WB Produções celebra 18 anos de espetáculos de qualidade que impactaram 2 milhões de pessoas

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Parece que foi ontem, mas já se vão 18 anos que os sócios Bruna Dornellas e Wesley Telles, então dois jovens recém saídos da universidade, decidiram abrir a WB Produções, em Vitória, no Espírito Santo. Repletos de sonhos, eles não imaginavam que logo ela se tornaria uma produtora de peso nacional, responsável por espetáculos que unem arte, excelência e inovação com grandes nomes de nosso teatro e turnês nas principais cidades brasileiras.
“Chegar aos 18 anos com tantas conquistas nos enche de orgulho. Mais do que celebrar, este é um momento de reafirmar nosso compromisso com a cultura e sonhar ainda mais alto. Estamos prontos para os próximos desafios e para seguir levando arte e emoção para cada vez mais pessoas”, afirmam os dois ao Blog do Arcanjo, a quem concederam entrevista exclusiva.
Foi em 2007 que a WB Produções surgiu, quando Bruna e Wesley concluíam o curso de Comunicação Social e se viram com a vontade de produzir espetáculos juntos. Começaram como uma produtora local, mas de cara conheceram grandes nomes e alçaram voos nacionais. Para se ter uma ideia da audácia daqueles jovens, o Trabalho de Conclusão de Curso de ambos foi um documentário sobre Bibi Ferreira, Bibi in Cena, de quem ficaram amigos e depois tornaram-se produtores. O resto foi história.
Hoje consolidada, a WB Produções segue a missão de transformar o cenário cultural brasileiro em uma trajetória de sucesso e inovação, ocupando o posto de uma das mais respeitadas e relevantes produtoras culturais do Brasil, com obras que viajam o País e dona de um currículo de peso.
Entre as novidades próximas da WB Produções, estão os espetáculos The Cher Show – O Musical, A Morte do Caixeiro Viajante, 3 Versões da Vida, 7 Mulheres e Um Mistério – O Musical e Chanel.
Sempre com foco na inclusão, na democratização da arte e na diversidade, a WB Produções gera centenas de empregos diretos e indiretos e movimenta a economia criativa. Os números da produtora impressionam. São 900 projetos realizados, mais de 2 milhões de espectadores impactados em 55 cidades em 25 estados brasileiros, somando mais de 2.500 apresentações e mais de 1.000 artistas nestes 18 anos.

WB Produções – 18 Anos: Entrevista com Wesley Telles e Bruna Dornellas
Leia a seguir a entrevista exclusiva que Bruna Dornellas e Wesley Telles, da WB Produções, concederam a Miguel Arcanjo Prado para o Blog do Arcanjo sobre os 18 anos da produtora.
Miguel Arcanjo Prado – Qual a sensação de ver a WB Produções completar 18 anos?
Bruna Dornellas – Eu nem sei explicar, passa um filme na nossa cabeça, desde sua fundação até agora, acho que é uma sensação de realização. É uma felicidade ver que a gente conquistou uma reputação sólida e confiável no mercado. Ao longo dos anos, a empresa tem se esforçado para oferecer espetáculos de alta qualidade para todos.
Wesley Telles – Nossa, o que falar, né? Completar 18 anos de uma produtora, de uma empresa, que vive exclusivamente do teatro, da arte, da cultura no Brasil. Eu do interior do Espírito Santo, a Bruna do interior da Bahia, mas duas pessoas que sempre sonharam em produzir cultura. A sensação é de alegria, de realização, sabe de… sonho! A WB Produções é um sonho realizado por mim e pela Bruna, de dois jovens do Espírito Santo que almejaram viver da arte, viver da cultura. Então, a minha sensação é de realização. A minha sensação é de missão cumprida, mas também de sonhos renovados, porque a gente está sempre se estimulando e buscando realizar novos sonhos.

Miguel Arcanjo Prado – O que vocês diriam se pudessem ao Wesley e à Bruna lá do comecinho?
Bruna Dornellas – Vocês estão no caminho certo. Continuem na trajetória de vocês, vão ter muitos desafios, mas vocês conseguem. Aproveita o caminho, você vai sentir falta desse tempo que você está vivendo agora.
Wesley Telles – Se eu conhecesse Wesley e a Bruna há 18 ano atrás, eu ia falar com eles que sigam! Não desanimem, não deixem de acreditar nos seus sonhos, porque vocês vão ter uma trajetória linda e um futuro de muitos desafios, mas de muitas realizações e sorrisos.

