Angelo Paes Leme celebra volta de História de Amor: “Mudou minha carreira”

O ator Angelo Paes Leme viveu o playboy Caio na novela História de Amor © Bazilio Calazans Globo Blog do Arcanjo 1995

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo

Colaborou Felipe Rocha

O ator Angelo Paes Leme, aos 51 anos, vê a volta de um dos sucessos que marcaram o começo de sua carreira: a novela História de Amor, realizada há 30 anos pela Globo. O folhetim de Manoel Carlos voltou nesta segunda, 10 de fevereiro, no Edição Especial da Globo, após o Jornal Hoje. Na novela que foi ao ar entre 3 de julho de 1995 e 2 de março de 1996, o ator interpretou Caio, que na trama namorava Joyce (Carla Marins), filha de Helena (Regina Duarte). Após a moça ficar grávida, ele não aceita o bebê, com medo de o filho prejudicar sua carreira. O papel foi o primeiro destaque dele na televisão. Em parceria com a Comunicação Globo, o ator conversou com o Blog do Arcanjo sobre o trabalho. Leia a entrevista a seguir.

Ana Rosa e Angelo Paes Leme em História de Amor © Bazilio Calazans Globo Blog do Arcanjo 1995

BLOG DO ARCANJO – O que sentiu quando soube que ‘História de Amor’ vai ao ar no ‘Edição Especial’?
ÂNGELO PAES LEME – É sempre uma alegria revisitar um trabalho, ainda mais esse que é tão especial para mim. Meu primeiro papel de destaque. Um personagem controverso que provocou um engajamento enorme. Estou curioso para ver como essa história vai impactar a nova geração, e também como ela vai se comunicar com o mundo de hoje. Eu acredito que a história de Caio e Joyce hoje renderá um novo debate, mais profundo.

BLOG DO ARCANJO – O que esse trabalho representa na sua carreira?
Sem dúvida esse personagem mudou a minha carreira, me fez conhecido do grande público. Daí para frente fiz muitos outros personagens importantes que marcaram minha trajetória. Sou grato a todas as oportunidades que tive e espero sempre novos desafios.

O ator Angelo Paes Leme fez par com Carla Marins na novela História de Amor © Arley Alves Globo Blog do Arcanjo 1995

BLOG DO ARCANJO – Como era fazer as cenas de conflito com a Joyce (Carla Marins) e a mãe, Helena (Regina Duarte)?
Eram cenas intensas! A troca com a Carla e a Regina era muito boa. Tínhamos uma grande sintonia. Acho que conseguimos transmitir todo o amor e ódio dessa relação e o descontrole, a impulsividade, os receios e medos próprios dos jovens.

BLOG DO ARCANJO – E como foi o processo de criação do personagem, Caio era muito diferente de você na época?
Definitivamente Caio era bem diferente de mim, mas a juventude traz várias coisas em comum. Interpretá-lo foi um presente. Apesar de ser um personagem controverso, procurei não o julgar, mas sim investigar seus sentimentos, encontrar suas motivações e tentar compreendê-lo. Com isso acredito que pude humanizá-lo.

BLOG DO ARCANJO – Quais as lembranças que guarda dos bastidores de gravação e do convívio com o elenco?
Em uma novela a gente tem a oportunidade de aprofundar bastante um personagem, ele fica com a gente por muitos meses e sem dúvida a convivência com outros atores, diretores, enriquece nosso olhar. Isso faz todo mundo crescer. Eu sabia que estava ao lado de grandes atores e procurava aproveitar esse momento. Tenho excelentes memórias dessa época.

BLOG DO ARCANJO – Houve uma cena ou sequência mais marcante?
Eu acho que o que mais me marcou foram as cenas de emoção e reconciliação com a Joyce. Foram muito tocantes e profundas.

BLOG DO ARCANJO – Quais são seus projetos atuais?
Ainda nesse primeiro semestre estou lançando um longa muito bonito, dirigido pela Rosane Svartman e protagonizado pela Susana Pires, “Câncer com Ascendente em Virgem”. É uma comédia dramática que conta a história de uma mulher com câncer, mas que procura lidar com isso de forma corajosa e leve. Acho que o público vai se emocionar e também dar boas risadas. Em breve começo as filmagens de um longa que será dirigido pelo meu grande amigo Silvio Guindane, mas ainda não posso entrar em detalhes. No segundo semestre estreio o espetáculo ‘Deus da Carnificina’, da aclamada autora francesa Yasmina Reza.

História de Amor reestreou na programação da Globo nesta segunda-feira, 10 de fevereiro. A novela é escrita por Manoel Carlos, com colaboração de Elizabeth Jhin. A direção artística é de Paulo Ubiratan, a direção geral de Ricardo Waddington e a direção de Roberto Naar e Alexandre Avancini.

Editado por Miguel Arcanjo Prado

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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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