Nzinga conta história de realeza angolana no Sesc Pompeia

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
@miguel.arcanjo
Um dos épicos intrigantes da história do povo angolano promete envolver o espectador ávido por excelente dramaturgia. Estamos falando do espetáculo Nzinga, projeto idealizado por Aysha Nascimento, Bruno Garcia e Flávio Rodrigues.
A montagem resgata a história da rainha angolana Nzinga e de seu irmão Ngola Mbandi. A peça entra em cartaz a partir desta sexta-feira, 15 de julho, às 20h30 na Sala Experimental do Sesc Pompeia, zona oeste da capital paulista.
A trama convida o público a refletir sobre ética comunitária, relações de irmandade, concepções de espaço-tempo, lógicas de poder e táticas anticoloniais. Trata-se de um reencontro, sob a perspectiva bantu cíclico-espiralar, com a biografia de uma das soberanas mais estudadas no mundo.
O espetáculo traz premissas que podem, creio eu, fortalecer nossos lugares de potência, sobretudo diante do momento atual de tantas mazelas. O espetáculo é uma proposta, e não uma resposta, sobre ser, estar e sentir no mundo.
Aysha Nascimento
Atriz e co-idealizadora do espetáculo Nzinga

Reinado angolano e a cultura de um povo
Com dramaturgia de Dione Carlos, o espetáculo narra as relações entre Mwene Nzinga e seu irmão Ngola Mbandi, realezas da região centro-africana no século XVII. A dramaturgia concentra-se em um recorte temporal de sete anos (1617 – 1624), momento em que Mbandi sucede ao trono após a morte do pai, Ngola Mbandi Kiluanji, até o episódio em que Nzinga torna-se rainha do Ndongo.
Colaborou Michele Marreira
Nzinga
Quando: 15 a 5 de agosto de 2022. Terça a sexta, às 20h30.
Onde: Sesc Pompeia (Sala Experimental) – Rua Clélia, 93, Água Branca, São Paulo.
Quanto: R$ 15,00 (meia) e R$ 30,00 (inteira) – Retire seu ingresso!