Miacena estreia sob fortes aplausos à Mostra Internacional de Artes Cênicas em Espaços Não Convencionais e Alternativos
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Nasceu a primeira edição da da Miacena – Mostra Internacional de Artes Cênicas em Espaços Não Convencionais e Alternativos. O evento teve lançamento na terça, 24, no Centro Cultural Banco do Brasil, em São Paulo. Entre os dias 25 a 29 de setembro, a maior metrópole do país transforma em palco ruas, praças, centros culturais e espaços alternativos. São 5 dias de festival com mais de 20 atrações e cerca de 30 exibições. Idealizado por André Acioli e Dani Angelotti, o festival busca integrar a performance artística ao ambiente ao seu redor. A curadoria é realizada por André Acioli, Celso Curi, Elisa Volpatto, Gustavo Portugal, Malu Barsanelli, Pedro de Freitas e Wesley Kawai. O público pode conferir gratuitamente trabalhos de grupos e artistas como coletivo Uso Teatro Urbano, Cia Contraste, Fause Haten, Lena Roque, Elias Andreato, Eduardo Estrela, Cathy Moreira, Zózima Trupe, Pedro Granato, entre outros. Na abertura, a Cia. carioca Zona Comum de Arte Pública fez a performance Macumba Poética criando uma atmosfera de ritual de encantamento do espaço. E ainda, a atração KaraoVan, realizada pela atriz Rosana Serra, acompanhou o público na van de traslado ao CCBB, revivendo memórias afetivas com divertida trilha sonora. O Blog do Arcanjo esteve no lançamento e mostra como foi e quem compareceu.
Abertura da 1ª Miacena: Blog do Arcanjo mostra quem prestigiou evento no CCBB-SP
Abertura da Miacena no CCBB-SP: Blog do Arcanjo mostra como foi o evento
Destaques da programação da 1ª Miacena
No dia 24 de setembro, numa pré-abertura, na unidade do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), a Mostra receberá a Cia. carioca Zona Comum de Arte Pública com a performance Macumba Poética, um cortejo formado por um coro de pindoramas que dançam e cantam trajando parangolés, criando uma atmosfera de ritual de encantamento do espaço. E ainda, a atração KaraoVan, realizada pela atriz Rosana Serra, que irá acompanhar o público na van que faz o traslado até a unidade, revivendo memórias afetivas numa trilha sonora com muita diversão.
Dia 25 de setembro, a Mostra abrirá às 9h o Simpósio MIACENA da Economia Criativa no Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB, e também fará a apresentação de Carrinho Trágico de Churrasco Grego, às 11h30. Essa performance docoletivo Uso Teatro Urbanoexplora o teatro em meio à vida urbana cotidiana trazendo como provocação o carrinho de churrasquinho grego para falar das tragédias gregas. No CRD – Centro de Referência de Dança, conversas rápidas e triviais, conhecidas como “Papo de elevador” entre desconhecidos revelam o silêncio desconfortável desses espaços onde se espera por algo. Essas breves interações podem resultar em, além de muitas histórias, conexões sociais inesperadas, às 15h com o ator Eduardo Estrela. Às 17h30, no calçadão do CCBB, será apresentado a performance Sertão Poesias e Versos, que retrata a história de retirantes do Sertão e mistura poesias, forró pé de serra e danças populares. Às 19h, na Casa Somauma – Café São Luís 84, o público pode acompanhar OAdivinho, solo inédito do renomado Elias Andreato que nos trás uma nova perspectiva sobre a vida de Tirésias, o profeta cego, numa releitura de Édipo Rei.
No dia 26 de setembro, quinta-feira, às 15h, no Vale do Anhangabaú, acontece a performance infanto juvenil Muito Além das Águas, que explora a cultura indígena brasileira e a relação harmônica entre o homem e a natureza. Às 17h, no auditório do Centro Cultural Banco do Brasil – CCBB, será apresentado Eu Sou Um Monstro, performance de Fause Haten que retrata a vida do artista Francis Bacon (1909-1992) e seu relacionamento com George Dyer. Às 19h, na Casa Somauma – Café São Luís 84, a peça Realpolitik aborda as complexas questões do custo humano nas grandes corporações, com Pedro Osório e Augusto Zacchi.
