural brasileira, assim como das suas representações midiáticas e historiográficas em uma sociedade racista. Reunindo figuras da academia e da cultura, essa mesa convida o professor da UFG e organizador da obra Alex Ratts, a pesquisadora e produtora de conteúdo Maria Carol Casati e o compositor Zé Manoel para falar sobre ferramentas de existência nesse contexto opressor e sobre o trabalho de estabelecimento da própria imagem e reivindicação do próprio imaginário.
Letrux + Jadsa
14/10 | 16h | Praça das Artes – Sala do Conservatório | Libras | Capacidade máxima: 200 pessoas | Senhas a partir das 15h
Neste show, Letrux, figura proeminente da música independente nacional, e Jadsa, revelação da música brasileira contemporânea, apresentam um show pensado especialmente para o festival Mário de Andrade.
Quem carrega o futuro? Sobre o trabalho invisível das mães
14/10 | 17h30 | Praça das Artes – Sala de Convivência | Libras
É provável que a maioria das mães amem seus filhos, mas muito do que se chama de amor, segundo a filósofa, professora bruxa italiana Silvia Federici, é, na verdade, trabalho não pago. Às mães ainda está reservado o papel compulsório de cuidar das vidas mais vulneráveis, para que estas cresçam fortes e tornem-se trabalhadores saudáveis, que possam vender toda a sua força de trabalho para o capitalismo continuar a girar. Jocarla Nasceu, mãe artista, Vera Iaconelli, mãe psicanalista e escritora, e Alexya Salvador, uma mãe reverenda e professora se juntam, nesta mesa, para conversar sobre como conciliam seu papel compulsório de carregadoras do futuro com suas aspirações profissionais e pessoais. A mediação é por conta de Daniela Arrais.
MCs Gabriela Rabelo e Walter Breda
13, 14 e 15/10 | 18h às 21h | Praça das Artes – Vão livre | Libras
Veteranos dos palcos e da televisão, os mestres de cerimônia convidados desse palco são o premiado ator, dublador e produtor Walter Breda, com mais de 60 anos de carreira, e a igualmente premiada atriz, diretora e professora Gabriela Rabelo, doutora pela ECA-USP.
Tiganá Santana
14/10 | 18h30 | Praça das Artes – Sala do Conservatório | Libras| Capacidade máxima: 200 pessoas | Senhas a partir das 17h30
O músico Tiganá Santana, eleito um dos dez músicos fundamentais da música atual brasileira pela conceituada revista inglesa Songlines, faz um show com músicas de sua carreira acompanhado pelos músicos Leo Menes e Jefferson Cauê.
Metá Metá convida Jards Macalé
14/10 | 20h30 | Praça das Artes – Vão Livre | Libras
Formado por Juçara Marçal, Kiko Dinucci e Thiago França, o Metá Metá é tido como uma das bandas mais expressivas da atual música brasileira, colhendo críticas elogiosas em veículos nacionais e mesmo internacionais, como The Guardian, The Wire e The Independent.
O conjunto é conhecido por propor uma maneira única de cantar e tocar instrumentos, com ênfase em arranjos polifônicos e acentuadamente rítmicos.
Neste show, o grupo convida ninguém menos que Jards Macalé para uma apresentação especialíssima, que passa por composições históricas desse ícone da nossa canção popular.
Praça Dom José Gaspar
Brincadeira de todos os tempos
13, 14 e 15/10 | 10h às 18h | Praça Dom José Gaspar
Em “Brincadeira de todos os tempos”, a Cia. TáDito organiza brincadeiras tradicionais brasileiras que apresentam a cultura nacional por meio de suas lendas e tradições populares.
Diaspóricas
14/10 | 10h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
Diaspóricas – O Show é fruto da websérie documental sobre a música preta brasileira feita pelas mãos, pelas bocas, pelos ouvidos e pelo sentir de mulheres cerradeiras, amefricanas, sonoras, pretas e centrais. As musicistas Lene Black, Sonia Ray, Érika Ribeiro e Nina Soldera desenvolvem carreiras individuais e mantêm o trabalho de produzir música preta juntas. O programa traz repertório como referência ancestralidade, cultura e artes intercruzadas pelas histórias das artistas.
Mestre de cerimônias: Alberto Pereira Jr.
14/10 | 10h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
Alberto Pereira Jr. é artista social, jornalista, diretor e roteirista. Já trabalhou para canais e plataformas como Multishow, Globoplay, Discovery Channel, TV Cultura, MTV, UFC, Fox Life, Trace e RedeTV. É fundador do bloco de Carnaval paulistano “Domingo Ela Não Vai”.
