Duetos lota Guairão com Eduardo Moscovis e Patricya Travassos em relacionamentos que refletem a vida

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Enviado especial ao Festival de Curitiba*
Com reportagem de GIOVANNA RETCHESKI
Estudante de Jornalismo da Universidade Positivo, sob supervisão da professora e jornalista Katia Brembatti
A segunda noite de apresentação da peça “Duetos: A Comédia de Peter Quilter” lotou o Teatro Guaíra, na última quinta-feira (4), no 32º Festval de Curitiba. O espetáculo, que teve tradução em libras, retratou os relacionamentos modernos, por meio de quatro histórias, sempre envolvendo uma mulher e um homem às voltas com seus próprios desejos e traumas em busca do amor, enfrentando a solidão.
Os atores Patricya Travassos e Eduardo Moscovis deram vida aos personagens do enredo dividido por quatro cenas. A primeira esquete contou a história de um casal da terceira idade que se encontra pela primeira vez, após marcar um encontro pelo Tinder. O aplicativo de relacionamento, muito utilizado pelos jovens, também pode ser palco de diversão para os mais experientes.

A personagem da atriz Patricya Travassos se depara com uma descrição um pouco diferente da realidade, mas a idade não impede a busca por um encontro agradável. A cena brinca com as ansiedades dos primeiros encontros, principalmente, na terceira idade, além de mostrar que ao ser você mesmo e agir com naturalidade são elementos essenciais para um encontro ideal.

Na segunda esquete, um casal de amigos é retratado. O ator Eduardo Moscovis interpreta um personagem gay que, junto com sua amiga encalhada, protagoniza momentos de riso, companheirismo e frases típicas de pessoas companheiras, como: “amiga, você precisa arranjar alguém”. Entre risos e emoções, a plateia é conduzida para a história de um casal em processo de divórcio. A viagem planejada para a Espanha, antes da separação, não termina como planejado, mostrando que os finais de relacionamento nem sempre são definitivos.
Na sequência do espetáculo, uma irmã se casará pela terceira vez, mas se encontra com seu irmão antes da cerimônia. O enredo tenta representar uma cena clássica da vida real: o irmão falando a verdade nos momentos errados e a irmã desesperada quando tudo dá errado. É uma parte do espetáculo que, ao mesmo tempo, é divertida e emocionante.
Mas o que “Duetos: A Comédia de Peter Quilter” deixou para a plateia, além das boas risadas? A peça traz questões do dia a dia e cenas da vida real, afinal, a arte imita a vida, ou a vida imita a arte? Uma pergunta que fica para reflexão é: “o que move as pessoas?”. A insegurança no medo de não ser amado ou de ser deixado pode ser uma das respostas.
Enfim, o real segredo está em ser você mesmo, não limitar sua capacidade de amar e demonstrar amor. Ser autêntico é a melhor maneira de encontrar a felicidade.
*O jornalista e critico Miguel Arcanjo Prado viaja a convite do Festival de Curitiba.
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Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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