Eloisa Vitz revigora Nelson Rodrigues com 6ª peça do autor no Grupo Gattu, A Mulher sem Pecado: ‘Gênio’

Eloisa Vitz no camarim do Teatro do Sol do Grupo Gattu: A Mulher sem Pecado é sexta peça de Nelson Rodrigues assinada pela diretora, produtora e atriz © Rafa Marques Blog do Arcanjo 2024

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Uma das companhias teatrais mais queridas e respeitadas da cidade de São Paulo, o Grupo Gattu, sob comando de Eloisa Vitz, chega à sua sexta peça do principal dramaturgo brasileiro, Nelson Rodrigues (1912-1980). O thriller psicológico sobre um homem obcecado pela ideia de fidelidade da esposa, A Mulher Sem Pecado estreia neste sábado, 25 de maio, em temporada gratuita no Teatro do Sol, em Santana, quinta, 20h, sexta e sábado, 21h, e dominog, 19h com reserva de ingressos na Sympla. Com 24 anos de trajetória, o Grupo Gattu é pioneiro na zona norte paulistana na formação de público e no desenvolvimento de um teatro de pesquisa e forte comunicabilidade com a diversidade dos 250 mil espectadores que já viram suas peças. A nova peça consagra Eloisa Vitz como uma das principais autoridades em Nelson Rodrigues no País, já que no teatro contemporâneo ela é uma das principais diretoras que dialogam com o autor. Estão no elenco de A Mulher sem Pecado Daniel Gonzalez, Miriam Jardim, Eloisa Vitz, Mariana Fidelis, Paulo de Almeida, Lilian Peres e Jailton Nunes. Não custa lembrar que o Grupo Gattu participou duas vezes do Festival Internacional de Edimburgo e Fringe de Edimburgo, na Escócia, Reino Unido, onde foi se reciclar e buscar novas referências. O Grupo Gattu foi eleito em 2023 a Melhor Companhia de Teatro pelo Blog do Arcanjo, com o qual Eloisa Vitz conversa, nesta entrevista exclusiva, sobre a peça que celebra ainda os dez anos de sua sede, o Teatro do Sol, que em breve vai se tornar Cine-Teatro do Sol.

Eloisa Vitz, diretora, produtora e atriz do Grupo Gattu, companhia com 24 de trajetória nos palcos © Rafa Marques Blog do Arcanjo 2024

Miguel Arcanjo Prado – Como é este retorno a Nelson Rodrigues em A Mulher sem Pecado?
Eloísa Vitz –
É incrível, um sonho durante cinco anos. Depois de A Falecida, queríamos montar A Mulher sem Pecado. Inscrevemos nos editais, mas não aprovaram, o que é uma coisa muito louca, porque temos histórico sólido em montagens de Nelson Rodrigues. São cinco já feitas no Grupo Gattu, com esta, seis, e todas muito bem sucedidas. Então, falamos: vamos produzir por conta própria! O que não deixa de ser a cara do Grupo Gattu, que é ‘vamos embora, vamos fazer’.

Miguel Arcanjo Prado – Vocês são assim mesmo, aguerridos.
Eloisa Vitz –
Eu tenho uma equipe maravilhosa! Sou uma diretora muito privilegiada, conto com equipe muito competente, muito apaixonada por teatro e por Nelson Rodrigues. Montar A Mulher sem Pecado é um sonho. Faço a trilha sonora desse espetáculo há cinco anos. Quando eu fui escutar, já tinha cento e poucas músicas para tirar não sei quantas, 10 ou 12, e foi uma loucura! Já sabia como queria que a peça soasse… Então, é uma felicidade retomar o Nelson Rodrigues com A Mulher sem Pecado. E o meu desejo é montar todas as peças de Nelson Rodrigues, porque amo as dezessete que ele fez, só preciso de orçamento para isso [risos].

