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Caminho 22 estreia no Teatro Dulcina do Rio de Janeiro com a Cia Pandora

Caminho 22 estreia no Rio de Janeiro no Teatro Dulcina sob direção de Leona Cavalli © Divulgação Blog do Arcanjo 2024

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Atenção, cariocas! Estreia nesta sexta, 4 de outubro, o espetáculo Caminho 22, que marca a colaboração das artistas Leona Cavalli e Jaqueline Roversi. A primeira assina a direção, enquanto que a segunda é responsável pela dramaturgia e também está em cena no espetáculo que ainda conta com Henrique Bulhões, Jordana Korich e Manoel Madeira. As sessões são de quinata a sábado, 19h, e domingo, 18h, no Teatro Dulcina (r. Alcindo Guanabara, 17 – Centro, RJ, próximo ao metrô Cinelândia, tel. 21 2240-4879) com ingressos na Sympla.

Caminho 22 é o segundo espetáculo da Cia Pandora, que se formou a partir dos estudos do arquétipo feminino nas mitologias de diversas culturas, e suas distorções ao longo dos séculos. O grupo estreou com a peça Pandora, também sob direção de Leona Cavalli e que fez seis temporadas e foi indicada ao Prêmio Shell (melhor Iluminação, para Aurelio de Simoni). Agora é vez de o arquétimo masculino ser o foco da cena.

Quis escrever sobre essa jornada e mostrar o processo de transformação de um homem cujos valores precisam urgentemente ser revistos. Há nele machismo, homofobia, entre outros desdobramentos que aparecem, mesmo que de forma sutil, em pequenas atitudes do dia-a-dia. Seu comportamento inconveniente sempre foi tolerado por todos, que normalizam o absurdo. Apenas duas dessas pessoas se rebelam. Sua paciente e sua esposa. Os temas são abordados através do comportamento e processo desse homem que se vê obrigado a mudar a partir do momento que vai expandindo sua consciência e começa, mesmo que por mero acaso, sua iniciação.”

Jaqueline Roversi
Caminho 22 © Hamsa Wood Divulgação Blog do Arcanjo 2024

SINOPSE

A peça se passa em torno de Uli (Manoel Madeira), um psiquiatra machista e abusivo. Ele é abandonado simultaneamente por sua mulher Pen (Jaqueline Roversi), grávida, e por Dai (Jordana Korich), sua paciente mais antiga – ambas assediadas moralmente através de manipulações e abusos psicológicos. A ex-paciente abre um espaço terapêutico denominado CAMINHO 22, e a ex-esposa recorre ao local em busca de alento para suas angústias. Na tentativa de resgatar a esposa, Uli, contrariado, se vê obrigado a entrar no CAMINHO, onde acaba revisitando memórias perdidas da infância, e enxergando a chance de mudar a própria história.

INSPIRAÇÃO NO TARÔ

A dramaturgia da peça CAMINHO 22, de Jaqueline Roversi, é livremente inspirada na Jornada dos 22 Arcanos Maiores do Tarô, cartas/símbolos que, em sequência, formam a “Jornada do Louco”, metáfora para a jornada humana ao longo da vida.

OFICINAS

Estão previstas três oficinas gratuitas, ministradas pela equipe, paralelamente à temporada: mitologia, produção e dramaturgia. Os detalhes (datas, público-alvo, inscrições) serão divulgados na rede da Cia. O espetáculo Caminho 22 foi selecionado pelo Edital Lei Paulo Gustavo de apoio ao teatro da SECEC – Secretaria Especial de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro.

Caminho 22

FICHA TÉCNICA

Texto: Jaqueline Roversi

Supervisão Dramatúrgica: Jô Bilac

Direção: Leona Cavalli

Assistência de Direção: Victor Grimoni
Elenco – Personagem
Manoel Madeira – Uli
Jaqueline Roversi- Pen e Mãe
Jordana Korich- Dai e avó
Henrique Bulhões – Alex
Ator convidado (participação em vídeo): Bayard Tonelli
Iluminação: Aurélio de Simoni

Cenografia: Karlla de Luca


Figurino: Karlla de Luca

Direção de Movimento: Daphne Madeira

Preparação Vocal: Patrícia Cárceres
Trilha Sonora: Alessandro Persan

Design Gráfico: Julliana Della Costa
Vídeos: Hamsa Wood
Fotos: Fernando Ocazione
Visagismo: Alex Palmeira
Visagismo (cena em video): Alex Palmeira
Produção Executiva: Sandro Rabello e Simone Kalil
Assistente de Produção: Marcia Andrade
Direção de Produção: Jaqueline Roversi e Jordana Korich
Assessoria de Imprensa: JSPontes Comunicação – João Pontes e Stella Stephany
Realização: Amor&Arte Produções e Grande Mãe Produções

ESTREIA: dia 04 de outubro (6ªf), às 19h
LOCAL: Teatro Dulcina – Rua Alcindo Guanabara, 17 – Centro, RJ (próximo ao metrô Cinelândia).  Tel: (21) 2240-4879
HORÁRIOS: 5ªf a sab às 19h e dom às18h / INGRESSOS: R$40, R$20 (meia) e R$15 (ingressos sociais), na bilheteria do teatro de 4ª a dom das 14h às 20h ou em www.sympla.com.br / CAPACIDADE: 250 espectadores / ACESSIBILIDADE: sim / DURAÇÃO: 80 min / GÊNERO: drama / CLASSIFICAÇÃO: 16 anos / TEMPORADA: até 27 de outubro