DJ Odara
14/10 | 10h e 15h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
Filha de mãe angolana e pai carioca, a DJ brasiliense apresenta uma música de inspiração tripla, misturando elementos africanos, brasileiros e latinos para formar diversos ritmos que unem o clássico e obscuro à modernidade.
Mestre de cerimônias: Fernanda Honorato
14/10 | 11h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
Fernanda Honorato é repórter no Programa Especial da TV Brasil, onde atua desde 2006, já entrevistou diversas personalidades e hoje é parte de um movimento que
promove a inclusão de pessoas com deficiência. Em 2014, entrou para o RankBrasil ao ser reconhecida como a primeira repórter com síndrome de Down do país.
Grupo na Aba de Jorge
14/10 | 12h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
O Grupo Na Aba de Jorge interpreta gêneros da música brasileira como samba de raiz, samba rock, MPB e forró, além de músicas autorais. Atualmente, o grupo é composto por Maurício Lyra, Rinaldo Possebon, Edson Vicente, Edgar Muniz e Leandro Moço.
Samba de Dandara
14/10 | 14h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
Samba de Dandara, formado por é Maíra da Rosa (voz), Laís Oliveira (cavaco e coro), Amanda Lima (violão 6 cordas e coro), Mariana Rhormens (flauta transversal e percussão), Ana Lia Alves (percussão), Tati Salomão (percussão) e Kamilla Alcântara (percussão), é um espetáculo de empoderamento e exaltação às mulheres sambistas, às grandes compositoras, às grandes intérpretes e às guerreiras do samba. A concepção de Samba de Dandara carrega o peso e a inspiração de Dandara, mulher negra, guerreira e referência histórica na luta contra a escravização.
Alzira E
14/10 | 16h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
Alzira E apresenta “A inspiração vem de onde”, show intimista de voz e violão no qual a artista permeia os quase 45 anos de trabalho como compositora e intérprete, mostrando suas afinidades musicais em parcerias com grandes poetas e compositores, além de influências das raízes pantaneiras e experimentações.
Alzira E é compositora, instrumentista e intérprete. Suas composições envolvem parceiros notáveis como Itamar Assumpção, Alice Ruiz, Iara Rennó, Lucina e Tiganá Santana. Suas músicas foram gravadas por artistas como Ney Matogrosso, Zélia Duncan, Fabiana Cozza, Maria Alcina, Simone, Duda Brack, Trupe Chá de Boldo e Os Amanticidas.
Mário pelas ruas
13, 14 e 15/10 | 17h às 23h | Praça Dom José Gaspar
Uma carroça elétrica com um projetor, uma caixa de som e ricamente decorada com elementos simbólicos da cultura popular percorre as ruas do centro enquanto projeta imagens da Missão de pesquisas folclóricas de Mário de Andrade. Performers acompanham a carroça e interagem tanto com as imagens projetadas quanto com o público.
Lazzo Matumbi
14/10 | 18h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
Lazzo Matumbi apresenta seu novo trabalho, o álbum “Ajó”, com canções autorais já consagradas, novas composições e releituras de grandes artistas, como Vinícius de Moraes, Toquinho e Caetano Velloso. O álbum marca os 40 anos da carreira do cantor e compositor Lazzo Matumbi e contou com as participações de Luedji Luna, Larissa Luz e BNegão.
Lazzo Matumbi, considerado um dos criadores do samba-reggae, é um cantor, compositor e ativista brasileiro. É um dos expoentes da música negra baiana e reconhecido como uma das vozes mais marcantes da música baiana.
Je treme Mon Amour (festa)
14/10 | 19h | Palco da Praça Dom José Gaspar
Je Treme Mon Amour é uma festa comandada pelos DJs Tide e Madruga. Com mais de 9 anos de existência, a Je Treme já passou por Fortaleza, Brasília, Goiânia, Belém, Alter do Chão, Rio de Janeiro e Recife. Considerada uma das melhores festas de SP pelo jornal Folha de São Paulo nos anos de 2017 e 2018, é uma das principais referências na disseminação da cultura brega tropical na cidade de São Paulo. Já passaram pelo palco da Je TREME artistas como Jaloo, Dona Onete, Pinduca, Mc Tha, Academia da Berlinda, Gaby Amarantos, Gang do Eletro, Luisa e os Alquimistas, Furmiga Dub, Omulu, Lucas Estrela e Banda Carrapicho.
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Matrizes afro-brasileiras
13*, 14 e 15/10 | 10h às 21h *a partir das 14 | Centro Cultural São Paulo
Como parte do Festival, o CCSP hospeda a exposição “Matrizes afro-brasileiras: Quilombos e Sincretismos”, do fotógrafo italiano radicado no Brasil Lamberto Scipioni, cuja trajetória possui paralelos com a de Mário de Andrade. As fotos têm origem nas diversas viagens que o artista Brasil fez pelo país no final dos anos 1980, inclusive em lugares já visitados pela Missão cinquenta anos antes, registrando os remanescentes de quilombos e instituições religiosas afro-brasileiras, além de manifestações populares diversas.