Elenco do Grupo Gattu em A Mulher sem Pecado, de Nelson Rodrigues, no Teatro do Sol © Rafa Marques Blog do Arcanjo 2024

Miguel Arcanjo Prado – Você fez A Serpente, que foi a última peça do Nelson. E agora, a primeira, A Mulher sem Pecado. Vai de A a Z?
Eloisa Vitz –
Independentemente de qual Nelson for, vou amar fazer, não tenho um texto que goste mais, porque são muito diferentes. Montei o primeiro e o último. Posso dizer que gênio é gênio. Se alguém duvida que o primeiro texto dele já foi genial, venha ao Teatro do Sol assistir. Nelson Rodrigues tem uma dramaturgia contundente, diálogos atrozes, um ritmo incrível, uma dinâmica de cena perfeita. Se a gente não atrapalhar muito, o espetáculo fica lindo, porque é muito bom quando a gente tem uma dramaturgia tão potente. Nelson foi polêmico, muito polêmico, mas para mim sempre maravilhoso.

A atriz Miriam Jardim é destaque em A Mulher sem Pecado do Grupo Gattu © Rafa Marques Blog do Arcanjo 2024

Miguel Arcanjo Prado – Bom você tocar neste ponto, porque percebo que há um bom tempo Nelson Rodrigues não é tão montado, sobretudo em São Paulo. E ele é um autor clássico brasileiro, é o nosso maior autor. Goste-se ou não, cancele-se ou não, Nelson Rodrigues é nosso maior dramaturgo. Tem uma profundidade, uma obra monumental. Você sente  falta de ver o Nelson em cartaz?
Eloisa Vitz –
Eu acho que a gente tinha que ter o Nelson em cartaz o tempo todo. Eu não sei porque nós, brasileiros, desprezamos os nossos gênios. Você tem o Prêmio Arcanjo, que nós ganhamos, e eu sempre digo isso a você, que é lindo na maneira como você reconhece o artista. A gente precisa criar esse hábito de enaltecer o que é brasileiro, genuíno. O Nelson Rodrigues corre nas nossas veias, eu falo e me arrepio, porque é o Brasil. E ele é tão genial porque ele tem a universalidade do Shakespeare, do Molière, dos grandes autores, e acrescenta a questão da brasilidade, do jeito brasileiro, do jeito que a gente é. Mas ele traz também um lugar da alma humana que é comum a todos nós. Eu acho que, se o Nelson Rodrigues tivesse escrito sua obra em inglês, seria mais enaltecido internacionalmente. Inclusive pela variedade dramatúrgica dele, que vai de uma Doroteia para Uma Mulher sem Pecado, de uma Valsa Número 6 para um Boca de Ouro. Ele transita muitos lugares interessantes e com muita fluidez.

O ator Daniel Gonzales é destaque em A Mulher sem Pecado do Grupo Gattu © Rafa Marques Blog do Arcanjo 2024

Miguel Arcanjo Prado – A obra dele permanece atual?
Eloisa Vitz –
Eu acho que vamos passar por esses tempos sombrios e em breve haverá luz. Porque é ignorante querer datar o Nelson, ou ele só colocar na obra dele uma pecha de machista, de sei lá, de todas as coisas que as pessoas dizem que ele é. Isso é deslocar o sentido da obra, é não olhar para a obra de uma forma mais abrangente, mais universal, inclusive como uma denúncia, como uma crítica. O dramaturgo quando escreve uma situação não significa que compactue com ela. É ficção. A obra de arte não precisa ser didática, a gente não precisa ser politicamente correto, uma pintura não precisa ser politicamente correta tampouco uma peça de teatro. De outra forma, não teria vilão em nenhuma obra de arte, porque o vilão por si só já é politicamente incorreto. E outra: não há vilões na vida real? É um puritanismo achar que todas as pessoas são maravilhosas.

