★★★★★ Crítica: Marina Sena brilha no Nômade Festival 2024 ao reencontrar suas origens
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
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MARINA SENA – Vício Inerente Tour no Nômade Festival 2024
Avaliação: Ótimo
Crítica por Miguel Arcanjo Prado
Foi a singularidade de Marina Sena que a fez conquistar o Brasil inteiro com seu inesquecível e solar primeiro álbum, De Primeira. O jeito mineiro e brejeiro da garota nascida em Taiobeiras, Norte de Minas, pegou de jeito um público jovem e sofisticado, o mesmo que cantou em coro para ela neste domingo, 26 de maio, em São Paulo: “Artista, artista, artista!”. Afinal, foi um fim de semana apoteótico para a moça, que fez eloquente apresentação no Tim Music Rio 2024, nas areias de Copacabana, no sábado, 25, e depois consagrou-se no palco do Nômade Festival 2024, no domingo, esquentando o Parque Villa-Lobos, em São Paulo. O Nômade é reduto dos fãs do gênero brasilidades e possuiu um público qualificado definidor de carreiras nesta área. Não à toa, Marina e toda sua equipe sabem o que significa ouvir desses espectadores o brado: “Artista”. E isso se deu na simplicidade, com Marina tocando violão (de pernas abertas, tal qual Gal Costa), como nos velhos tempos de quem a conhecia, seja das praças de Taiobeiras ou Montes Claros, ou como vocalista das bandas mineiras A Outra Banda da Lua e Rosa Neon. A gente é forte naquilo que somos mais profundos. Foi exatamente cantar suas músicas acompanhada do violão que fez Marina sair de sua terra natal em busca de uma carreira de cantora. Belíssima e com novo visual de franja e unhas naturais — cada vez mais um mulherão —, Marina expõs seu prazer em compor e cantar suas músicas na companhia do velho e intimista companheiro de seis cordas. E isso sem abrir mão de também ser uma diva do pop, porque ela possui “habilidades”, como confidenciou no palco. Marina entoou com o público sua balada Mande um Sinal, hit do segundo álbum, o soturno Vício Inerente, mas no arranjo original de composição da música, e depois emendou Vapor Barato, canção consagrada de Jards Macalé e Wally Salomão eternizada por Gal Costa no álbum Fa-Tal Gal A Todo Vapor, de 1971, dando sua personalidade à releitura e demonstrando a grande cantora que é. É preciso também elogiar o avanço de Marina no pop, dançando cada vez melhor e em fina sintonia com seu balé, banda — os excelentes músicos Janluska, Levy Santiago e Miguel “Migga” Freitas —, público e câmeras. Os novos arranjos, que trouxeram um frescor “rock” às canções, também estão interessantíssimos. Este crítico, que conhece a artista desde antes da fama, viu uma Marina intensa, segura e presente em todas as marcas da acertada direção artística do show. E pode dizer sem dúvida alguma: Marina Sena é a maior estrela da nova geração da música brasileira. Como bem gritou o público do Nômade Festival, ela é uma grande artista.
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MARINA SENA – Vício Inerente Tour no Nômade Festival 2024
Avaliação: Ótimo
Crítica por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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