DOMINGO, 15/10
Biblioteca Mário de Andrade
Mestre de Cerimônias: Andreas Mendes
13, 14 e 15/10 | dia todo | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório | Libras
A mestre de cerimônias Andreas Mendes é atriz, humorista, contadora de histórias e licenciada em teatro pela Faculdade Paulista de Artes. Atualmente, ensina na Escola de Arte Dramática (ECA-USP) e pesquisa a transidentidade no meio teatral.
Eu Existo – Homenagem ao Sagrado
13, 14 e 15/10 | 09h às 17h | Biblioteca Mário de Andrade – Hemeroteca
Celebrar a arte visual afro-brasileira como uma forma de resistência, de reivindicação de espaço e de construção de narrativas alternativas, estabelecendo diálogo com a pesquisa de Mário de Andrade e utilizando capas de livros de Adbias do Nascimento, Cidinha da Silva, além de figurinos de Mestre Tião.
As missões de Mário de Andrade: identidades, encantos e desencantos
13, 14 e 15/10 | 09h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala Tula Pilar
Esta exposição exibe uma pequena mostra do acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas, pertencente ao Centro Cultural São Paulo.
Idealizada e organizada por Mário de Andrade em 1938, à época diretor do Departamento de Cultura de São Paulo, a Missão percorreu os estados de Pernambuco, Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão e Pará para documentar a vida das populações encontradas.
À maneira de uma pesquisa etnográfica, registrou-se as atividades cotidianas, as festas profanas e religiosas, os hábitos, os materiais de usos diversos, enfim, tudo aquilo que revelasse a forma de viver, conviver e o pensar das pessoas
Além de evidenciar a afinidade da Missão com o projeto artístico de Mário e dos modernistas, a exposição ressalta a importância das comunidades negras — de onde vêm a maior parte dos materiais coletados — e indígenas na formação da sociedade brasileira, vítimas históricas de perseguições e apagamentos.
Mário de Andrade e a estética fotográfica modernista
13, 14 e 15/10 | 09h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala de exposições do 3º andar
Esta exposição traz à tona a paixão de Mário de Andrade pela fotografia, mais conhecido por suas contribuições à literatura e à música. Durante suas viagens na década de 1920, Mário explorou a fotografia de maneira ousada e inovadora, revelando um olhar aguçado e uma incessante busca por novas formas de expressão. Influenciado por movimentos vanguardistas europeus, como o futurismo e o construtivismo, ele desafiou as fronteiras da estética fotográfica.
Instalação RORAIMARS, de Gustavo Caboco
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Hall da Consolação
Em janeiro de 2022, o robô Curiosity da Nasa registrou uma área que foi batizada de Roraima, por conta da similaridade do solo com o Monte Roraima, ao norte do Brasil.
Nesta instalação, o artista visual Wapichana Gustavo Caboco relaciona essa coincidência com a cosmologia do seu povo, exibindo uma fotografia impressa em tecido e tecelagem, que combina imagens do monte Roraima e da Lua.
“Para nós, reconhecer o Monte Roraima em Marte, sugere que nosso vô Makunaima e seus irmãos Anikê e Insikiran teriam visitado este território em um outro tempo e, quem sabe, transplantado uma muda da Grande árvore até lá para nos deixar rastros de nossa história”.
Exposição – Povo de Oxóssi e Oxum
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Hall da Consolação
A exposição apresenta obras de artistas contemporâneas espalhados pelos Brasil iniciados no culto ao orixá em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, demonstrando como essas divindades continuam vivas e a influenciar a imaginação criativa de artistas ao redor do mundo.
Os filhos de Oxossi e Oxum são verdadeiros guardiões da natureza e da estética. Suas obras refletem a interação profunda com o meio ambiente e uma apreciação inata pela beleza que os rodeia. Através das cores, formas e texturas, eles capturam a essência da natureza e compartilham sua visão única com o mundo. Ao mesmo tempo, suas obras exalam uma aura de charme e sensualidade, refletindo a influência de Oxum em sua arte.
Artistas: Pakapym, Sheyla Ayo e Shai Andrade
Exposição – Povo de Exu
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Entrada
A exposição apresenta obras de artistas contemporâneas espalhados pelos Brasil iniciados no culto ao orixá em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, demonstrando como essas divindades continuam vivas e a influenciar a imaginação criativa de artistas ao redor do mundo.