Miguel Arcanjo Prado – Qual foi o artista que mais marcou vocês nessa trajetória? Por quê?
Bruna Dornellas – Bibi Ferreira. É por causa dela que a WB existe. Foi o amor que tínhamos pela história da Bibi que nos uniu na vontade de viver de teatro. Foi lindo ter feito um documentário sobre a vida dela quando éramos estudantes e depois de mais velhos, já com a WB poder ter trabalhado com ela.
Wesley Telles – Além da Bibi, acho que a artista que mais marcou a nossa carreira foi a Nathália Timberg. Uma pessoa que a gente já tinha encontrado em 2006, na época do nosso média-metragem, Bibi in Cena, que foi o nosso TCC (Trabalho de Conclusão de Curso). Conhecemos a Nathália Timberg através da Bibi Ferreira. Depois, como produtores locais, produzimos a Nathália em Paixão, e ela é uma atriz muito exigente, né? Muito famosa pelo grau de exigência.
Anos depois, produzimos um espetáculo, um monólogo em comemoração aos 90 anos dela — iniciamos a pré-produção quando ela tinha 89 anos. Além de ser uma excelente atriz, a Nathália é muito generosa. Foram meses na casa dela, e nós construímos uma relação linda com ela. Através da Iris foi nosso primeiro pontapé em um projeto internacional, pois tivemos que comprar os direitos de imagem da Iris Apfel. Foi também nossa primeira ida a Nova York juntos. Por isso, acredito que trabalhar com a Nathália Timberg foi realmente um marco na nossa trajetória.

Miguel Arcanjo Prado – Como foi sair com as produções de Vitória e conquistar o eixo Rio-São Paulo? Foi uma conquista difícil?
Bruna Dornellas – Desafiador como tudo que se inicia e sim, foi e continua sendo uma conquista difícil. Acho que o fato de estarmos fisicamente em Vitória faz com que a gente precise provar a todo momento a nossa qualidade e querendo ou não isso é bom porque faz com que a gente procure essa melhoria contínua. E isso tem sido fundamental para um sucesso duradouro.
Wesley Telles – Produzir localmente, ser um produtor local, não é fácil. A WB iniciou suas atividades como produtora local e ainda exerce essa função no Espírito Santo, mas é uma visão muito logística, né? O produtor local cuida da assessoria, da divulgação, das vendas, de toda a logística daquele espetáculo. No início, a gente não esperava sair do Espírito Santo. Não era um sonho, nem um desejo. Como eu disse, os desejos foram mudando, se moldando, se transformando. Então, foi uma conquista difícil, sim, e continua sendo, porque existe uma questão de mercado um pouco fechado no Rio e em São Paulo. Foi em uma conversa que tivemos com a Gilma Oliveira, do Grupo Galpão — produtora há anos do grupo que é referência nas artes cênicas no Brasil e no mundo, mesmo estando todos em Belo Horizonte — que essa inquietação começou: “Por que a gente está em Vitória e não pode produzir em todo o Brasil e no mundo?” Eu continuo achando difícil, mas a gente não baixa a guarda, não baixa a bola. Os desafios existem, e estamos aqui para enfrentá-los e conquistá-los.

Miguel Arcanjo Prado – Qual a maior missão da WB na visão de vocês?
Bruna Dornellas – Compromisso e excelência.
Wesley Telles – Acho que a nossa grande missão é fazer teatro de qualidade. Nos preocupamos muito com todos os nossos espetáculos, pois eles precisam causar uma reação no público — e tem que ser positiva. Não é teatro por teatro, não é entretenimento por entretenimento.Nosso teatro é um teatro de qualidade, e a gente se preocupa muito com a experiência geral. Sempre falamos que temos três tipos de clientes: o patrocinador, que são as empresas que investem no projeto; a nossa equipe, ou seja, quem está no palco e fora dele, os profissionais envolvidos direta ou indiretamente na produção; e o público, que é quem se interessa em comprar ingresso. Queremos que essas pessoas saiam dali melhores do que chegaram. Nossa grande missão é fazer com que esses três perfis de clientes saiam transformados e realizados com a nossa produção e com o nosso espetáculo.