JAQUELINE ROVERSI – autora, atriz e produtora

Atriz, produtora cultural, roteirista e dramaturga. Formada pela CAL e pela UFRJ, com mais de 20 peças ao longo desses anos como atriz, 3 filmes (indicada a melhor atriz no 43º Festival de Cinema de Gramado). Recentemente atuou na série REIS, da Rede Record. Como produtora teatral, em variados teatros e festivais, representou espetáculos como “Inutilezas”, “A Mulher de Bath”, “A Sobrancelha é o Bigode do Olho – Uma Conferência do Barão de Itararé”, “Órfãos de Dinheiro”, “Danação” (Galpão), Ledores do Breu (Cia do Tijolo), Pandora, entre outros. Foi Gerente de Eventos no Museu de Arte do Rio e atualmente é Coordenadora de Produção de Conteúdo na produtora CINE (SP). Como dramaturga, escreveu peças em circuito no SESI Cultural com a temática sustentabilidade “As Visões de Eno” e “A Casa no Céu”; colaborou com Regiana Antonini no “Viagem Fantástica”, com mesma temática; produziu e idealizou seu primeiro espetáculo, “OH”, em 2009 no Teatro Sérgio Porto. Escreveu e atuou na peça “Pandora”, indicada ao Shell por Melhor iluminação e ao prêmio FITA Categoria Especial pelos bonecos criados por Dante – 5 temporadas no Rio de Janeiro, 1 em São Paulo, circulação pelo interior de SP pelo Circuito-SP e uma temporada on-line na Casa de Cultura Laura Alvim, pela plataforma FUNARJ EM CASA pela Lei Aldir Blanc RJ. Trabalhou como roteirista para as empresas PINK FLAMINGO e INSTITUTO FABULAR em SP, com desenvolvimento de projetos audiovisuais.

LEONA CAVALLI – diretora

Leona iniciou sua carreira como atriz com o diretor José Celso Martinez Corrêa, com quem fez “Hamlet”, de Shakespeare (indicada como Melhor Atriz APCA por Ophelia), “Bacantes”, de Eurípedes, e “Cacilda!”, do próprio José Celso. Ganhou o Prêmio Shell por sua atuação como Geni, em “Toda Nudez Será Castigada”, de Nelson Rodrigues, e o Prêmio Qualidade Brasil por Blanche Dubois em “Um Bonde Chamado Desejo”, de Tennessee Williams, ambas dirigidas por Cibele Forjaz. Foi dirigida por Bibi Ferreira em “Viva o Demiurgo”, de Paulo Pélico, e por Paulo Autran em “Vestir o Pai”, de Mario Viana. Recentemente atuou nos sucessos “Frida Y Diego”, de Maria Adelaide Amaral, dirigida por Eduardo Figueiredo; e “Fausto”, de Marlowe, como Mephisto, dirigida novamente por José Celso. Este ano esteve em cartaz no Rio com “Ser Artista”, de Marcus Montenegro e Regiana Antonini, dirigida por Beth Goulart. Atualmente está em circulação pelo Brasil com o monólogo “Elogio da Loucura”, de Erasmo de Rotterdam, direção Eduardo Figueiredo. No cinema, atuou nos longas “Um Céu de Estrelas” (pelo qual ganhou três prêmios de Melhor Atriz), “Através da Janela”, de Tata Amaral; “Amarelo Manga”, de Claudio Assis (prêmio Melhor Atriz); “Contra Todos”, de Roberto Moreira; Cafundó”, de Paulo Betti; “Aparecida”, de Tizuka Yamazaki; “Casa da Mãe Joana 2”, de Hugo Carvana; “Carandiru”, de Hector Babenco; “Olga”, de Jayme Monjardim; “Quanto vale ou é por quilo?”, de Sergio Bianchi; “Anna K”, de José Roberto Aguilar. Recentemente rodou o ainda inédito “A Cerca”, de Rogerio Gomes. Na TV, atuou na novela “Terra e Paixão” de Walcyr Carrasco, TV Globo; e na série “O Rei da TV” direção Marcus Baldini, no ar no Star+. Fez várias outras novelas na Globo, como “Órfãos da Terra”, de Thelma Guedes e Duca Rachid; “Totalmente Demais”, de Rosane Svartman e Paulo Halm; “Amor a Vida” e “Gabriela” de Walcyr Carrasco; “A Vida da Gente”, de Licia Manzo; “Negócio da China”, de Miguel Falabella; “Duas Caras”, de Aguinaldo Silva; “Amazonia”, de Gloria Perez (prêmio Melhor Atriz), e “Belíssima”, de Silvio de Abreu. Dirigiu o espetáculo “Pandora”, texto de Jaqueline Roversi, Jordana Korich e dela própria; “O Príncipe”, inspirado na obra de Maquiavel, com Henrique Guimarães; e “Cascando o Bico”, de Andre Chiaramelli.

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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