Exu é frequentemente descrito como o “Mensageiro dos Orixás” e é conhecido por sua dualidade intrínseca. Ele é tanto o guardião dos limites quanto o transgressor das fronteiras, personificando a ambiguidade e a contradição. Sua energia é poderosa e desafiadora, uma presença essencial na espiritualidade afro-brasileira.
Artista: André Vargas
Exposição – Povo de Ogum
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Hall da Consolação
A exposição apresenta obras de artistas contemporâneas espalhados pelos Brasil iniciados no culto ao orixá em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, demonstrando como essas divindades continuam vivas e a influenciar a imaginação criativa de artistas ao redor do mundo.
Ogum é conhecido como o “Senhor dos Caminhos” e “Orixá do Ferro”. Sua dualidade única o torna tanto um guerreiro destemido quanto um ferreiro habilidoso. Ele representa a coragem, a determinação e a capacidade de superar obstáculos, características que continuam a ressoar na vida e obras dos artistas.
Artistas: Jose Adario e Guilherme Bezerra.
Exposição – Povo de Omolu
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Hall da Consolação
A exposição apresenta obras de artistas contemporâneas espalhados pelos Brasil iniciados no culto ao orixá em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, demonstrando como essas divindades continuam vivas e a influenciar a imaginação criativa de artistas ao redor do mundo.
Omulu, o senhor das doenças e curador das almas, é muitas vezes retratado como um Orixá temido, mas também como aquele que detém o conhecimento das curas. Egungun, por sua vez, representa os ancestrais e a sabedoria que eles trazem. Suas celebrações são marcadas por danças e máscaras elaboradas, que permitem que os vivos se conectem com os espíritos dos que vieram antes deles
Artistas: Antonio Oloxode, Lucas Cordeiro, Luiz Marcelo
Exposição – Povo de Oxalá
13, 14 e 15/10 | 10h às 21h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala de Estudos
A exposição apresenta obras de artistas contemporâneas espalhados pelos Brasil iniciados no culto ao orixá em diálogo com o acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, demonstrando como essas divindades continuam vivas e a influenciar a imaginação criativa de artistas ao redor do mundo.
Oxalá é o Deus criador, associado à pureza, à paz e à criação. Sua capacidade de mediar conflitos e promover a paz é uma dádiva. A leveza e a sagacidade são assim como são a capacidade de resistir, de cair e levantar e depois dar a volta por cima.
Artistas: Natália Marques, Ana Carolina, Janina Batista
As paredes têm ouvidos
13, 14 e 15/10 | 11h às 22h | Biblioteca Mário de Andrade – Saguão
Na intervenção artística de Bia Junqueira, caixas de som escondidas em diversos pontos da Biblioteca tocam cantigas antigas, depoimentos e pontos de gira, retirados dos fonogramas originais da Missão de Pesquisas Folclóricas ou de gravações feitas por performers especialmente para o projeto.
A capa: porta entre o livro e o mundo
15/10 | 11h | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório | Libras
Responsáveis pelas capas de importantes livros dos últimos tempos, os artistas Auá Mendes, Aline Bispo e Mauricio Negro conversam sobre esse elemento que é o nosso primeiro contato com uma obra, espécie de porta feita de formas, cores, palavras e texturas. A mediação é de Oga Mendonça.
Visita guiada: As missões de Mário de Andrade: identidades, encantos e desencantos
14 e 15/10 | 11h e 14h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala Tula Pilar | Audiodescrição e Libras
Rafael Costa realiza uma visita guiada com o público pela exposição “As missões de Mário de Andrade: identidades, encantos e desencantos”. Esta exposição exibe uma pequena mostra do acervo da Missão de Pesquisas Folclóricas, pertencente ao Centro Cultural São Paulo.
À maneira de uma pesquisa etnográfica, registrou-se as atividades cotidianas, as festas profanas e religiosas, os hábitos, os materiais de usos diversos, enfim, tudo aquilo que revelasse a forma de viver, conviver e o pensar das pessoas
Além de evidenciar a afinidade da Missão com o projeto artístico de Mário e dos modernistas, a exposição ressalta a importância das comunidades negras — de onde vêm a maior parte dos materiais coletados — e indígenas na formação da sociedade brasileira, vítimas históricas de perseguições e apagamentos.
Contação de histórias com Kaká Werá
15/10 | 12h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala Infantil | Libras
Na contação de histórias com Kaká Werá, o premiado escritor dá voz às histórias reunidas nas suas obras “A terra dos mil povos”, “As fabulosas fábulas de Iauaretê” e “Menino-trovão”.