Elenco do Grupo Gattu em A Mulher sem Pecado, de Nelson Rodrigues, no Teatro do Sol © Rafa Marques Blog do Arcanjo 2024

Miguel Arcanjo Prado – Porque não são.
Eloisa Vitz –
O Nelson esmiúça e transborda, revela nossa alma, naqueles desejos mais escondidos. E é catártico. Eu acho bom assistir, porque você vai visitando Nelson de uma forma ou de outra, expurga ou revive. A questão do Nelson é educativa, as pessoas que têm um pouco mais de conhecimento precisam olhar para obra dele sem preconceitos. Teve um ator que trabalhou comigo que me falou que, na aula de teatro, o professor já apresentava Nelson Rodrigues falando mal dele. O que eu lamentei profundamente, porque daí você está formando os nossos atores com uma visão enviesada, tirando a capacidade deles próprios de entrarem em contato com a obra e tirarem suas próprias conclusões. As pessoas já não leem, imagina falando mal do autor? Então, Miguel, eu penso que essa ausência do Nelson atualmente nos palcos de São Paulo é um desconhecer. É como foi com o Arthur Azevedo, que nós montamos aqui no Grupo Gattu A Todo Vapor em 2023, um autor brasileiro genial que pouca gente lê ou conhece. Eu penso que é preciso antes conhecer.

A atriz Mariana Fidelis é destaque em A Mulher sem Pecado do Grupo Gattu © Rafa Marques Blog do Arcanjo 2024

Miguel Arcanjo Prado – Vi recentemente no Tiradentes em Cena, em Minas Gerais, uma excelente montagem de Vestido de Noiva, do Nelson Rodrigues, pela diretora Ione de Medeiros com o Oficcina Multimedia. E mais uma vez percebi que a obra dele segue sendo atemporal. É preciso montar textos clássicos e fazerem os mesmos dialogar com o mundo de hoje, não?
Eloisa Vitz –
Sim, é exatamente essa relação. Eu vi você lá em Tiradentes e falei, meu Deus, eu queria tanto assistir essa montagem! Imagino que seja brilhante. Porque eu digo, enquanto diretora e autora, que sei que você é também, Miguel: a gente entende que, quando a gente tem um texto forte, grande parte da encenação é como se construíssemos uma pirâmide, que começa com uma base muito sólida, que é um texto bom. Os textos do Nelson trazem essa estrutura, porque você se tiver alguma habilidade, consegue fazer um lindo espetáculo, que conversa com o público. Aqui no Grupo Gattu o público vem falar com a gente: a gente ouve reclamação, eles falam do personagem, eles se assustam, se encantam, é surpreendente. Então, eu acho que estamos criando uma nova era em que a gente possa olhar o Nelson Rodrigues com esses olhos de amor.

Nelson Rodrigues © Divulgação Blog do Arcanjo 2024

Miguel Arcanjo Prado – Porque o Nelson Rodrigues conversa com todo mundo, do mais intelectual à pessoa mais simples.
Eloisa Vitz –
Isso mesmo! Do intelectual a uma pessoa mais simples, todos conseguem entender o texto dele. Outra genialidade: ele fala por camadas, né? Você pode entender o texto de muitos olhares diferentes. Nelson era popular. Isso é maravilhoso. Eu amo teatro popular, no sentido mais lindo da palavra, que é esse que abraça todas as pessoas. Porque quando a peça é muito hermética, que eu também gosto, porque eu gosto do teatro de todo jeito — eu gosto de musical, eu gosto de infantil, eu gosto de teatro alternativo, de pesquisa —, mas eu acredito que quando você opta por essas peças mais herméticas, o grande público, eles se afasta. No caso do Nelson, não. Você pode ter lá todas as camadas de público, que vão ter uma experiência intensa com a obra dele.

