Por MIGUEL ARCANJO PRADO
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A Academia Brasileira de Cinema anunciou nesta segunda-feira, dia 23 de setembro, o longa-metragem que vai representar o Brasil na disputa por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional na 97ª Premiação Anual promovida pela Academy of Motion Picture Arts and Sciences – Oscar®️ 2025. “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles, foi escolhido por unanimidade pela Comissão de Seleção.
O longa-metragem disputou com outras 11 produções, inscritas e habilitadas a concorrer à vaga e, na semana passada, passou para o segundo turno com outros cinco títulos: “Cidade Campo”, de Juliana Rojas; “Levante”, de Lillah Halla; “Motel Destino”, de Karim Aïnouz; “Saudade Fez Morada Aqui Dentro”, de Haroldo Borges; e “Sem Coração”, de Nara Normande e Tião.
“Estou orgulhosa de presidir essa comissão, que foi unânime na escolha desse grande filme sobre memória, um retrato emocionante de uma família sob a ditadura militar. ‘Ainda Estou Aqui’ é uma obra-prima, sobre o olhar de uma mulher, Eunice Paiva, e com atuações sublimes das duas Fernandas. Esse é um momento histórico para nosso cinema. Não tenho dúvida que esse filme tem grandes chances de colocar o Brasil de novo entre os melhores do mundo. Nós, da indústria do audiovisual brasileiro, merecemos isso”, disse Bárbara Paz, presidente da Comissão de Seleção.
Exibido nos festivais de Toronto e San Sebastián, selecionado para o Festival de Nova York, e vencedor do prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza, “Ainda Estou Aqui” conta com Fernanda Torres, Fernanda Montenegro e Selton Mello no elenco principal. O filme é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva, e tem roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega. Produzido pela Videofilmes, RT Features e Mact Productions, o longa é o primeiro filme original Globoplay, em coprodução com ARTE France e Conspiração. A distribuição nos cinemas brasileiros será realizada pela Sony Pictures.
A Comissão de Seleção deste ano é formada por: Alfredo Alves, Allan Deberton, Alzyr Brasileiro, André Pellenz, Bárbara Paz (presidente), Bernardo Uzeda, Bia Oliveira, Carol Bentes, Cintia Domit Bittar, Diogo Dahl, Edson Ferreira, Eloisa Lopez Gomes, Gabriel Mellin, Gal Buitoni, Gláucia Camargos, Ivelise Ferreira, Joaquim Haickel, Lô Politi, Lucy Barreto, Malu Miranda, Mónica Trigo, Renata Martins, Sandra Kogut e Yasmin Martins Mendes.
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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