Moda e decolonialidade
15/10 | 14h | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório | Libras
As diversas abordagens sobre a moda, desenvolvidas na História a partir da epistemologia eurocêntrica, legitimam e produzem uma leitura que hierarquiza as relações entre roupa e os modos de vestir. Como consequência, é reproduzida e divulgada a concepção de que o “vestir” das sociedades não brancas é inferior, sendo considerado, no máximo, exótico ou folclórico. Nesta mesa, a artista Karlla Girotto e a estilista Jal Vieira falam sobre a articulação de um movimento decolonial estético e político na moda, que vem tomando corpo em diversos países. A mediação é por conta de Dudu Bertholini, designer e estilista.
Artistas de Terreiro: Natália Marques
15/10 | 14h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala de Estudos
A artista Natália Marques usa objetos próprios do corte de cana e vestes tradicionais do candomblé para denunciar a exploração dos povos originários e africanos, utilizando o melaço como tinta em faixas de algodão.
Palavras de sarapantar: de Telma Cunha
15/10 | 14h30 | Biblioteca Mário de Andrade – Terraço
Telma Cunha é uma autora de grande representatividade em Belém, no Pará. Nesta performance, Cunha mostrará sua obra poética por meio da leitura de poemas que falam sobre o corpo e a natureza amazônica.
Apresentações poéticas curtas: Natasha Felix + Maria Isabel Iorio + Bruna Beber + Tatiana Nascimento + Ave Terrena + Iara Rennó
15/10 | 15h às 17h | Biblioteca Mário de Andrade – Terraço
Natasha Felix, Maria Isabel Iorio, Bruna Beber, Tatiana Nascimento, Ave Terrena e Iara Rennó, autoras de diferentes estilos e contextos lêem poemas e textos em prosa de sua autoria.
O corte é um dos fundamentos do poema, assim como a memória e, em sua performance, a poeta Natasha Felix usa a fala para construir junto ao músico e produtor Barulhista texturas, sons e ritmos para o texto. Em uma sessão de improviso, a dupla investiga outras cadências para o texto falado.
Maria Isabel Iorio é graduada em Letras pela PUC-RJ e trabalha com poesia escrita e visual. É autora do livro de poesia “Em que pensaria quando estivesse fugindo (Editora Urutau)”, fundadora do Movimento Respeita!, uma coalizão de poetas e co-organizadora do Les/Bi/Trans/a Slam, para pessoas LBT.
Bruna Beber é poeta e artista visual. Suas publicações como Rua da PadariA (2013) e Ladainha (2017) fazem dela uma das mais importantes figura de sua geração, já tendo poemas publicados em antologias no Brasil, Alemanha, Argentina, Espanha, Estados Unidos, México e Portugal.
Tatiana Nascimento é mãe, escritora, cantora, poeta e slammer. Além de autora de lundu, que foi selecionado pelo Projeto Nacional Leia Mulheres na categoria Melhores Livros de 2016, Tatiana é co-fundadora da padê editora, que investiga e publica livros de autoras negras e LGBT.
Ave Terrena é dramaturga, poeta, diretora e performer, Ave Terrena é graduada em Letras pela USP e atualmente coordena a Escola Livre de Teatro de Santo André e integra o Laboratório de Técnica Dramática (LABTD). Em sua arte e pesquisa, chama atenção tanto para a violência da ditadura militar quanto para a persistente violência contra a comunidade trans e travesti no Brasil.
Iara Rennó, filha dos compositores Carlos Rennó e Alzira Espíndola, é poeta e cantora. Já integrou a banda de Itamar Assumpção e, em seus discos, conta com a participação de artistas como Tom Zé, Siba e Barbatuques. Em 2017, Iara fez o lançamento do documentário Afiando a Flecha e, no mesmo ano, apresentou-se com Elza Soares.
Apresentações poéticas curtas: Moara Tupinambá + Caetano Romão + Daniel Fagundes + Dona Edite
14/10 | 18h30 | Biblioteca Mário de Andrade – Terraço
Nesta atividade, autores de diferentes estilos e contextos lêem poemas e textos em prosa de sua autoria.
Caetano Sousa Romão é poeta e acordeonista e faz mestrado no programa de Teoria e História Literária da Universidade Estadual de Campinas.
Moara Tupinambá é artista, poeta, curadora, designer, ilustradora, comunicadora e ativista dos direitos indígenas. Por meio da arte, ela provoca debates acerca da consciência indígena nas cidades e dos apagamentos da identidade indígena pela colonização.
Edite Marques da Silva, a conhecida Dona Edite, é a diva da Cooperifa e integrante do grupo de danças populares Flor de Lis. Ela perdeu a visão no começo dos anos 2000 e desde então se adapta para enxergar pelos olhos da poesia.
Daniel Fagundes é cineasta, educomunicador e poeta.
