Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Fantasmas na Liberdade
Você tem idade para se lembrar do filme Os Fantasmas se Divertem, de Tim Burton? Pois se não tem, poderá conhecer a história em formato de musical, que faz sessão VIP nesta quarta, 21, e estreia para o público na quinta, 22, no Teatro Liberdade, em São Paulo. Beetlejuice, O Musical, O Musical, O Musical tem direção de Tadeu Aguiar e produção de Renata Borges, da Touché Entretenimento. O enérgico Eduardo Sterblitch encabeça o elenco de 26 atores. Quem viu no Rio diz que ele arrasa. Danado.
Mãe Coragem
A vida de mães encarceradas inspira o solo Parto Pavilhão com a ótima atriz Aysha Nascimento e que estreia na quinta, 22, no Tusp. A obra reúne uma verdadeira dinastia do teatro negro contemporâneo, já que tem texto de Jhonny Salaberg, direção de Naruna Costa e ainda tem Malu Avelar na preparação corporal, Carol Gracindo na cenografia e figurino, Gabriele Souza na iluminação e Rebeca Gomes como musicista em cena. Mulheres poderosas.
Duelo venenoso
O Veneno do Teatro, texto do espanhol Rodolfo Sirena já visto em mais de 60 países, marca a volta do grande ator Osmar Prado aos palcos de São Paulo, terra natal do intérprete de 76 anos. Ele contracena com Maurício Machado a partir de 23 de fevereiro, esta sexta, no Sesc Santana. A curta temporada, sob direção de Eduardo Figueiredo, vai só até 24 de março. Na trama repleta de suspense, um membro da aristocracia convida um jovem ator à sua casa, com quem começará um jogo sórdio. Imperdível.
Mon amour
Charles Aznavour, um dos maiores nomes da música da França, tem sua obra revisitada pela atriz Sylvia Bandeira na peça Charles Aznavour – Um Romance Inventado, em cartaz no Teatro J. Safra, com dramaturgia de Saulo Sisnando e direção de Daniel Dias da Silva. A atriz contracena com Mauricio Baduh e é acompanhada pelos músicos Liliane Secco e Ulisses Nogueira. Na obra, uma atriz e um jornalista descobrem seu amor pelo grande cantor francês. Très chic.
Mel de Rita
Mel Lisboa está pura expectativa para voltar a viver Rita Lee nos palcos de São Paulo. A atriz estreia em abril Rita Lee: Uma Autobiografia Musical, que estreia em abril no Teatro Porto, inspirado no livro escrito pela Rainha do Rock. A direção é Marcio Macena e Debora Dubois. No céu, Rita Lee deve estar feliz. Afinal, foi ela mesma quem escalou Mel para interpretá-la. Fez muito bem.
Carnaval antropofágico
Daniela Mercury, que foi madrinha do casamento de Zé Celso e Marcelo Drummond, convidou o viúvo do diretor e os artistas do Teatro Oficina para subirem no alto de seu trio Pipoca da Rainha. Ela dedicou o encerramento do Carnaval de São Paulo a Zé Celso e pediu pacificamente a criação do Parque do Rio Bixiga, como uma promessa de São Paulo a Oxum, a rainha das águas doces nas religiões de matriz africana. O parque era o velho sonho de Zé Celso. Aliás, Daniela fez questão de cantar sua música Macunaima, que celebra a antropofagia da Semana de Arte Moderna de 1922.Nem a tempestade que caiu afugentou o povo da Consolação. Oya Tetê!
Mestra na folia
Ainda na folia, a atriz do Teatro Oficina e escritora Danielle Rosa interpretou Oxum no alto do trio de Daniela Mercury. Aliás, baiana de Vitória da Conquista e formada em teatro na UFBA, Dani passou o verão em Salvador, onde caiu na folia. Voltou a São Paulo para o Pipoca da Rainha e para a volta do espetáculo O Bailado do Deus Morto. E também para as aulas do mestrado em Artes na Unesp. Porque ela também é acadêmica. Chiquérrima.
Deus está vivo
O Teatro Oficina vai voltar com a peça O Bailado do Deus Morto nesta sexta, 23 de fevereiro, em sua sede, recentemente emparedada pelo Grupo Silvio Santos. A nova temporada vai até 31 de março, dia em que o Golpe Militar de 1964 completará 60 anos. De sexta a domingo, sempre às 20h, com texto inspirado na obra de Flávio de Carvalho e direção de Marcelo Drummond. No elenco tem Pascoal da Conceição, que interpretou Mário de Andrade no desfile vitorioso da Mocidade Alegre no Carnaval de São Paulo. Pé quente.
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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