O ator Paulo de Almeida é destaque em A Mulher sem Pecado do Grupo Gattu © Rafa Marques Blog do Arcanjo 2024

Miguel Arcanjo Prado – Vocês já são um grupo estabelecido, conhecido e referendado. Como é comemorar os 24 anos do Grupo Gattu e os 10 anos do Teatro do Sol com essa peça?
Eloisa Vitz –
Olha, Miguel, a gente se sente muito jovem, e cada espetáculo é um grande desafio. Eu acho que, num trabalho de continuidade, o desafio é se renovar sempre. Trazer o novo, né? Ir para um lugar que você nunca foi. Então, a gente tem uma coisa no elenco, que é assim, qual é o papel que você nunca fez? Um dia, conversando com a Miriam Jardim, que é uma atriz negra e minha assistente de direção, premiada também, estávamos montando um infantil. E ela falou assim pra mim: “Eu nunca vou poder fazer princesa”. Eu disse: “Vai, sim, por que não?”. Aí veio Cinderela e ela foi minha princesa. O privilégio no teatro é poder fazer tudo. E outra, quando você tem 24 anos, o desafio também é encantar a mesma pessoa, por 24 anos. Porque se é uma novidade, é como um novo amor, é tudo maravilhoso. Agora, depois, por exemplo, de 24 anos, ou 19 anos, que é o tempo por exemplo que a Miriam Jardim está no Grupo Gattu, essa relação tem que ser muito mais elaborada. Porque meus atores me conhecem, eu os conheço. E como que a gente faz tudo novo, tudo diferente? É não se apegar a uma fórmula. Eu acho que eu gosto disso no Grupo Gattu, quando eu digo que a gente não amadureceu, é que eu tenho uma certa irresponsabilidade, eu tenho uma certa fanfarronice.

Miguel Arcanjo Prado – Gostei da palavra “fanfarronice”.
Eloisa Vitz –
Nós não somos um grupo muito sério nesse sentido de ficar apegado às coisas. Essa peça mesmo, a gente está produzindo sem ganhar nada para fazer. É por puro prazer. E foi maravilhoso poder se dar esse prazer a mim e ao meu elenco, porque a gente sempre decide tudo junto, conversando em roda. Mesmo quando sou eu quem escrevo um texto, é sempre sobre o que nós queremos falar. Conforme escrevo, vou lendo para eles e pergunto: tem mais alguma coisa que queiram dizer? É preciso se renovar sempre, trazer o novo, mas também é uma delícia estar neste lugar seguro de um grupo de 24 anos de trajetória.

A atriz Lilian Peres é destaque em A Mulher sem Pecado do Grupo Gattu © Rafa Marques Blog do Arcanjo 2024

Miguel Arcanjo Prado – Você já sabe o time que construiu.
Eloisa Vitz –
É como pegar uma nau com seus marinheiros que já são apropriados, então todo mundo entende muito bem um texto, fala muito bem o texto Nelson Rodrigues. Nós continuamos apaixonados, o texto reverbera na gente.

O ator Jailton Nunes é destaque em A Mulher sem Pecado do Grupo Gattu © Rafa Marques Blog do Arcanjo 2024

Miguel Arcanjo Prado – Acho que vocês mantêm esse frescor porque não ficam presos em si mesmos e são abertos ao outro. Vejo sempre vocês assistindo aos colegas. Essa é a beleza do Grupo Gattu. Vocês são de verdade.
Eloisa Vitz –
A gente assiste mesmo, não só aqui como lá fora. Fomos duas vezes para o Festival e Fringe de Edimburgo no Reino Unido para ver espetáculo de outros países, de outras culturas, com outros modos de fazer. É um jeito de criar referências. Quanto mais espetáculos você assiste, é como ler muitos livros, né? Você vai criando um repertório, vai avançando cada vez mais. Primeiro, que a gente ama teatro mesmo. Quando não fazemos, assistimos. Eu acho que isso cria, dentro do grupo, um padrão estético de qualidade. Algumas coisas onde a excelência vai vindo. Ela se coloca em termos vocais, em termos corporais, no meu caso, na direção do espetáculo, de como eu conduzo, de como eu conto essa história, do quanto essa direção se impõe ou não se impõe, se ela é mais discreta e todas as coisas acontecem. Então, eu acho que isso de ver o que está acontecendo na cena contemporânea, traz muita referência e esse frescor que você fala. Porque quando a gente vai assistir, a gente diz: olha que bacana esse espetáculo aqui, nesse teatro, com todas essas opções. Isso amplia o repertório. E eu acho que isso é fundamental para o artista.