Miguel Arcanjo Prado – Vocês podem contar uma história engraçada que vocês viveram como produtores teatrais?
Bruna Dornellas – Ixi, proibido para menores de 18! [risos]
Wesley Telles – Experiência engraçada, acho que é o que a gente mais vive, né? Algumas são até impossíveis de serem contadas… proibidas para menores de 18 anos, como a Bruna falou. Mas uma boa experiência que lembro exatamente foi quando fizemos a produção local de Ensina-me a Viver, com a Glória Menezes. Depois da apresentação, organizamos uma festinha em um hotel ali em Vitória. Foi um momento tão divertido com a Dona Glória e toda a galera do elenco! Acho que as histórias mais engraçadas acontecem no pós-apresentação, nos momentos vividos entre a classe artística — atores, produtores, técnicos. São essas interações além do palco que rendem as melhores experiências!

Miguel Arcanjo Prado – Vocês já tiveram vontade de atuar também no palco ou preferem atuar só nos bastidores?
Bruna Dornellas – Já tivemos, inclusive começamos assim, fazíamos parte de um grupo de teatro da Faculdade, mas entendemos a tempo que o nosso lugar era nos bastidores e não nos palcos. Quando fizemos 15 anos, a ideia era montar uma peça para a gente reviver histórias, mas isso foi deixado de lado.
Wesley Telles – Bruna e eu iniciamos nossas atividades no teatro atuando. Eu, ainda criança, com sete anos, comecei a atuar na escola e na igreja. A Bruna teve a mesma trajetória. Como duas crianças nascidas no interior, cada um de um estado, há 20 anos, quando começamos, as pessoas não falavam muito sobre os bastidores. A gente sabia que tinha o desejo de viver da arte, de estar envolvido com cultura, mas não conhecia todas as outras possibilidades além da atuação. Nosso início foi no palco. Conheci a Bruna na faculdade, onde nos formamos em Comunicação Social, e participamos de um grupo de teatro. Na época, montamos um clássico do Nelson Rodrigues. A Bruna interpretou uma das tias, e eu fiz o padre. Na verdade, essa foi nossa última vez atuando. Tínhamos 19, 20 anos. Mas, antes de começarmos a produzir, atuamos bastante!

Miguel Arcanjo Prado – Como está sendo essa comemoração dos 18 anos de WB Produções?
Bruna Dornellas – Estamos com vários espetáculos em fase de captação, doido para realizá-los, como: A Morte do Caixeiro Viajante, Três Versões da Vida e como forma de expandir a nossa atuação vamos embarcar nos grandes musicais com o The Cher Show e espero continuar avançando e sonhando sempre.
Wesley Telles – As comemorações pelos 18 anos de uma produtora de teatro são, acima de tudo, trabalho! O que a gente mais quer é trabalhar, realizar novas produções, enfrentar novos desafios e sonhar cada vez mais alto. Temos vários espetáculos em fase de captação de recursos, como um grande musical e um show sobre a Cher, como a Bruna falou. Esse espetáculo já passou pelos Estados Unidos e teve temporada em Londres. Além disso, temos outras montagens, incluindo um texto de Yasmina Reza e uma obra de Arthur Miller. Ou seja, temos muitas produções em fase de captação e desenvolvimento. Nossa maior forma de comemorar é justamente essa: trabalhando, realizando projetos que nos inspiram e nos realizam!

Sobre a WB Produções
Desde sua fundação, a WB Produções tem sido responsável por espetáculos que marcam o público e a crítica, trazendo aos palcos brasileiros montagens nacionais e internacionais, além de investir em criações autorais que dialogam com as transformações da sociedade brasileira. Com produções que vão do teatro infantil a grandes musicais, a produtora se destaca por seu compromisso com a acessibilidade cultural, proporcionando experiências únicas e emocionantes a públicos de todas as idades.
Compromisso com Impacto Social e ESG
A WB Produções entende que cultura e responsabilidade social caminham juntas. Por isso, seus projetos são desenvolvidos com um olhar voltado para a democratização do acesso à arte, incentivando a diversidade, inclusão e formação de público. Além disso, a produtora adota práticas alinhadas aos princípios de ESG (Ambiental, Social e Governança), garantindo que seu impacto positivo vá além dos palcos, promovendo a cultura como ferramenta de transformação social.