Pergunte as Plantas
15/10 | 15h | Biblioteca Mário de Andrade – Hemeroteca | Libras
A educadora e artista visual Janaú propõe a investigação das plantas do espaço da Mário de Andrade, convidando os participantes a criarem textos a partir desse encontro. Também serão exploradas produções literárias de todo tipo que tematizem a relação entre humanos e o reino vegetal.
Memórias e saberes ancestrais na Literatura
15/10 | 15h30 | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório | Libras
Nesta mesa, convidamos escritores que se valem de saberes ancestrais para constituir suas obras, permitindo novos modos de ver, sentir e compreender o mundo, em contraposição ao pensamento eurocêntrico.
Sidnei Nogueira é educador e babalorixá, referência em debates sobre questões étnico-raciais, diversidade e antirracismo. É autor de “Intolerância religiosa”, entre outras obras.
Kaká Werá é escritor, professor e ambientalista. É autor de “O Trovão e o Vento – Um Caminho de Evolução pelo Xamanismo Tupi- Guarani”, entre outros livros, traduzidos para vários idiomas.
Pesquisador, escritor e compositor de sucesso, Nei Lopes é um dos mais importantes nomes dos estudos africanos no Brasil, autor de mais de mais de trinta obras, entre obras de referência, poesia e ficção. ?
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Tatiana Henrique é mãe, atriz e professora da Cesgranrio. Pesquisadora das tradições orais, atualmente cursa um doutorado na UERJ. É co-autora do livro “Propostas pedagógicas para o ensino de história e cultura africana e afro-brasileira”.
Palavras de sarapantar: Erotismo na Literatura Contemporânea Brasileira
15/10 | 17h | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório | Libras
O verbo “sarapantar”, junto de sua forma derivada adjetiva “sarapantado”, é frequentemente utilizado por Mário de Andrade em seus livros. Significa “causar ou sentir perturbação, confusão, atordoamento, espanto”. Nesta mesa, Giselle Ribeiro, Natasha Felix e Telma Cunha, três poetas, falam sobre o erotismo como elemento constituinte de seus trabalhos artísticos, especialmente no que se refere às suas tensões com o corpo feminino, erotizado ou não. A mediação é por conta de Alexandre Rabelo.
Ceuci, a mãe do pranto
15/10 | 17h | Biblioteca Mário de Andrade – Sala Infantil
Na contação de histórias “Ceuci, a mãe do pranto”, o escritor Cristino Wapichana comprova a importância das narrativas orais para os povos indígenas, fonte de conhecimento, respeito e empatia, transferida de geração em geração. ?
Projeção Mapeada Mário de Andrade | Coletivo ILLUMEM
13, 14 e 15/10 | 18h às 00h | Biblioteca Mário de Andrade – Hemeroteca
Com o objetivo de atrair e cativar o público, a Projeção Mapeada da Empena com a figura de Mário de Andrade visa direcionar a atenção para o renomado escritor, destacando sua importância. Através dessa projeção, com foco em seu rosto, sua figura ganha destaque, estabelecendo uma conexão visual e emocional com o público, humanizando a imagem do escritor.
Noites de Mário de Andrade
15/10 | 20h | Biblioteca Mário de Andrade – Auditório | Libras
Em “Noites de Mário de Andrade”, a Companhia do Latão apresenta textos teatrais e poemas cênicos pouco conhecidos de Mário de Andrade. As encenações breves se organizam como parte de noites temáticas, de teatro de variedades.
Todas as apresentações são seguidas de conversas com Sergio Carvalho, diretor da Cia. do Latão e professor da ECA – USP.
A encenação de textos do autor que tocam o imaginário circense e carnavalesco combina escritos sobre o palhaço Piolin, o “Monólogo do Elefante do Circo Sarrasani” e poemas de “O Carro da Miséria” musicados por Lincoln Antonio.?
Praça das Artes
O Vestir na Missão
13, 14 e 15/10 | 09h às 21h | Praça das Artes – Vão Livre
Se Mário de Andrade e sua equipe fossem hoje visitar os estados registrados há 85 anos, o que eles encontrariam?
Com um olhar voltado às roupas das pessoas retratadas nos registros da Missão de Pesquisas Folclóricas, o recorte aqui é o do vestuário como marcador de individualidades, territórios e funções do trabalho ou da vida cotidiana. As fotos, ampliadas e impressas em voil, tecido de característica semitransparente e fluida, suspensas, são um convite para um diálogo com outros tempos, desde o presente. Em sua simplicidade, as imagens apresentam camadas de culturas, vestimentas, corporeidades e texturas brasileiras em suas mais diversas formas e movimentos. A observação cuidadosa dos personagens abordados conduz a comunidades e manifestações distantes das apressadas modas de hoje. Assim, podemos pensar no vestir daqueles homens, mulheres e crianças como dispositivos de memória, belezas e saberes.