A atriz e diretora Eloisa Vitz é destaque em A Mulher sem Pecado do Grupo Gattu © Rafa Marques Blog do Arcanjo 2024

Miguel Arcanjo Prado – E o que vocês ainda planejam para este ano e para as bodas de prata do Grupo Gattu em 2025, já que vão comemorar 25 anos de trajetória, um quarto de século!
Eloisa Vitz –
Olha, Miguel, a gente está sempre tão envolvido com nossos projetos, que ainda não consegui pensar nas bodas de prata. Mas vou fazer isso pra já após essa sua provocação! O que posso te adiantar é que nesse ano temos uma novidade maravilhosa. Nós pegamos um projeto de transformar o Teatro do Sol em Cine-Teatro do Sol. Então, terminando essa temporada, começamos um projeto de remodernização do teatro. Entraremos em obras. Nosso cenógrafo, Heron Medeiros, está trazendo ideias, engenheiro, arquiteto. Então vamos dar uma paradinha. A próxima montagem será Outono, que faz parte das minhas tetralogias que eu amo, que é Amor, Fortuna, Graça e Glória. E a das estações. A gente já fez Inverno, Verão e agora vamos para Outono que tem uma sincronicidade com esse momento, porque é uma peça que eu já pensei com um diálogo audiovisual. Estou muito feliz que vamos ter um cinema de rua. Isso é coisa mais linda, porque a gente trabalha com acessibilidade, com formação de plateia, enfim, com desenvolvimento humano. Agora, para as nossas bodas de prata, você me colocou um desafio e certamente você estará aqui com a gente ano que vem para ver o resultado. Vamos sempre entregar nosso melhor para o nosso público!

Blog do Arcanjo mostra atores do Grupo Gattu no camarim de A Mulher sem Pecado no Teatro do Sol em fotos de Rafa Marques

A MULHER SEM PECADO

Sinopse
Atormentado por um ciúme doentio, Olegário adota métodos controversos para assegurar que sua bela esposa, Lídia, lhe é fiel. Num thriller psicológico eletrizante, segredos emergem desafiando os limites entre a paixão e a obsessão.

Texto: Nelson Rodrigues
Direção: Eloisa Vitz
Elenco: Daniel Gonzales, Miriam Jardim, Eloisa Vitz, Mariana Fidelis, Paulo de Almeida, Lilian Peres e Jailton Nunes.
Gênero: thriller psicológico
Duração: 75 min
Classificação: 16 anos
Temporada: de 25 de maio a 30 de junho de 2024
Sessões as quintas, às 20h, sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h.
Gratuito – Reserva pelo Sympla
Bilheteria abre uma hora antes do espetáculo
Local: Teatro do Sol | 60 lugares
Rua Damiana da Cunha, 413 – Santana – Zona Norte – São Paulo
Telefone: 11. 3791.2023 Whatsapp: 11. 95679.2526

Ficha Técnica

Texto: Nelson Rodrigues
Direção: Eloisa Vitz
Assistente de Direção: Miriam Jardim
Elenco: Daniel Gonzales, Miriam Jardim, Eloisa Vitz, Mariana Fidelis, Paulo de Almeida, Lilian Peres e Jailton Nunes.
Cenário e Figurino – Heron Medeiros                       
Iluminação – Eloisa Vitz e Newton Saiki
Trilha sonora: Eloisa Vitz
Crédito das fotos: Ronaldo Gutierrez
Equipe Grupo Gattu: Mariana Azevedo e Arthur Lopez
Arte Gráfica: Mariana Fidelis
Assessoria de Imprensa – Flavia Fusco Comunicação