Na sexta-feira, 27 de setembro, às 12h, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), recebe no Elevador Pantográfico, o ator Eduardo Estrelacom Papo de Elevador e depois, às 15h, a montagem terá outra apresentação no CRD – Centro de Referência de Dança. No Pateo do Collegio, às 14h, aconteceVoz Invisível, com performances e poesias para trazer a valorização da cultura surda, é apresentada através da linguagem de sinais. No Vale de Anhangabaú, às 17h teremos Desaceleração uma performance imersiva, em uma caminhada por espaços públicos que oferece a oportunidade de diminuir seu ritmo. Uma jornada guiada por fones de ouvido que levará o participante para um processo em etapas de desaceleração. Às 19h, no Pateo do Collegioé o local de embarque com a Zózima Trupe e seu Cordel do amor sem fim, um espetáculo apresentado em um ônibus em movimento que narra histórias do universo interiorano. E o dia encerra com os argentinos do De La Mejor Manera que conta a jornada de dois irmãos diante da perda do pai. A performance será no Bar Akoko, às 20h.
No dia 28 de setembro, sábado, Sertão Poesias e Versos será reapresentado às 10h, mas dessa vez puxando a dança no Museu da Cidade – Beco do Pinto. Às 11h, a Arena B3 apresenta O Antipássaro, com Nilton Bicudo, a peça é inspirada na vida e obra da poeta Orides Fontela. Às 12h30, no Vale do Anhangabaú, ocorre Desfolha, criado em Matera, Itália, para o filme BeLeaf a performance combina palavra, corpo e som em uma experiência sensorial. Às 15h, no mesmo local, Sussurros da Escravidão traz uma encenação baseada em depoimentos reais sobre as diversas formas de escravidão contemporânea.
No Museu da Cidade – Solar da Marquesa, haverá a apresentação de Calma e Constância, às 14h, do Coletivo Valsa pra Lua, que aborda questões sociais e ambientais da cidade de Cubatão/SP, origem do grupo. Às 13h, no Centro Cultural Banco do Brasil – Elevador Pantográfico, terá a quarta apresentação de Papo de Elevador, com Eduardo Estrela. Já às 16h, no Vale do Anhangabaú, acontece o Sarau da MIA, um evento com palco aberto para leituras, cantos, slams, poesias e diversas expressões artísticas.
O KaraoVan, performance realizada pela atriz Rosana Serra, vai provocar o público que faz o traslado do estacionamento e metrô até a unidade Centro Cultural Banco do Brasil, com músicas para cantar no karaokê, revivendo memória afetiva em uma sonora diversão, das 16h às 17h. Às 20h, haverá uma segunda apresentação de De La Mejor Manera, no Bar Akoko.
No domingo, 29 de setembro, o palco do Sarau da MIAcomeça mais cedo, às 11h, no Vale do Anhangabaú. Também às 11h, a Arena B3 recebe Lena Roque com Maria Firmina dos Reis, Presente!, uma reconstrução da imagem de Maria Firmina dos Reis (1825-1917) voltada para o futuro. Às 12h30, no Museu da Cidade – Beco do Pinto, é a vez de (ver)[ ](ter) à deriva, que traz intervenções cênicas onde os artistas ocupam espaços com sons, imagens, danças e ações inspiradas nas obras do artista britânico Banksy, com a CIA LCT e Quarteto à Deriva .
No Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB Cinema), às 14h, será exibida a peça A Alma Imoral, com Clarice Niskier, que traz a adaptação teatral do livro de Nilton Bonder. Às 15h30, no Centro de Referência da Dança – CRD, acontece Não Deixe que ELES Percebam, uma comédia do absurdo sobre os sintomas da Síndrome de Burnout, foi criado quando o autor estava morando em Lisboa, Portugal, no meio da pandemia, porém a estreia ocorreu no Brasil, com a SV.LAB de Teatro.
Às 16h, acontece a reapresentação de Sussurros da Escravidão, no Vale do Anhangabaú, já às 16h30 no CRD – Centro de Referência da Dança ocorre o ensaio aberto Voar é o que me põe de pé,que transforma o cotidiano em poesia, explorando memórias e histórias familiares com delicadeza. E para encerrar o festival, às 17h, no CCBB – Café Girondino, acontecerá Vingança Voyeur, montagem de Pedro Granato que aborda temas diversos do universo feminino e faz um percurso que se encerra no Centro de Referência da Dança – CRD.
Serviço:
Miacena – Mostra Internacional de Artes Cênicas em Espaços Não Convencionais e Alternativos
De 25 a 29 de setembro de 2024. Confira a programação completa no site!
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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