Diaspóricas
15/10 | 12h | Palco da Praça Dom José Gaspar – Sala do Conservatório | Libras | Capacidade máxima: 200 pessoas | Senhas a partir das 11h
Diaspóricas – O Show é fruto da websérie documental sobre a música preta brasileira feita pelas mãos, pelas bocas, pelos ouvidos e pelo sentir de mulheres cerradeiras, amefricanas, sonoras, pretas e centrais. As musicistas Lene Black, Sonia Ray, Érika Ribeiro e Nina Soldera desenvolvem carreiras individuais e mantêm o trabalho de produzir música preta juntas. O programa traz repertório como referência ancestralidade, cultura e artes intercruzadas pelas histórias das artistas.
Matri Potência
15/10 | 14h | Praça das Artes | Espaço de Convivência | Libras
Com a pauta da transmissão de saberes populares através de gerações e o papel dos artistas de terreiro na preservação das tradições afro-brasileiras, esta mesa terá participação de Iyá Adriana de Nanã, fundadora do Instituto de Estudos e Pesquisas Ilê Axé Omó Nanã, Tião Carvalho, dançarino e cantor maranhense e Cidinha da Silva, doutora em Difusão do Conhecimento e escritora premiada.
A língua viva: resgates e construções de repertórios linguísticos
15/10 | 15h30 | Praça das Artes – Espaço de Convivência | Libras | Capacidade máxima: 200 pessoas
Com mediação é da linguista e produtora de conteúdo online sobre a linguagem Jana Viscardi, doutora em Linguística pela UNICAMP, esta mesa chama o compositor e professor Tiganá Santana, eleito um dos dez músicos fundamentais da música atual brasileira pela conceituada revista inglesa Songlines, Bixarte, slammer e primeira travesti ganhadora do Festival de Música da Paraíba, Luã Apyká, conselheiro da Executiva Nacional da Década Internacional das Línguas Indígenas (UNESCO) e membro da comunidade Tabaçu Rekoypy. A discussão gira em torno da língua viva, que sempre muda e tem contribuições de diversos passados e culturas: os europeus, os falantes de línguas africanas e originárias do Brasil.
“Ir, ver e contar”: a escrita de cadernos de viagens
15/10 | 17h | Praça das Artes – Espaço de convivência | Libras | Capacidade máxima: 200 pessoas
Na mesa “Ir, ver e contar”, os autores Auritha Tabajara, poeta e contadora de histórias, José Henrique Bortoluci, doutor em sociologia pela Universidade de Michigan e escritor, e Natalia Timerman, finalista do Prêmio Jabuti com “Copo Vazio” (2021), conversam sobre a escrita do deslocamento, inspirados pelos relatos das viagens de Mário de Andrade. A mediação é do jornalista Eduardo Vessoni.?
Giovani Cidreira + Linn da Quebrada + Alice Caymmi
15/10 | 17h30 | Praça das Artes – Sala do Conservatório | Libras | Capacidade máxima: 200 pessoas | Senhas a partir das 16h30
Giovani Cidreira, compositor e musicista acompanhado pelo piano e por Linn da Quebrada e Alice Caymmi, apresenta músicas de seu último disco, Nebulosa Baby, revisita canções do seu álbum de estreia, Japanese Food e faz releituras de obras clássicas da música brasileira.
Tom Zé – 50 anos de Todos os Olhos (1973)
15/10 | 19h | Praça das Artes – Vão Livre | Libras
O show celebra os cinquenta anos de lançamento do histórico “Todos os olhos” (1973), tido como um dos seus álbuns mais importantes, marcado por composições inventivas e angustiadas, entre elas as clássicas “Augusta, Angélica e Consolação”, “Brigitte Bardot” e “Todos os Olhos”.
A última vez que o compositor apresentou o repertório do álbum, cuja capa polêmica segue gerando discussões, foi em 2013.
Praça Dom José Gaspar
Mestre de cerimônias: Fernanda Honorato
15/10 | 10h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
Fernanda Honorato é repórter no Programa Especial da TV Brasil, onde atua desde 2006, já entrevistou diversas personalidades e hoje é parte de um movimento que
promove a inclusão de pessoas com deficiência. Em 2014, entrou para o RankBrasil ao ser reconhecida como a primeira repórter com síndrome de Down do país.
Brincadeira de todos os tempos
13, 14 e 15/10 | 10h às 18h | Praça Dom José Gaspar
Em “Brincadeira de todos os tempos”, a Cia. TáDito organiza brincadeiras tradicionais brasileiras que apresentam a cultura nacional por meio de suas lendas e tradições populares.