Sobre o Grupo Gattu

Reconhecido pelos Prêmios Arcanjo de Cultura, Shell de Teatro, Governador do Estado, Aplauso Brasil, FEMSA Coca Cola, Melhores do Ano do Portal R7, Prêmio Zescar Melhor Acolhimento, entre outros, o Grupo Gattu celebra em 2024 vinte e quatro anos de uma carreira sólida e consagrada no cenário teatral. Seus pilares fundamentais são a Formação de Plateia, Excelência Artística, Acessibilidade e Desenvolvimento Humano. Fundado pela atriz, diretora e dramaturga Eloisa Vitz, o Grupo Gattu tem como compromisso a criação artística de alta qualidade e rigor estético. Com uma rotina diária de ensaios e uma dedicação contínua à pesquisa, buscamos sempre oferecer o melhor em arte, cultura e entretenimento de forma gratuita para a população. Em 2022 e 2023, o Grupo Gattu teve a honra de participar do Edinburgh Fringe Festival, o maior festival de artes do mundo, sediado na Escócia, representado por Eloisa Vitz. Mais de 250 mil pessoas já se divertiram, emocionaram e tiveram suas vidas transformadas pelas experiências proporcionadas pelos nossos espetáculos. São adultos, jovens e crianças do mais variado perfil econômico que, muitas vezes, tem a oportunidade de assistir, pela primeira vez, uma peça de teatro. Reconhecendo o teatro como uma experiência artística completa, o Grupo Gattu acolhe seu público desde o momento da recepção até os aplausos finais, tratando cada espectador como um convidado especial. Com uma linguagem inovadora, ingressos gratuitos e ações de acessibilidade e educação, buscamos incentivar a participação de todos, valorizando e respeitando a diversidade e a pluralidade da nossa comunidade. Para saber mais sobre o Grupo Gattu, visite nosso site: http://www.gattu.com.br/

Sobre Eloisa Vitz

Eloisa Vitz fundou e dirige o Grupo Gattu há 24 anos. Além de atriz e diretora, é dramaturga e autora de 11 livros. Possui formação pela EAD – Escola de Artes Dramáticas da USP, é Bacharel em Direito e Letras, e possui Pós-Graduação em História da Arte. Eloisa é uma das maiores autoridades em Nelson Rodrigues no país, sendo a artista que dirigiu o maior número de espetáculos do autor no Brasil. Esta notória habilidade lhe rendeu também a indicação ao VI Prêmio Aplauso Brasil, na categoria de melhor atriz, pelo trabalho em “A Falecida” de Nelson Rodrigues (2017). À frente do Grupo Gattu, Eloisa realizou diversos espetáculos memoráveis, incluindo “Auto da Barca do Inferno” de Gil Vicente (2008), “Viúva porém Honesta” de Nelson Rodrigues (2008/2009/2011), “Dorotéia” de Nelson Rodrigues (2008/2009/2010/2011), “Boca de Ouro” de Nelson Rodrigues (2010/2011/2012), “Serpente” de Nelson Rodrigues (2011/2012), e “A Falecida” de Nelson Rodrigues (2017/2018), além de “A Todo Vapor” de Artur Azevedo (2023). Eloisa também é autora dos textos das peças “Rapunzel” (2012/2013/2014), indicada ao Prêmio FEMSA de melhor texto adaptado para teatro infantil, “Frisante” (2013), “Reino” (2014), vencedora do prêmio de melhor texto do Portal R7, “Reino 2” (2015), “Amor” (2015/2016), “Cinderela” (2016), “Fortuna” (2016/2017), “Graça” (2017), “Bela e a Fera” (2018), “Glória” (2019), “A Roupa Nova do Rei” (2019), “Chapeuzinho Vermelho” (2021), “Verão” (Indicada ao Prêmio Governador do Estado) (2022) e “Inverno” (2023).

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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