O Que Vem Por Aí na WB Produções
Sempre à frente, a WB Produções já tem agenda de espetáculos programados até 2027. O Blog do Arcanjo adianta o que vem por aí.
Três Mulheres Altas
Após grande sucesso, o espetáculo de Edward Albee que explora memórias, identidade e a passagem do tempo a partir da perspectiva de três mulheres em diferentes fases da vida, retorna aos palcos com as estrelas Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill sob a direção de Fernando Philbert. Atualmente em cartaz no Teatro Bravos, em São Paulo.
The Cher Show – O Musical
A aguardada versão brasileira do espetáculo da Broadway sobre a trajetória da icônica cantora Cher, com direção de João Fonseca. O elenco ainda não está definido.
Saiba mais: https://wbproducoes.com/cher/
A Morte do Caixeiro Viajante
O clássico de Arthur Miller ganha uma nova montagem nacional, trazendo à tona questões sobre sonhos, frustrações e a busca por reconhecimento. No elenco, Ailton Graça e Isabel Fillardis sob direção de Rodrigo França.
Saiba mais: https://wbproducoes.com/projeto-a-morte-do-caixeiro/
3 Versões da Vida
Um dos textos mais instigantes de Yasmina Reza, que aborda, com humor e ironia, as diferentes camadas das relações humanas e sociais. No elenco, Heloísa Périssé, Caco Ciocler, Malu Galli e Marcos Veras. Tradução e adaptação de Angela Leite Lopes e direção de Sérgio Módena.
Saiba mais: https://wbproducoes.com/projeto-3-versoes-da-vida/
7 Mulheres e Um Mistério – O Musical
Inspirado na obra de Robert Thomas, essa produção inédita mistura suspense e música para contar uma história repleta de reviravoltas. (Elenco ainda não definido). Adaptação de Clara Carvalho, composições de Anna Toledo e direção de Ricardo Grasson.
Chanel
Escrita por Maria Adelaide Amaral, a peça mergulha na trajetória de Coco Chanel, ícone da moda e símbolo de inovação, que revolucionou o século XX com sua visão ousada e irreverente. Christiane Torloni interpreta a estilista nessa nova montagem com direção de Guilherme Weber.
Saiba mais: https://wbproducoes.com/chanel/
Instagram: @wb_producoes
Site: www.wbproducoes.com
Editado por Miguel Arcanjo Prado
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Jornalista cultural influente, Miguel Arcanjo Prado dirige o Blog do Arcanjo desde 2012 e o Prêmio Arcanjo desde 2019. É Mestre em Artes pela UNESP, Pós-graduado em Mídia e Cultura pela ECA-USP, Bacharel em Comunicação pela UFMG e Crítico da APCA – Associação Paulista de Críticos de Artes, da qual foi vice-presidente. Eleito três vezes um dos melhores jornalistas culturais do Brasil pelo Prêmio Comunique-se. Passou por TV Globo, Grupo Record, Grupo Folha, Editora Abril, Huffpost Brasil, Grupo Bandeirantes, TV Gazeta, UOL, Rede TV!, Rede Brasil, TV UFMG e O Pasquim 21. Foi coordenador da SP Escola de Teatro. Integra o júri do Prêmio Arcanjo, Prêmio Jabuti, Prêmio Governador do Estado de SP, Sesc Melhores Filmes, Prêmio Bibi Ferreira, Destaque Imprensa Digital, Prêmio Guia da Folha e Prêmio Canal Brasil. Vencedor do Troféu Nelson Rodrigues, Prêmio Destaque em Comunicação ANCEC, Troféu Inspiração do Amanhã, Prêmio África Brasil, Prêmio Leda Maria Martins e Medalha Mário de Andrade Prêmio Governador do Estado, maior honraria na área de Letras de São Paulo.
Foto: Edson Lopes Jr.
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