Mestre de cerimônias: Alberto Pereira Jr.
15/10 | 10h e 15h | Palco da Praça Dom José Gaspar | Libras
Alberto Pereira Jr. é artista social, jornalista, diretor e roteirista. Já trabalhou para canais e plataformas como Multishow, Globoplay, Discovery Channel, TV Cultura, MTV, UFC, Fox Life, Trace e RedeTV. É fundador do bloco de Carnaval paulistano “Domingo Ela Não Vai”.
DJ Lys Ventura
15/10 | 10h / 15h / 17h | Praça Dom José Gaspar | Libras
A DJ Lys Ventura cresceu na zona leste de São Paulo e, influenciada pela cultura dos bailes, ela tempera sua música com elementos norte-americanos e brasileiros, mas sua especialidade é a música jamaicana e o groove. No decorrer do dia, ela traz músicas brasileiras de todas as eras em intervalos alternados.
Povo Parrir e a Salamandra
15/10 | 11h | Praça Dom José Gaspar
Povo Parrir e a Salamandra: é uma brincadeira-cerimônia, um espetáculo que mistura palhaças, tongos e tongas do Povo Guarani Mbya e um ser muito especial, a Salamandra. Todos vão brincar, cantar e dançar juntos para reverenciar a terra e seu poder de regeneração. A brincadeira-cerimônia contará com acessibilidade em audiodescrição.
Su Barreto
15/10 | 12h | Praça Dom José Gaspar | Libras
Su Barreto escolheu o festival Mário de Andrade para lançar sua carreira solo, inspirada nos grupos de samba e rodas de capoeira de rua de que participou. A percussionista já acompanhou diversos artistas e, para o festival, tem em seu repertório sambas de Ivone Lara, Beth Carvalho, Maria Rita e Jovelina Pérola Negra.
Cheganças
15/10 | 12h30 e 17h30 | Saída da Praça Dom José Gaspar
Cheganças é uma intervenção artística feita por artistas da cultura popular que cantam folias de reis, congadas, cirandas e outros ritmos do cancioneiro caipira. Os artistas fazem parte de grupos de cultura popular e, nesta formação, apresentam um auto caipira inspirado nas violas e batuques.
Duo ÀVUÀ
15/10 | 14h | Palco da Praça Dom José Gaspar
O duo ÀVUÀ, composto por Bruna Black e Jota.pê, é a junção de dois universos sonoros distintos. Ela, de família mineira, cresceu ouvindo modão sertanejo, e ele, nascido em Osasco, ouvia System of a Down e Caetano Veloso na adolescência e é dessa união, com fortes influências de MPB e manguebeat, que nasce o som do duo.
Katú Mirim
15/10 | 16h | Palco da Praça Dom José Gaspar
Katú Mirim traz a proposta de um olhar indígena para a cultura brasileira, cantando e recontando a colonização de seu ponto de vista enquanto mulher periférica, lésbica e indígena, unindo narrativas folclóricas e ancestrais ao novo.
Mário pelas ruas
13, 14 e 15/10 | 17h às 23h | Praça Dom José Gaspar
Uma carroça elétrica com um projetor, uma caixa de som e ricamente decorada com elementos simbólicos da cultura popular percorre as ruas do centro enquanto projeta imagens da Missão de pesquisas folclóricas de Mário de Andrade. Performers acompanham a carroça e interagem tanto com as imagens projetadas quanto com o público.
Francisco, El Hombre canta Novos Baianos
15/10 | 18h | Palco da Praça Dom José Gaspar
A Francisco, el Hombre é fruto de uma conexão Brasil-México e carrega todas as particularidades de cada uma das culturas, bem como tudo que as une. No show de Acabou Chorare (1972), a banda faz uma homenagem ao segundo álbum dos Novos Baianos ao interpretá-lo na íntegra com novos arranjos, mesclando o rock psicodélico do grupo baiano com a latinidade do quinteto.
Centro Cultural São Paulo (CCSP)
Matrizes afro-brasileiras
13*, 14 e 15/10 | 10h às 21h *a partir das 14 | Centro Cultural São Paulo
Como parte do Festival, o CCSP hospeda a exposição “Matrizes afro-brasileiras: Quilombos e Sincretismos”, do fotógrafo italiano radicado no Brasil Lamberto Scipioni, cuja trajetória possui paralelos com a de Mário de Andrade. As fotos têm origem nas diversas viagens que o artista Brasil fez pelo país no final dos anos 1980, inclusive em lugares já visitados pela Missão cinquenta anos antes, registrando os remanescentes de quilombos e instituições religiosas afro-brasileiras, além de manifestações populares diversas.
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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